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Janeiro de 2009 ECONOMIA 13
>>
Cliente espanhol
a abrandar
Combustíveis e papel, os menos afectados
Com a economia espanhola
a ser uma das mais afectadas
pela crise internacional, em
particular devido à forte À excepção dos sectores dos com- (dados de 2007). França (44%) e aponta uma taxa de desempre- com a actividade dos projectos lhas de plástico e de alumínio), es-
correcção no mercado bustíveis e químicos, e ainda da Alemanha (13,7%) destacam-se go de 11% na região. previstos pela La Seda. pecialmente nos mercados emer-
imobiliário, o ritmo de pasta de papel, todos os outros es- entre os principais mercados de gentes (Austrália, Nova Zelândia
crescimento das encomendas do tão a ser duramente afectados pe- destino dos veículos automóveis
COMBUSTÍVEIS MINÉRIO E METAIS
e América Latina) estão a dificul-
principal cliente português teve la crise económica mundial. Suce- fabricados nas unidades da Volks-
E QUÍMICOS
tar a vida aos exportadores nacio-
uma queda significativa este dem-se as perdas de encomendas, wagen, PSA Peugeot-Citroën, Mit- A meio do ano passado os analis- nais de rolhas de cortiça. As ven-
ano. De acordo com os últimos os despedimentos e também os subishi Fuso Truck, Toyota Caeta- A descida das cotações do barril tas do sector chegaram a admitir das ao exterior estão em queda e
dados disponíveis do Instituto encerramentos de fábricas. no e V.N. Automóveis (Isuzu). de petróleo vai alterar a posição a hipótese de se atingirem os mil algumas empresas portuguesas
Nacional de Estatística (INE), as Apenas 3,4% das viaturas ficam relativa do sector dos petróleos milhões de euros de exportações, começam a experimentar sérias
exportações para Espanha
MÁQUINAS
em Portugal. No entanto, as para- e refinados no ranking exporta- meta nunca conseguida. No en- dificuldades. O fantasma do encer-
cresceram 0,7% nos primeiros 10 gens já anunciadas por estes cons- dor em 2009. Em valores, as ven- tanto, a crise económica e finan- ramento já paira sobre uma das
meses de 2008 face ao período É um dos motores da nossa expor- trutores — 16 dias no primeiro tri- das externas da Petrogal colo- ceira que assolou os mercados in- maiores exportadoras nacionais,
homólogo do ano anterior. Só tação e vive da média e alta tecno- mestre só na VW Autoeuropa cam habitualmente a empresa ternacionais não só impediu aque- como a Suberus, em Ponte de Sor.
que estes valores são estimados logia. Está a atravessar um perío- (mais uma semana em Abril para nos primeiros lugares dos expor- le objectivo como ainda provocou No caso da madeira de pinho, as
a partir das respostas dos do de grande instabilidade entre os monovolumes) — deixam ante- tadores, o que voltou a confir- uma quebra de 20% relativamen- exportações começam a sofrer os
operadores intracomunitários, as principais firmas exportado- ver um decréscimo significativo mar-se de Janeiro a Setembro de te a 2007 (ano em que se exporta- efeitos da praga do nemátodo, que
às quais acrescem valores ras. Esta semana, a produção da na produção em 2009. 2008, devido à alta de preços do ram ¤850 milhões). Os preços agora grassa no pinhal interior.
estimados para as não respostas Qimonda Portugal (segundo nas petróleo. Como a descida de pre- dos minerais metálicos, em espe- Em causa poderá estar a base eco-
e para as transacções abaixo de exportações em 2007) teve um
VESTUÁRIO E CALÇADO
ços internacionais só ocorreu no cial do cobre e também do zinco, nómica de toda a região Centro. A
um determinado limiar. Mas o corte de 75%, para os 4,5 milhões quarto trimestre, terá poucos re- entraram em forte quebra nas limitação às exportações de madei-
Gabinete de Estratégia e de chips, e, de 30 de Janeiro a 2 Em Esmoriz, o estudo preliminar flexos nas vendas anuais. Quan- praças internacionais, o que fez ras não tratadas, imposta pela
Estudos (GEE) do Ministério da de Fevereiro, a actividade da em- da Roland Berger deu novo âni- to a tonelagens exportadas, a Pe- com que a facturação das empre- União Europeia, está a gerar uma
Economia analisou o caso presa vai ser suspensa. São dois mo à Aerosoles, ao confirmar que trogal registou uma quebra de sas do sector, nomeadamente a onda de contestação por parte dos
espanhol no último boletim dados com impacto directo na ba- a maior exportadora de calçado 4,9% de Janeiro a Agosto, com Somincor, tenha caído considera- pequenos produtores.
mensal sobre a economia lança comercial portuguesa, uma dispõe de “alavancas para sobrevi- especial reflexo nas gasolinas velmente. A nível mundial assis- No meio deste cenário de crise, a
portuguesa, divulgado na vez que a Qimonda vale 5% das ver”, apesar de ter de reduzir (menos 13%) tradicionalmente tiu-se ao encerramento de cente- boa notícia vem do sector da pasta
semana passada, e exportações nacionais, com um mais de 100 postos de trabalho e exportadas para o mercado dos nas de minas de zinco. A mina de de papel. Os preços nos mercados
refere que olhando contributo de ¤1,460 mil milhões encerrar 30 lojas. Mais a sul, em EUA. As quantidades de fueló- Aljustrel não foi excepção. Sema- internacionais até estão em que-
apenas para os valores em 2007. Os resultados de 2008 Santa Maria da Feira, a Ecco pre- leo exportadas caíram 9,1%. No- nas depois foi comprada, mas os da, mas as encomendas não pa-
declarados pelos ainda não foram divulgados, mas para-se para fechar a linha de pro- te-se que a gasolina tem um peso preços dos metais continuam em ram de surgir. No sector não se fa-
operadores, houve uma queda o desempenho da empresa e dos dução e despedir 177 trabalhado- de 36,2% no total das exporta- baixa. Menos afectada foi a em- la nem em paragens na produção,
de 0,8% nos primeiros nove seus 1700 trabalhadores deve já res. Estas não são as únicas em- ções da Petrogal. Por valores de presa gestora das minas da Panas- nem em despedimentos e, mais
meses do ano. reflectir o impacto da quebra da presas a ceder à conjuntura adver- vendas, de Janeiro a Outubro de queira, que tem exportações ga- importante ainda, o programa de
As maiores quedas, segundo o procura e de preços de memórias sa no sector do calçado. Mas aqui 2008, todos os combustíveis ex- rantidas por mais alguns anos. investimentos em curso — da or-
GEE, aconteceram nas máquinas que levou ao pedido de insolvên- a indústria nacional ainda conse- portados registaram um aumen- dem dos dois mil milhões de euros
(-11,5%), nas peles, couros e cia da Qimonda AG, o seu único guiu aumentar as exportações em to de 43,8%. Também o sector
MADEIRA, CORTIÇA
— não foi abandonado por nenhu-
têxteis (-10,7%), no vestuário e fornecedor e cliente. Na Bosch 3,2% até Outubro. Para 2009, a próximo aos petróleos, que é o
E PAPEL
ma das empresas do sector, consi-
calçado (-10,4%) e nos minérios Termotecnologia, entre as 50 APICCAPS, a associação indus- dos produtos químicos, teve um derado um dos mais modernos e
e metais preciosos (-10%). maiores exportadoras, os resulta- trial do sector, prefere não fazer aumento de 42,4% nas exporta- A queda no consumo de vinho a mais pujantes a nível europeu.
Este ano, a situação pode dos de 2008 ficaram 1,2% abaixo previsões. ções efectuadas de Janeiro a Ou- nível mundial e, sobretudo, a con-
agravar-se, já que a economia de 2007, nos ¤229 milhões. No úl- Os têxteis, responsáveis por tubro de 2008. Espera-se que es- quista de quota de mercado por
AGRO-ALIMENTAR
espanhola deverá ter uma timo trimestre de 2008, as enco- 12% das exportações portugue- te segmento cresça bastante parte dos vedantes sintéticos (ro-
contracção de 1,7%, prevê o mendas ficaram 70% abaixo do sas, vivem dias mais agitados. O O vinho do Porto, um dos princi-
Fundo Monetário Internacional período homólogo. Apesar da cri- sector perdeu 12 mil dos seus pais ‘embaixadores’ das exporta-
nas últimas projecções se internacional, a Efacec fechou 150 mil postos de trabalho e viu ções do ramo agro-alimentar, te-
avançadas esta semana, onde 2008 com encomendas de ¤1,05 as exportações caírem 6,5%. O ve o pior desempenho da década.
também apresenta cenários mil milhões, antecipando, assim, Sindicato dos Têxteis do Minho As exportações caíram mais de
negros para outros importantes a meta fixada para 2012. No en- e Trás-os-Montes refere mais 7% em 2008 e a Associação das
parceiros nacionais. J.S. tanto, a empresa já admitiu ter de 30 empresas pré-falidas no Empresas de Vinho do Porto re-
perdido aproximadamente 20% Vale do Ave, enquanto a Asso- clama “simplificação de algumas
do seu volume de negócios no Rei- ciação Industrial do Minho regras” para enfrentar a crise, de-
rém, lembra que “para que as ex- no Unido. pois de um ciclo de progresso
portações ocorram não basta só que terminou com vendas de
ter uma boa oferta, é preciso que
MATERIAL
¤400 milhões em 2007. Compor-
haja procura e assim se gere um
DE TRANSPORTE
tamento diferente tiveram os vi-
encontro, um equilíbrio, que se nhos de mesa, que “conseguiram
traduza na concretização de tran- É outro dos pilares da exportação crescer 1% a 2% em todos os mer-
sacções comerciais”. A dificulda- portuguesa. A indústria automó- cados”, diz Vasco d’Avillez, presi-
de é que hoje se verifica um de- vel exporta, em média, mais de dente da Viniportugal, a associa-
créscimo acentuado da procura, 96% da sua produção anual (cer- ção responsável pela promoção
“na sequência do arrefecimento ca de 170 mil unidades), percenta- dos vinhos portugueses no exte-
da actividade económica global, gem que subiu aos 98,6%, em rior. No entanto, admite que este
nomeadamente nos nossos princi- 2008, na VW Autoeuropa — o ter- ano “será preciso trabalhar a do-
pais parceiros comerciais”. E esse ceiro maior exportador nacional brar para tentar manter a tendên-
é “um efeito que a economia por- a seguir à Petrogal e à Qimonda cia”. A.C., M.C., J.F.P.F., J.N.R e V.A.
tuguesa não controla”. Mas o
maior desafio, sustenta o especia-
lista, é “a diversificação dos mer-
cados de destino das exporta-
ções”, é uma estratégia em geo-
metria variável.
assantos@expresso.impresa.pt
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