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Figura 1 - Radiografia torácica em projeção late- ral esquerda, demonstrando estruturas redondas radiopacas de diferentes tamanhos (envoltas por círculos) distribuídas no campo pulmonar


indicassem dor ou sofrimento. Optou-se pela realização de procedi-


mento cirúrgico, com o objetivo de remo- ver ao máximo o tecido neoplásico da região orbital e os linfonodos subman- dibulares. Foi detectado no período transoperatório que o globo ocular esta- va deslocado e comprimido pela massa – e, portanto, a enucleação do olho afe- tado foi realizada concomitantemente. As amostras teciduais excisadas durante a operação foram encaminhadas ao De- partamento de Patologia Animal da UFPel para avaliação histopatológica. Na avaliação macroscópica, observou-


se que a massa apresentava consistência firme, aderência na terceira pálpebra e coloração branco-amarelada, homogê- nea, contendo áreas focais alaranjadas (Figura 2). Asuperfície de corte do linfo- nodo submandibular apresentava aspecto similar (Figura 3). Microscopicamente,


Figura 2 - Superfície de corte da amostra do te- cido excisado, contendo o neoplasma (N) e o bulbo ocular (O). Nota-se coloração branco- amarelada e aderência à terceira pálpebra (TP)


adjacente à cartilagem da terceira pálpe- bra e no linfonodo, havia proliferação de células epiteliais pleomórficas, dis- postas em padrão acinar, apresentando crescimento infiltrativo, intenso infiltra- do linfocítico na periferia e baixa taxa mitótica (2 a 3 figuras por campo de grande aumento). As células epiteliais neoplásicas apresentavam citoplasma eosinofílico pouco delimitado, por vezes vacuolizado, núcleos basofílicos redondos e ovais, nucléolos evidentes e pouco numerosos (Figura 4). As lesões observadas permitiram confirmar o diagnóstico de AGTP. O pós-operatório evoluiu satisfatoria-


mente, contudo, não houve cicatrização completa da ferida. Dois meses após o procedimento, foi possível a visualiza- ção de lesão nodular ulcerada no local da ferida cirúrgica e novo aumento de volume na região submandibular. O cão


Figura 3 - Aspecto macroscópico dos nódulos metastáticos localizados no parênquima pulmo- nar. Notam-se múltiplos nódulos esbranquiça- dos (setas) de diâmetros variados distribuídos aleatoriamente


Figura 4 - Corte histológico do tecido neoplási- co (N) adjacente à cartilagem da terceira pálpe- bra (C). (HE, Obj 10x)


apresentava respiração laboriosa e, por questões humanitárias, a eutanásia foi realizada. O cadáver foi encaminhado para ne-


cropsia, na qual se observou invasão de tecido neoplásico para musculatura pe- riorbital e acometimento dos linfonodos


Clínica Veterinária, Ano XIV, n. 83, novembro/dezembro, 2009


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Thomas Normanton Guim


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