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computadorizada do que no exame ra- diográfico 27


, pois a TC pode discernir


diferenças de densidade menores que 1%, enquanto se faz necessário uma di- ferença de 5% para detectá-las nas ra- diografias convencionais27,28


. Aadminis-


tração de contraste iodado intravenoso pode ser uma importante parte da inves- tigação tomográfica, sendo útil na deter- minação da extensão e da vasculariza- ção das lesões 29


, e na distinção entre


fluido e tecidos moles, o que também não é possível pela radiografia conven- cional 20


biópsias de áreas específicas da lesão 24


. Além disso, a TC pode guiar .


Nos seres humanos, sabe-se que os indicadores tomográficos diretos de tu- mores malignos dessa região são: cres- cimento expansivo com obliteração da gordura, infiltração dos músculos e des- truição óssea; já os indiretos são hetero- geneidade estrutural com necrose, me- tástase em linfonodos e realce tumoral pós-aplicação do meio de contraste 30 Na literatura veterinária são encon-


.


trados poucos estudos da avaliação de tumores orais pelos métodos de imagem seccionais. Em 2004, num estudo sobre a contribuição diagnóstica da TC e da RM em dezenove cães com massas orais, os autores concluíram que a res- sonância magnética oferecia informa- ção acurada quanto ao tamanho do tumor e à invasão das estruturas adja- centes, porém, comparativamente, os métodos mostraram acurácia semelhan- te em observar o comprometimento ósseo. Contudo, a tomografia visibili- zou melhor a calcificação e a destruição da cortical óssea. Na TC, o realce pós- injeção intravenosa de contraste não foi observado em nenhum dos dezenove casos, não se mostrando importante na avaliação das lesões nesse estudo 31 Além da avaliação do tumor primá-


.


rio, a análise dos linfonodos regionais também se faz necessária para determi- nar o comprometimento; dessa forma, aspectos como o tamanho, o formato e a atenuação dos linfonodos devem ser ve- rificados 13


. Também não se pode deixar


de avaliar a possibilidade de metástases à distância. A técnica de imagem pron- tamente disponível para essa avaliação é a radiografia 21,32


. As radiografias de


tórax nas projeções ventrodorsal e late- rolaterais direita e esquerda podem iden- tificar a presença de metástases pulmo- nares 10,12,32


, porém os achados negativos 88


não excluem a possibilidade da presen- ça de pequenas lesões (< 5mm)32


. Mas-


sas ou nódulos múltiplos, bem definidos e de aspecto intersticial sólido são a aparência radiográfica mais comum da doença metastática pulmonar. Outros padrões incluem nódulo intersticial so- litário, consolidação alveolar lobar, nó- dulos mal definidos e opacificação in- tersticial difusa, podendo ser esta últi- ma confundida com alteração em de- corrência da idade33


. O exame radiográ-


fico do tórax também pode evidenciar linfonodomegalia hilar, esternal ou me- diastinal 32


. O objetivo do presente estudo foi


avaliar as neoformações mandibulares por meio dos exames radiográfico e to- mográfico simples e contrastado, des- crevendo as alterações observadas nes- sas modalidades diagnósticas.


Materiais e métodos Foi realizado um estudo prospectivo


de seis casos de neoformações orais em cães que apresentavam comprometi- mento mandibular, atendidos entre dezembro de 2006 e dezembro de 2007 pelo Laboratório de Odontologia Com- parada da FMVZ-USP e encaminhados para avaliação imagenológica. Esses animais foram submetidos a exames ra- diográficos de cabeça e tórax e exames tomográfico simples e contrastado da cavidade oral. Os exames radiográficos eram reali-


zados no dia do atendimento ou no mesmo dia do exame tomográfico. Os exames tomográficos foram obtidos no máximo sete dias após os radiográficos. Para o exame radiográfico da cabeça foram realizadas as projeções dorsoven- tral e laterolaterais oblíquas direita e es- querda. De forma aleatória em três cães submetidos aos exames radiográfico e tomográfico no mesmo dia, também foi realizada a projeção de boca aberta com os animais sob anestesia geral injetável, sendo o protocolo anestésico escolhido pelo anestesista responsável de acordo com a condição de cada paciente. Os exames radiográficos da cabeça


foram analisados a fim de identificar a localização e radiopacidade da neofor- mação, a presença ou não de compro- metimento ósseo, a extensão tumoral e a ocorrência de perda dentária correlacio- nada. Para o exame radiográfico de tórax foram feitas as projeções ventro-


dorsal e laterolaterais direita e esquerda, nas quais se buscavam alterações que indicassem a possibilidade da presença de metástases como opacificações pul- monares, principalmente nodulares, linfonodomegalias, comprometimento ósseo ou derrame pleural. Os exames tomográfico simples e contrastado da região da neoformação mandibular foram realizados com o ani- mal sob anestesia geral inalatória para haver adequada contenção, e assim se obter o posicionamento e a imobilidade necessários para a realização da sequên- cia de cortes tomográficos, e também evitar a formação de artefatos de mo- ção. Os pacientes foram posicionados em decúbito esternal, com os membros torácicos fora da entrada do aparelho (gantry). Os cortes transversais foram realizados do início ao fim da região acometida pela neoformação oral. A es- pessura dos cortes foi de 2, 5 ou 10mm, com incremento de 2, 5 e 10mm, depen- dendo do porte do paciente e do tama- nho da neoformação. As imagens foram obtidas antes e


depois da injeção intravenosa de con- traste iodado hidrossolúvel não iônico a no volume aproximado de 1,5mL/kg de peso, administrado em bolo. As imagens tomográficas foram ana-


lisadas em janela que permitia adequada avaliação de partes moles e em janela óssea. No exame tomográfico foi identi- ficada a localização da neoformação, sua atenuação e realce pós-injeção intra- venosa de contraste, suas dimensões, possibilidade de comprometimento ósseo e invasão local. Em todos os casos foram coletados fragmentos da neoformação para a reali- zação de exame histopatológico.


Resultados Dos cães estudados, três eram ani-


mais de raça: um pastor alemão, um schnauzer e um pinscher. Observou-se que metade eram fêmeas. Quanto à ida- de, classificada em quatro faixas etárias – zero a dois anos, três a seis anos, sete a dez anos e mais de dez anos –, os ani- mais na faixa de sete a dez anos predo- minavam (66,7%). As neoformações avaliadas obtive- ram como diagnóstico histopatológico:


a) Urografina 292® Berlimed S.A. Alcalá de Henares/Madrid. Schering do Brasil, São Paulo, SP Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010


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