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capacidade de resposta imune da mãe e do período gestacional em que a mulher se encontra 9


.


Transmissão O risco de transmissão vertical está praticamente restrito às primoinfecções7


,


tendo-se observado que as mulheres que já apresentavam soropositividade antes da gravidez geralmente não infectam seus fetos 10


. Ataxa de transmissão ao feto durante


a primoinfecção é de 25, 54 e 65% no primeiro, segundo e terceiro trimestres, respectivamente 11


. Nas pacientes imu-


nocomprometidas, pode ocorrer reativa- ção da infecção crônica, havendo risco de transmissão ao feto em qualquer pe- ríodo gestacional 10,12


. A gravidade da


doença no neonato é dez vezes maior quando a infecção materna ocorre no primeiro trimestre, embora a frequência de transmissão vertical seja menor quan- do comparada ao terceiro trimestre 10


.


Manifestações clínicas Ainfecção intrauterina pode


ser


muito grave, culminando em aborta- mento, natimortos, doença neonatal grave ou prematuridade 13 oftalmológicas 14


e alterações . O feto pode sobrevi-


ver se na infecção congênita não ocorrer manifestação intrauterina; entretanto, mesmo esses casos assintomáticos podem desenvolver sequelas graves ao longo da vida do indivíduo 12,13


. As características clássicas dos qua-


dros mais graves dessa infecção são de- nominadas tétrade de Sabin, que con- siste em hidrocefalia ou microcefalia, coriorretinite severa, calcificação intra- craniana e retardamento mental12-4


. Esse


quadro representa a associação entre a lesão causada pelo agente e a reparação tecidual fetal, que leva à obstrução dos sistemas de transporte do líquido cefa- lorraquidiano e a uma grande destruição de tecidos nervosos como o cérebro e a retina 13,15


.


Fatores epidemiológicos Em geral, o risco de adquirir toxoplas-


mose durante o período gestacional cor- relaciona-se a três fatores: a prevalência,


o número de contatos com uma fonte de infecção e o número de mulheres suscetíveis (não imunizadas por in- fecção prévia) existente na comuni- dade 10


.


Aprevalência de soropositividade em gestantes varia conforme as regiões geográficas, as características climáti- cas, os fatores culturais e os hábitos ali- mentares 16


. No Brasil, existem alguns


estudos de prevalência em gestantes so- ropositivas para IgG anti-Toxoplasma de 77,1% no Rio de Janeiro, 69,4% no Recife, 54,3% em Porto Alegre, 42% em Salvador, 32,4% na região metropo- litana da cidade de São Paulo e 45,4% em Curitiba 10,17


. Na cidade de Porto Alegre, RS,


Brasil, foi constatado que a idade da gestante mostrou um leve aumento no risco de soropositividade, que teve significância estatística a partir dos 32 anos. Essa associação encontra explica- ção no maior tempo de exposição ao agente causal, e reforça a importância da triagem sorológica de rotina durante a gestação 18


.


Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010


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