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força, responsável pela maioria dos casos de não união, foram desenvolvi- das as hastes bloqueadas 5,8


. Aresistência e a estabilidade conferi-


das pelas hastes bloqueadas são boas e permitem a consolidação em grande nú- mero de casos. Entretanto, um estudo comparando a resistência à torção de modelos de fraturas com intervalo inter- fragmentar de 1cm fixados com haste bloqueada ou com combinação de placa e pino intramedular demonstrou que é maior a resistência à torção da combi- nação placa e pino. Não houve diferen- ças significativas entre os métodos de estabilização comparados na resistência à curvatura e à compressão9


. Outro estu-


do comparando a resistência conferida por fixação de placas de compressão di- nâmica e hastes bloqueadas demonstrou maior resistência ao arqueamento das hastes bloqueadas em relação às placas e maior resistência à torção e cargas axiais das placas 10


. A eficácia do uso de hastes bloquea-


das no tratamento de fraturas pode ser comprovada em estudos retrospectivos


que demonstram boa evolução dos casos tratados com esse método tanto em cães como em gatos, em diferentes ossos 4,10-12


. Ao serem fixadas nas corticais, as


hastes intramedulares ganham novo comportamento mecânico, resistindo, além das forças de encurvamento, às forças de rotação e mantendo estável o foco de fratura. Entretanto, elas não podem ocupar totalmente o canal medu- lar devido à conformação dos ossos; assim, ao manterem-se afastadas das corticais ao longo do canal medular, pode ocorrer maior instabilidade do foco da fratura e não união13,14


. Aausên-


cia de algum tipo de fixação do parafu- so à haste permite micromovimentos de rotação da fratura. Recentemente, um novo conceito de fixação do parafuso de bloqueio à haste vem sendo testado com resultados animadores, diminuindo a instabilidade à torção em relação às hastes com bloqueio tradicional 15


. Outra limitação das hastes bloquea-


das é o local da fratura. Fraturas muito proximais ou muito distais dificultam o


adequado bloqueio da haste e podem concentrar as forças nos parafusos, au- mentando a incidência de quebra8,16 O número de parafusos de bloqueio


.


também interfere. Ao comparar hastes bloqueadas em tíbias de cães, bloquea- das com um ou dois parafusos distais, alguns autores 17


concluíram que a pre-


sença de um só parafuso distal aumenta a fadiga e diminui o torque máximo e o número de ciclos antes da falha do para- fuso. Esses achados não contraindicam o bloqueio com só um parafuso, mas fazem refletir no tempo esperado para consolidação 17


. O material necessário para a coloca-


ção das hastes bloqueadas envolve basi- camente as hastes propriamente ditas, que são perfuradas para que se possa bloqueá- las nas corticais do osso fraturado, e uma régua, que, acoplada à haste intrame- dular, permite que se perfure a cortical óssea exatamente nos pontos correspon- dentes à furação da haste dentro do canal medular. Outros equipamentos essen- ciais envolvem os guias de broca, fresas e parafusos para bloqueio (Figura 1).


Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010


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