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resposta humoral adequada 3,4


. A hepati-


te aguda pode ser autolimitante e res- tringir-se à região centrolobular. Arege- neração hepática é observada nos cães que sobrevivem a essa fase. Em alguns cães sem resposta humoral adequada, o processo inflamatório pode persistir como consequência da infecção hepáti- ca latente e crônica do vírus e resultar em hepatite crônica ativa e fibrose hepá- tica. A proteinúria transitória ou persis- tente ocorre devido à deposição de imu- nocomplexos nos glomérulos. A locali- zação ocular do CAV-1 virulento ocorre em aproximadamente um quinto dos cães infectados. A injúria ocular se ini- cia ainda na fase da viremia, com a en- trada do vírus no humor aquoso e a sua replicação nas células endoteliais cor- neanas. O edema de córnea e a uveíte anterior resultantes são, em geral, auto- limitantes e se resolvem após alguns dias3,5


. O edema de córnea provoca a to-


nalidade esbranquiçada de toda a cór- nea, dando origem à denominação de “doença do olho azul” 4


, pela qual a doença é conhecida popularmente.


O uso de vacinas inativadas, inicial-


mente, e posteriormente o de vacinas vivas modificadas (VVM) de CAV-1 re- sultou na diminuição dos casos naturais de HIC6


. Entretanto, a vacina de VVM


era associada com complicações ocula- res em uma pequena parcela de cães va- cinados, e foi substituída na maioria das vacinas pelo CAV-2, que, embora distin- to do CAV-1, confere adequada proteção contra a infecção natural pelo CAV-1 6


.


A vacinação reduziu efetivamente a cir- culação de CAV-1 na população canina, de sorte que a HIC se tornou uma doen- ça pouco relatada a partir da introdução da vacinação dos suscetíveis em todo o mundo 4


encontrada esporadicamente em diver- sos países do mundo 1,6-8


. Entretanto, a HIC ainda é em infecções


únicas ou associada à coronavirose ou à cinomose 9


. Embora não esteja clara-


mente evidenciado o papel desempe- nhado pelo adenovírus canino do tipo 1, o vírus tem sido constantemente citado como possível causa de hepatite crônica e fibrose hepática 10,11 piras patogênicas 5,10,12,13


, ao lado de leptos- .


O diagnóstico de HIC baseia-se no


encontro de inclusões intranucleares acidofílicas em hepatócitos no exame post mortem ou nos animais vivos, no isolamento do CAV-1, na presença de tí- tulos de anticorpos ou na detecção mo- lecular do material genético do vírus por PCR6,14


.


No presente trabalho, relata-se a ocorrência da infecção por CAV-1 em cães com diferentes formas de manifes- tação clínica em que a técnica molecular (PCR) possibilitou a amplificação do material genético de CAV-1. Discute-se o papel desempenhado pelo vírus da HIC na etiologia da hepatite crônica e da fibrose hepática.


Relato de casos Caso n. 1 Espécie: canina Raça: pastor alemão Sexo: macho Idade: quarenta dias Histórico: Em um canil de criação de cães da raça pastor alemão, em que são observados rigorosos controles sanitário


Clínica Veterinária, Ano XV, n. 86, maio/junho, 2010


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