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ALT M


DP VR


(U/L) 245


171


(U/L) 491


391 21-102 20-156


FA Colesterol Triglicérides (mg/dL)


359 142


135-270 107 50 - 100


Cortisol 8hs pós-


(mg/dL) dexametasona (ng/mL) 186


47,8 32,2 < 10


Figura 1 - Valores médios (M) e desvios padrão (DP) e valores de referência (VR) de ALT, FA, coles- terol, triglicérides e cortisol oito horas após supressão com dexametasona de 23 cães com HACHD (UnG, 2007-2008)


Animal PA sistólica PUr:CUr Albumina (mmHg)


1206 2162 3130 4140 5193 6202 7177 8140 9183 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23


23


1 2


0,02 1


200 140 180 190 165 180 161 150 192 167 162 172 200 146


M171 DP VR


0,01 0,75 1,34 0,01 0,43 0,02 0,46 0,4 0,4


0,04 2


0,4


0,43 1


0,46 0,43 0,86 1,5 0,6


0,68 0,59


120 - 160 < 0,5


(g/dL) 2,7 3,8 3,8 2,7 2,9 3,8 2,9 3,8 3,5 3


2,4 3,8 3,9 2,6 2,4 3,3 2,6 3,9 3,8 3,3 3,7 3,4 2,7


3,25 0,54


2,5 - 4,5


Figura 2 - Valores pressóricos (PA sistólica), relação proteí- na/creatinina urinária (PUr:CUr) e albumina sérica de 23 cães com HACHD atendidos no Hospital Veterinário da UnG (2007-2008)


respectivamente, de 245 +/- 171U/L e 491 +/- 391U/L. A hipercolesterolemia e a hipertrigliceridemia foram obser- vadas em 73,9% dos cães (17/23), sendo os valores médios e de desvios padrão para o colesterol de 359 +/- 142mg/dL, e para o triglicérides, de 186 +/- 107mg/dL. A hipercolesterolemia asso- ciada a hipertrigliceridemia foi observa- da em 65,2% (15/23) dos casos. A ausência de supressão dos níveis séricos de cortisol após a aplicação endovenosa de 0,01mg/kg de dexametasona foi


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evidenciada em 100% dos casos, sendo a média e o desvio padrão do cortisol oito horas após supressão de 47,8 +/- 32,2ng/mL. A hipertensão arterial e PUr:CUr superior a 0,5 foram identificadas em 74% (n = 17/23) e 43,5% dos casos (n = 10/23), respectiva- mente (Figuras 2 e 3). A média e o desvio padrão


da pressão arterial sistólica nos 23 cães estudados foram de 171 +/- 23mmHg e da relação proteína:creatinina urinária de 0,68 +/- 0,59. Dentre os dez animais que apresentaram PUr:CUr su- perior a 0,5, sete (30,4%) ti- nham valores maiores ou iguais a 1 (variação de 0,6 a 2). A associação entre hiper- tensão arterial sistólica e relação PUr:CUr acima de 0,5 foi encontrada em 35% dos casos (n = 8/23), e hiperten- são em associação com PUr:CUr superior a 1 em 26% dos casos (6/23) (Figura 3). Discreta hipoalbuminemia foi observada em dois cães, sendo que um deles apresen- tava PUr:CUr = 0,46 (limite superior da normalidade), e o outro PUr:CUr de 2.


Discussão As características epidemiológicas e


clínicas encontradas no presente traba- lho, tais como raça, sexo, idade, sinais clínicos e alterações verificadas no exa- me físico estão de acordo com a litera- tura veterinária. O HACHD acomete com maior frequência fêmeas caninas com idade superior a seis anos, notada- mente da raça poodle, sendo os sinto- mas clínicos mais frequentes poliúria, polidipsia, polifagia, abdômen abaula- do secundário a obesidade visceral e a


Figura 3 - Valores pressóricos e relação proteí- na/creatinina urinária (PUr:CUr) isolados e em associação de 23 cães com HAC hipofisário atendidos no Hospital Veterinário da Universi- dade de Guarulhos (2007-2008)


hepatomegalia e atrofia muscular, além de diversas alterações cutâneas 3 (Figura 4). Ahipertensão sistêmica está presente


em aproximadamente 75% dos pacien- tes humanos com doença de Cushing 23


.


Na população canina com síndrome de Cushing, estima-se que mais de 50% dos cães sejam hipertensos3 86% dos casos 9


, chegando a , resultado este também


observado em nosso estudo, que cons- tatou hipertensão sistólica em 74% dos casos.


Uma associação entre glicocorticoi-


des e doença glomerular foi reconhecida em um estudo realizado em 1987, que demonstrou que 34% dos cães com evidência histológica de doença glome- rular e proteinúria apresentavam históri- co de hiperadrenocorticismo espontâ- neo ou de administração exógena de gli- cocorticoides14


. Acredita-se que a hiper-


tensão sistêmica, comum nos cães hi- peradrenocorticoideos, contribua para o desenvolvimento de doença glomerular, através de hiperfiltração e de eventual esclerose glomerular 23-25


.


Aproteinúria renal patológica po- de ser decorrente de processos de lesão


Figura 4 - Cadela poodle com hiperadrenocorti- cismo hipófise dependente, demonstrando marcante distensão abdominal, alopecia, atrofia cutânea e muscular


Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010


Viviani De Marco


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