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caso, havia evidências clínicas de fibro- se hepática com a observação de micro- hepatia, ascite, hiperproteinemia, prin- cipalmente hipergamaglobulinemia, for- mando uma ponte beta-gama no perfil eletroforético (Figura 5), e aumento de cerca de dez vezes os valores basais da atividade sérica de ALT e AST. No quar- to caso, a evolução clínica relatada era de mais de quatro meses, antes que ele fosse submetido à avaliação clínica. Quanto à etiologia, a PCR positiva para CAV-1, em ambos os cães, revelou a possível associação entre o vírus da HIC e o quadro mórbido apresentado. Entre as possíveis causas infecciosas


da hepatite crônica, são citados o CAV-1 2


las acidófilas 4


e o vírus da hepatite das célu- . O primeiro é reconheci-


do como causa de hepatite aguda fulmi- nante em cães com baixa imunidade, mas ainda não está claramente definido se a infecção e a hepatite podem se tor- nar crônicas 18


. Em relação ao cão n. 4,


a PCR realizada dois meses após, quan- do a atividade enzimática do soro da ALT já havia retornado ao intervalo de


referência, foi negativa. Nesse animal, foi também observado título de anticor- pos antileptospira para o sorovar au- tumnalis (igual a 800), indicando infec- ção recente por leptospiras patogênicas num animal que não recebera vacina- ção específica. Tanto o CAV-1 quanto as leptospiras patogênicas podem ser en- contrados em coleção líquida estagnada, e o cão havia sido exposto ao risco quatro meses antes. Diversos sorova- res de leptospiras patogênicos, como grippotyphosa, australis, autumnalis e sejroe, podem estar associados à he- patite crônica 5,10,13


. Especificamente no


cão n. 4, a infecção pelo CAV-1 e por leptospira sorovar autumnalis, ambos adquiridos por ocasião da enchente, pode ter-se somado à hepatopatia pre- existente, com a agudização do pro- cesso hepático resultando no aumento da atividade enzimática. Os casos descritos, em que se de- monstrou o possível envolvimento do CAV-1 por meio da amplificação do material genético do vírus, podem ser formas de manifestação clínica de


infecção causada por um mesmo agente, que, apesar da imunoprofilaxia recomendada, ainda pode ser encontra- do entre os caninos domésticos. Assim, a infecção pelo CAV-1 deve ser incluí- da no rol dos diagnósticos diferenciais das hepatopatias e dos quadros gastren- téricos.


Referências 01-DECARO, N. ; CAMPOLO, M. ; ELIA, G. ; BUONAVOGLIA, D. ; COLAIANNI, M. L. ; LORUSSO, A. ; MARI, V. ; BUONAVOGLIA, C. Infectious canine hepatitis: an "old" disease reemerging in Italy. Research in Veterinary Science, v. 83, n. 2, p. 269-273, 2007.


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03-GREENE, C. E. Infectious canine hepatitis and canine acidophil cell hepatitis. In:___. Infectious disease of the dog and the cat. 1. ed. Philadelphia: W. B. Saunders Company, p. 38-45, 1998.


04-GREENE, C. E. Infectious canine hepatitis and canine acidophil cell hepatitis. In: ___.


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Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010


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