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B


C


Figura 3 - Imagens do exame ultrassonográfico abdominal de cão, macho, SRD, treze anos, antes de ser submetido ao procedimento de orquiectomia. A) testículo ectópico, B) próstata, C) linfonodo sublombar


A


B


Figura 4 - Fotomicrografias da análise histopatológica do testículo criptorquídico corado por hema- toxilina e eosina (HE). As objetivas utilizadas foram 10x (A) e 40x (B). Destaca-se a proliferação de tecido epitelial composto por múltiplos lóbulos delineados por espesso estroma fibroso, apresen- tando estes diversos túbulos revestidos por células altas e cilíndricas, arranjadas em paliçada sobre a membrana basal


(imagens sugestivas de hiperplasia pros- tática benigna/prostatite); somente um testículo em bolsa escrotal; grande au- mento de volume em região inguinal es- querda (formação heterogênea em eco- textura e ecogenicidade) e aumento de cadeia de linfonodos sublombares e ilía- cos (medindo até 2,4 x 1,6cm, com eco- genicidade e ecotextura heterogêneas) (Figura 3). O tratamento realizado foi a orquiecto-


mia com a retirada do provável tumor testicular inguinal. No pós-operatório, utilizou-se cetoprofeno (2mg/kg, BID durante quatro dias) e amoxicilina (22mg/kg, BID durante sete dias), ocor- rendo evolução favorável da ferida ci- rúrgica. Na análise histopatológica do testícu-


lo criptorquídico, observou-se macros- copicamente superfície lisa e esbran- quiçada, que ao corte era acastanhada. E o exame microscópico revelou uma pro- liferação de tecido epitelial composto por múltiplos lóbulos delineados por es- pesso estroma fibroso, apresentando estes diversos túbulos revestidos por cé- lulas altas e cilíndricas, arranjadas em paliçada sobre a membrana basal, as quais apresentavam núcleos polares


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arredondados e nucléolos conspícuos (Figura 4). Os citoplasmas mostravam- se discretamente acidofílicos, com bor- dos pouco precisos. Figuras de mitoses atípicas foram visualizadas com baixa frequência. Tal descrição levou à con- clusão de que se tratava de um sertolinoma. Após vinte dias, o estado do animal


era bom. Realizou-se então um exame ultrassonográfico de controle, através do qual se observou que o volume da próstata continuava crescendo e que os linfonodos sublombares e ilíacos ti- nham aumentado, passando a medir 5 x 3,8 x 3,2cm, com ecogenicidade e eco- textura heterogêneas, devendo-se consi- derar a possibilidade de processo metas- tático.


Instituiu-se tratamento profilático com enrofloxacina (5mg/kg, BID duran- te quinze dias) e foi solicitado retorno em quize dias para realização de exames complementares (exame citológico e histopatológico) que confirmassem o diagnóstico de metástases. Porém, o proprietário retornou somente após qua- tro meses, com a queixa de hiporexia e urina em quantidade menor e de aspec- to purulento. O estado geral do animal


Figura 5 - Canino, macho, SRD, treze anos. Imagem do animal quatro meses após a orquiectomia. Houve progressão dos sintomas. Notar a ginecomastia e o pênis pendular


Márcia Marques Jericó - HVAnhembi Morumbi


Figura 6 - Canino, macho, SRD, treze anos. Destaque para a progressão da área alopécica simétrica bilateral


era ruim, a temperatura normal (38,5 ºC), mucosas congestas, destacando-se a presença de alopecia simétrica bilateral, hiperpigmentação abdominal mais acentuada, ginecomastia, prepúcio pen- duloso e atrofia peniana. À palpação, presença de formações de aproxima- damente 5cm de diâmetro de consistên- cia firme em cavidade abdominal, além de maior aumento prostático (Fi- guras 5 e 6).


Realizaram-se hemograma completo,


perfil renal, exame ultrassonográfico e verificação de dosagens de estradiol, progesterona e testosterona. No hemo- grama, observou-se anemia normocítica e normocrômica (Figura 7) e leucoci- tose acentuada por neutrofilia com desvio à esquerda; a creatinina estava levemente aumentada e a ureia dentro


Clínica Veterinária, Ano XIV, n. 83, novembro/dezembro, 2009


Emerson F. F. Mota


Márcia Marques Jericó - HVAnhembi Morumbi


Emerson F. F. Mota


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