boa imobilização pós-operatória. Outra característica desse tipo de enxerto é a sua capacidade de expansão 6
. A drena-
gem do exsudato por meio das fendas da malha favorece a aproximação entre o enxerto e o leito receptor7
. Pode ser rea-
lizada em cães e gatos. O sucesso em gatos é de quase 100%, enquanto em cães é de 50-60%4
. O enxerto por pinçamento representa
uma variação da técnica de enxertia por punção, resultando na confecção de pe- quenos segmentos de pele que são apli- cados de modo equidistante em um leito receptor com tecido de granulação viá- vel 2
. Esse tipo de enxerto é indicado
para pequenas feridas nos membros lo- comotores e para feridas de contorno irregular3
. Algumas das vantagens dessa
técnica de enxertia residem na facilida- de de execução, na revascularização sa- tisfatória e na falta de exigência de ins- trumental especial para sua execução. Como desvantagens, são citados o as- pecto estético desagradável e a reepite- lização escassa e dispersa. A aplicação de forças rotacionais à
pele e aos tecidos de sustentação resulta em lesões de avulsão, ou seja, ocorre a laceração do tecido a partir das suas in- serções 5
. Lesões de avulsão em mem-
velocidade são conhecidas como lesões de desenluvamento 3
bros 5 por agentes agressores de baixa . Isso é explicado
pela ruptura anatômica ou fisiológica que ocorre frequentemente em trauma- tismos produzidos por pneus de veícu- los. Os enxertos livres permitem ao ci- rurgião corrigir defeitos cutâneos exis- tentes em locais desprovidos de elastici- dade cutânea ou em locais em que o em- prego de técnicas por retalhos pedicula- dos seja difícil ou impossível. Dentre os tipos de enxertos livres existentes, os enxertos em malha e por pinçamento (em ilha) são os mais rotineiramente empregados em medicina veterinária. O primeiro por permitir ampla cobertura de uma região, devido à capacidade de expansão da malha, e o segundo por permitir a implantação do enxerto em locais formados por superfícies irregu- lares.
Nas lesões por desenluvamento pode
ocorrer inviabilidade do tecido, que será determinada por meio da inspeção e da palpação. Sinais sugestivos presentes na lesão – como coloração azul-enegrecida ou negra, textura papirácea ao toque ou pele muito fina, temperatura cutânea fria e pelos facilmente destacáveis 4
–
demonstram a inviabilidade tecidual. Quando o tecido apresentar inviabilida- de, deve ser realizado o debridamento cirúrgico e mecânico. O emprego de bandagem aderente, por meio da aplica- ção de uma camada de gaze seca sobre a área necrótica, atua aderindo aos teci- dos desvitalizados, removendo-os à me- dida que são trocados, além de desem- penhar função de dreno para as secre- ções provenientes do ferimento. Esse procedimento pode ser empregado de forma a complementar o debridamento cirúrgico do ferimento, visto que o teci- do em fase inicial de desvitalização pode não ser facilmente identificável durante a cirurgia. A formação de tecido cicatricial nas proximidades da face flexora de uma articulação resulta em contratura de
Clínica Veterinária, Ano XIV, n. 83, novembro/dezembro, 2009
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