This page contains a Flash digital edition of a book.
tubular ou glomerular. A relação proteí- na/creatinina urinária é um método la- boratorial rápido e prático, que pode ser realizado em uma única amostra de uri- na, sendo capaz de confirmar uma sus- peita de proteinúria renal 16-18


.


Atualmente, a proteinúria renal é monitorada cada vez mais precocemen- te, a fim de se poderem identificar está- gios iniciais da doença renal. Dessa forma, PUr:CUr menor que 0,2 indica perda normal de proteínas urinárias, ao passo que valores entre 0,2 e 0,5 indi- cam proteinúria em magnitude questio- nável (borderline), que deve ser inves- tigada. Para pacientes caninos não azo- têmicos, recomenda-se monitorar a pro- teinúria quando a PUr:CUr for maior que 0,5 17,18


. Por esse motivo, foram considerados


neste trabalho valores de referência para PUr:CUr até 0,5. A frequência de PUr:CUr superior a 0,5 em nosso estu- do foi de 43,5% (n = 10/23), sendo que em sete desses casos a PUr:CUr foi igual ou maior que 1 (30,4%). Vale res- saltar que todos os cães com valores


PUr:CUr igual ou maior que 1 eram hi- pertensos, denotando uma associação entre esses dois parâmetros. O desen- volvimento de glomerulopatias em cães com síndrome de Cushing pode estar re- lacionado diretamente à hipertensão ar- terial, representando uma relação de causa e efeito 9,10,24


, mas também a dis-


função renal pode colaborar para a ele- vação da pressão arterial ou para a ma- nutenção de uma hipertensão previa- mente estabelecida 13


.


Em nosso trabalho, a frequência de proteinúria mostrou-se inferior à de- monstrada em outros estudos, onde até 75% dos cães com síndrome de Cushing podem apresentar esses valo- res alterados, com níveis entre 1 e 59,25


.


Em estudo prévio baseado na avaliação morfológica renal de cães com síndro- me de Cushing, notou-se que todos os cães com relação PUr:CUr entre 1 e 5 apresentavam hiperplasia glomerular leve a moderada, sugestiva de prolifera- ção celular mesangial, o que demonstra a importância desses achados laborato- riais 24,26


.


Neste estudo, utilizamos a PUr:CUr


como marcador da proteinúria renal. No entanto, não podemos descartar a pre- sença de lesões glomerulares em está- gios iniciais em cães com PUr:CUr in- ferior a 0,5, uma vez que a investigação precoce de glomerulopatias seja efe- tuada de forma mais eficiente e precisa, com a determinação de microalbumi- núria 27,28


. Vale ressaltar que o diagnós-


tico definitivo de glomerulopatia é de- terminado pela biópsia do córtex renal, desde que seja avaliado o segmento ade- quado, porém esse instrumento diagnós- tico é utilizado com pouca frequência, dadas as suas limitações 29


. Nos casos em que a PUr:CUr é consi-


derada normal, mas em que o cão apre- senta doença sistêmica passível de evo- luir, tal como o hipercortisolismo endó- geno, recomenda-se a monitoração desses valores durante todo o curso da doença17,18


. Ao comparar as frequências de pro-


teinúria e hipertensão nos diferentes trabalhos, deve-se levar em considera- ção o tempo de evolução da doença,


Page 1  |  Page 2  |  Page 3  |  Page 4  |  Page 5  |  Page 6  |  Page 7  |  Page 8  |  Page 9  |  Page 10  |  Page 11  |  Page 12  |  Page 13  |  Page 14  |  Page 15  |  Page 16  |  Page 17  |  Page 18  |  Page 19  |  Page 20  |  Page 21  |  Page 22  |  Page 23  |  Page 24  |  Page 25  |  Page 26  |  Page 27  |  Page 28  |  Page 29  |  Page 30  |  Page 31  |  Page 32  |  Page 33  |  Page 34  |  Page 35  |  Page 36  |  Page 37  |  Page 38  |  Page 39  |  Page 40  |  Page 41  |  Page 42  |  Page 43  |  Page 44  |  Page 45  |  Page 46  |  Page 47  |  Page 48  |  Page 49  |  Page 50  |  Page 51  |  Page 52  |  Page 53  |  Page 54  |  Page 55  |  Page 56  |  Page 57  |  Page 58  |  Page 59  |  Page 60  |  Page 61  |  Page 62  |  Page 63  |  Page 64  |  Page 65  |  Page 66  |  Page 67  |  Page 68  |  Page 69  |  Page 70  |  Page 71  |  Page 72  |  Page 73  |  Page 74  |  Page 75  |  Page 76  |  Page 77  |  Page 78  |  Page 79  |  Page 80  |  Page 81  |  Page 82  |  Page 83  |  Page 84  |  Page 85  |  Page 86  |  Page 87  |  Page 88  |  Page 89  |  Page 90  |  Page 91  |  Page 92  |  Page 93  |  Page 94  |  Page 95  |  Page 96  |  Page 97  |  Page 98  |  Page 99  |  Page 100  |  Page 101  |  Page 102  |  Page 103  |  Page 104  |  Page 105  |  Page 106  |  Page 107  |  Page 108  |  Page 109  |  Page 110  |  Page 111  |  Page 112  |  Page 113  |  Page 114  |  Page 115  |  Page 116  |  Page 117  |  Page 118  |  Page 119  |  Page 120  |  Page 121  |  Page 122  |  Page 123  |  Page 124