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protocolo


prednisona COP


lomustina velcap-L coap


dexametasona total


epiteliotrópico


RC RP DE DP 0 0 0 1


0 1 1 0 2 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 2 2 1


CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA não epiteliotrópico RC RP DE DP


0 1 1 0 1 2 0 0 1 3 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 7 1 0


sem classificação morfológica total RC RP DE DP


0 2 4 2 0 4 0 0 0 1 1 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 11 5 2


Figura 10 - Resposta terapêutica de cães com linfoma cutâneo tratados com diversos protocolos, associada à classificação morfológica protocolo tratados


prednisona COP


lomustina velcap-L coap


8 1 2 2 2 1


dexametasona 0 não tratados eutanásia


1 0


epiteliotrópico


39,9 5


26 43 67 29 0 4 0


* Média de sobrevida em semanas. (-) Não há intervalo


Figura 11 - Sobrevida dos cães com linfoma cutâneo com ou sem instituição de protocolo antineoplásico, associada à classificação morfológica em número de semanas


resposta terapêutica superior aos trata- dos com qualquer outro protocolo. No entanto, entre os cães com linfoma não epiteliotrópico, a remissão completa ou parcial também foi obtida utilizando-se outros protocolos (Figura 10). Asobrevida desses animais variou de


acordo com o protocolo utilizado e a classificação morfológica. Doze cães não foram tratados com nenhum fárma- co nem submetidos a eutanásia logo após o diagnóstico por opção de seus responsáveis (Figura 11).


Discussão Dentre as apresentações clínicas do


linfoma em cães, a forma cutânea tem ocorrência relatada de 3 a 8%6,15


. No en-


tanto, neste estudo constatamos uma ocorrência de 18,5%, superior inclusive a estudo anterior que abrangeu a mesma localização geográfica 16


. Esse fato pode


estar relacionado à maior intensificação na pesquisa da doença nos cães atendi- dos no HV-UEL nos últimos quatro anos. Em seres humanos, o HTLV-1 tem papel importante na indução do linfoma de células T, incluindo a apresentação cutânea 4,26


. Outros fatores ambientais,


como exposição a pesticidas e a perma- nência em áreas industriais, podem fa- vorecer as mutações genéticas, o que contribuiria para uma maior ocorrência da doença 6,27


. Dessa forma, é possível


que a frequência mais elevada de linfo- ma cutâneo em nossa região seja modu- lada por fatores ambientais, tornando necessários estudos epidemiológicos que investiguem essa relação 27


. A influência do gênero na ocorrência


do linfoma em cães é controversa. Vários trabalhos relatam uma frequên- cia maior em machos 7,16,28


. No entanto,


nesses trabalhos consideraram-se todas as apresentações anatômicas do linfoma canino. Apenas na Holanda foi descrita uma maior ocorrência em fêmeas 4


. O


maior número de fêmeas com linfoma cutâneo em nosso estudo sugere que os hormônios sexuais possam modular o desenvolvimento desses tumores. Essa hipótese também foi considerada quan- do se observou uma menor ocorrência de linfoma em cães castrados 29


. Em


1998 foi descrito o primeiro caso de in- volução de linfoma cutâneo em égua após a remoção de um tumor ovariano30 Os autores relataram a expressão positiva


.


para receptores de progesterona e nega- tiva para receptores de estrógeno nas cé- lulas tumorais. Em mulheres, os fatores reprodutivos e a utilização de contra- ceptivos hormonais conferem algum risco de desenvolvimento de determina- dos subtipos de linfoma 31


. Determinadas raças como boxer, bas-


set hound, golden retriever, pastor ale- mão, scottish terrier e buldogue inglês apresentam maior risco de desenvolver linfoma7-9


nética foi descrita nas raças bull mastiff, rottweiler e otterhound 6


, enquanto a predisposição ge- . No grupo de


cães avaliados, verificamos um maior número de cocker spaniel ingleses, teckels e pinschers. Dentre essas três raças, apenas o cocker spaniel inglês é descrito como predisposto ao apareci- mento de linfoma6,23


. No entanto, as três


raças são muito frequentes em nosso meio, e possivelmente o grande número de casos diagnosticados esteja direta- mente relacionado à população delas em nossa região. Outra hipótese é que a forma cutânea apresente predisposição racial diferente. Os artigos que avalia- ram a predisposição racial ao linfoma consideraram todas as apresentações


Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010 35


5 - 96 -


13 - 52 32 - 54 38 - 96 -


0 -


0 não epiteliotrópico


número média de intervalo número média de intervalo de cães sobrevida*


de cães sobrevida* 11


2 3 4 1 1 0 1 1


49,2 17,5 51,3 55 78 49 0 0 0


12 - 65 12 - 23 44 - 62 43 - 65 - -


0 -


0


sem classificação morfológica número média de intervalo de cães sobrevida*


18 8 4 2 2 1 1


10 4


31,8 16


44,5 49


55,5 38 19


6,8 0


3 - 64 3 - 35


37 - 54 43 - 55 47 - 64 - -


2 - 14 0


11 9 8 5 3 1


37


COP = ciclofosfamida, sulfato de vincristina e prednisona; velcap-L = sulfato de vincristina, L-asparaginase, ciclofosfamida, doxorrubicina e prednisona; coap = ciclofosfamida, sulfato de vincristina, citarabina e prednisona; RC = remissão completa; RP = remissão parcial; DE = doença estável; DP = doença progressiva


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