This page contains a Flash digital edition of a book.
Apresentação de um dispositivo artesanal para treinamento de aplicação de nós cirúrgicos


Introducing a device for surgical knot training


Presentación de un dispositivo artesanal para entrenamiento de nudos quirúrgicos


Resumo: Acorreta aplicação de nós cirúrgicos é um importante requisito na técnica operatória, e o treinamento adequado auxilia na precisão de sua realização, evitando o prolongamento dos procedimentos cirúrgicos e as intercorrências pós-ope- ratórias, como a deiscência dos pontos. O objetivo do autor, mediante o presente artigo, foi apresentar um dispositivo artesanal utilizado para o treinamento da aplicação de nós cirúrgicos, simulando algumas situações reais, como a tensão nos bordos de feridas cirúrgicas e a profundidade de planos. O dispositivo é de fácil confecção e mostrou-se eficaz no treinamento da aplicação de diversos tipos de nós cirúrgicos, permitindo assim o treinamento dos cirurgiões. Sugere-se sua utilização como instrumento auxiliar no ensino da disciplina de Técnica Operatória. Unitermos: técnica operatória, hemostasia, síntese


Abstract: Tying surgical knots correctly is an important requirement for the surgical practice. An adequate training improves the surgeon skills, avoiding the prolongation of surgical procedures and complications such as suture dehiscence. The aim of this article is to introduce a handmade device that allows students to practice tying surgical knots, simulating real features such as the tension on wound borders and the depth of surgical planes. The device is easily produced and promotes effective practice in tying surgical knots, being invaluable for training new surgeons. Together, these characteristics suggest that the device herein described could be effectively used as an auxiliary tool in teaching Surgical Techniques for veterinary students. Keywords: surgical technique, hemostasia, syntheses


Resumen: La aplicación correcta de nudos quirúrgicos es un requisito muy importante para la técnica quirúrgica. El entrenamiento adecuado ayuda a mejorar la precisión en su realización, evitando prolongar los procedimientos quirúrgicos y disminuyendo la incidencia de complicaciones post-operatorias, como la dehiscencia de puntos. El objetivo del autor fue presentar un dispositivo artesanal usado para entrenamiento de la aplicación de nudos quirúrgicos, simulando algunas situaciones reales, como la tensión en los bordes de heridas quirúrgicas y la profundidad de los planos quirúrgicos. El dispositivo es de fácil elaboración y se mostró eficaz en el entrenamiento de diversos tipos de nudos, permitiendo así el entrenamiento de los cirujanos. De esta forma, se sugiere su utilización como instrumento auxiliar en la disciplina de técnica quirúrgica. Palabras clave: técnica operatoria, hemostasia, síntesis


Clínica Veterinária, n. 83, p. 42-43, 2009


Introdução A correta aplicação de nós cirúrgicos


faz parte dos requisitos necessários para uma boa técnica cirúrgica. De acordo com a literatura 1


, o nó é o ponto fraco


da sutura, pois sua incorreta aplicação pode levar à deiscência. Ahabilidade do cirurgião pode influenciar diretamente o tempo cirúrgico e, consequentemente, o tempo de anestesia. Um treinamento adequado pode auxiliar os cirurgiões e estudantes a realizar corretamente a aplicação dos nós, melhorando assim a habilidade do cirurgião e a precisão da cirurgia. O treinamento de nós pode ser reali-


zado em cirurgias experimentais, em ca- dáveres ou em situações não cirúrgicas,


42


geralmente improvisadas. As cirurgias experimentais apresentam situações reais, sendo adequadas para o treina- mento da aplicação dos nós. No entanto, envolvem aspectos éticos e apresentam outras implicações, como a necessidade anestésica, o custo e os cuidados pós- operatórios. O uso de cadáveres pode auxiliar na simulação de situações clíni- cas, porém requer que eles estejam dis- poníveis, o que nem sempre ocorre. As improvisações realizadas pelos cirur- giões e estudantes para o treinamento da aplicação de nós são diversas, mas rara- mente apresentam situações semelhan- tes às encontradas na prática cirúrgica, como a profundidade dos planos e a ten- são nos bordos da ferida.


James Newton B. Meira de Andrade


MV, mestre, dr. prof. - UNIFRAN jamescardio@terra.com.br


Pelo conhecimento deste autor e pela


pesquisa realizada na literatura, não foram encontrados dispositivos comer- cialmente disponíveis no mercado para esse fim específico. Deste modo, o obje- tivo do autor, mediante o presente arti- go, foi apresentar um dispositivo arte- sanal desenvolvido para ser utilizado por cirurgiões e estudantes de técnica operatória no treinamento da aplicação dos nós cirúrgicos, simulando algumas situações reais como a tensão nos bor- dos de feridas cirúrgicas e a profundi- dade de planos.


Revisão de literatura A literatura é escassa em relação a aparelhos simuladores de situações des- tinadas para esse fim. Foi descrito um modelo de dispositivo para treinamento e avaliação das habilidades em técnica operatória, feito de alumínio sobre uma base de fibra de vidro, concluindo-se que o modelo contribui para a melhor formação cirúrgica de acadêmicos e re- sidentes em cirurgia 2


. Uma série de equipamentos alterna-


tivos para o uso didático de animais no ensino foi apresentada, como os mode- los para estudo anátomo-fisiológico do globo ocular e do sistema circulatório, os membros artificiais para a prática de punção venosa e os modelos artificiais para a prática cirúrgica, dentre os quais se destaca o Dasie, que consiste em um cilindro confeccionado em camadas, si- mulando os planos anatômicos3


. Outros


modelos, como o rato de PVC e apare- lhos para treinamento de anastomoses vasculares em microcirurgia, foram de- monstrados, ressaltando-se a necessida- de de ferramentas adequadas para o aperfeiçoamento dos cirurgiões 4


.


Material e métodos Para a confecção do aparelho foram utilizados uma peça de madeira (MDF) de 20cm de largura x 22,5cm de com- primento x 1,6cm de espessura, quatro


Clínica Veterinária, Ano XIV, n. 83, novembro/dezembro, 2009


Page 1  |  Page 2  |  Page 3  |  Page 4  |  Page 5  |  Page 6  |  Page 7  |  Page 8  |  Page 9  |  Page 10  |  Page 11  |  Page 12  |  Page 13  |  Page 14  |  Page 15  |  Page 16  |  Page 17  |  Page 18  |  Page 19  |  Page 20  |  Page 21  |  Page 22  |  Page 23  |  Page 24  |  Page 25  |  Page 26  |  Page 27  |  Page 28  |  Page 29  |  Page 30  |  Page 31  |  Page 32  |  Page 33  |  Page 34  |  Page 35  |  Page 36  |  Page 37  |  Page 38  |  Page 39  |  Page 40  |  Page 41  |  Page 42  |  Page 43  |  Page 44  |  Page 45  |  Page 46  |  Page 47  |  Page 48  |  Page 49  |  Page 50  |  Page 51  |  Page 52  |  Page 53  |  Page 54  |  Page 55  |  Page 56  |  Page 57  |  Page 58  |  Page 59  |  Page 60  |  Page 61  |  Page 62  |  Page 63  |  Page 64  |  Page 65  |  Page 66  |  Page 67  |  Page 68  |  Page 69  |  Page 70  |  Page 71  |  Page 72  |  Page 73  |  Page 74  |  Page 75  |  Page 76  |  Page 77  |  Page 78  |  Page 79  |  Page 80  |  Page 81  |  Page 82  |  Page 83  |  Page 84  |  Page 85  |  Page 86  |  Page 87  |  Page 88  |  Page 89  |  Page 90  |  Page 91  |  Page 92  |  Page 93  |  Page 94  |  Page 95  |  Page 96  |  Page 97  |  Page 98  |  Page 99  |  Page 100