da raça persa e em descendentes do persa (exotic shorthair e himalaios). É apenas nesses felinos que se reconhece uma alta frequência de DRP9
. Cistos renais podem ser encontrados
no exame ultrassonográfico de gatos não portadores da DRP, não possuindo relevância clínica. Nesse caso, os cistos geralmente são únicos, pequenos e cor- ticais, além de permanecerem inaltera- dos quanto ao tamanho em exames se- riados subsequentes 2
.
No exame radiográfico do abdômen, notam-se os rins aumentados de tama- nho e com contornos irregulares. Auro- grafia excretora pode demonstrar múlti- plas estruturas arredondadas, circunscri- tas e alterações da pelve renal em ambos os rins com múltiplos cistos, os quais substituem o parênquima renal e tendem a aparecer como múltiplas áreas radio- luscentes 8
. Durante a punção de cistos renais
muito grandes, pode-se coletar somente fluido do cisto ou puncionar uma região de fibrose renal, o que pode levar a um diagnóstico errôneo de nefrite crônica
tubulointersticial. O exame histopatoló- gico demonstra estruturas císticas, múl- tiplas e de tamanhos variáveis no parên- quima renal. Outras áreas podem de- monstrar um número reduzido de glo- mérulos e fibrose intersticial 10
.
Com relação à terapêutica, não há um tratamento específico para a DRP. Por- tanto, os animais acometidos devem ser tratados como portadores de insuficiên- cia renal crônica, visando melhorar a sua qualidade de vida e prolongar a sua sobrevivência 4
. Ainfecção bacteriana dos cistos é um
fator complicador em alguns casos. O líquido dos cistos renais tende a ser áci- do; alguns antibióticos de uso comum também são ácidos, assim, não penetram satisfatoriamente nos cistos, como as cefalosporinas e as penicilinas. Já os an- tibióticos alcalinos lipossolúveis, como a enrofloxacina, ultrapassam melhor a bar- reira epitelial dos cistos, ficando retidos nessas estruturas após sua ionização 11 A aspiração do conteúdo cístico com
.
fins terapêuticos não aumenta a sobrevida do animal, porém pode contribuir para
melhorar a qualidade de vida e controlar a dor, o que justifica a sua indicação 2
.
A diminuição da dor tem grande im- portância no controle do desconforto do paciente, fazendo com que os gatos te- nham mais disposição e se alimentem melhor. O emprego de inibidores da ci- cloxigenase-1 (COX-1) e da cicloxige- nase-2 (COX-2), que são fármacos ne- frotóxicos, é indicado, porém com cau- tela e por curto período de tempo2
.
A fluidoterapia é considerada uma importante etapa do tratamento de ani- mais com insuficiência renal crônica 12
.
Esses pacientes sempre devem ter livre acesso a água fresca 13
. Aterapia dietética também é uma das
bases para o tratamento. Essa dieta é restrita em proteína, reduzindo assim a ingestão de fosfato e a produção de ca- tabólitos nitrogenados, o que faz com que o felino se sinta melhor e se alimen- te mais adequadamente. Essas dietas hi- poproteicas também não são acidifican- tes, o que é desejável, devido à acidose metabólica que ocorre nos pacientes re- nais crônicos 11
.
Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010
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