Expresso, 31 de Janeiro de 2009 ECONOMIA 11
SOCIEDADE LUSA DE NEGÓCIOS RESULTADOS
SLN sem solução à vista
Recapitalização
e com administração de saída
em curso na banca
BES aumenta capital ascendeu a ¤376 milhões, mais
enquanto BCP tenta vender ¤113 milhões.
activos. Teixeira Duarte Na semana passada, o BPI
Accionistas escolhem Fernando Lima para presidente do grupo rejeita estar a incentivar anunciou uma queda de 57,7%
a união BCP-BBVA nos seus lucros, para os ¤150,3
A administração de Miguel Cadi- BdP. À comissão parlamentar de milhões, em grande parte devi-
lhe na Sociedade Lusa de Negó- inquérito à supervisão e nacionali- Os principais bancos portugue- do ao impacto negativo com a
cios (SLN) está de saída. O zação do BPN, Marta referiu que ses vão, pouco a pouco, adaptan- participação no BCP.
ex-ministro das Finanças já ti- o motivo que levou o supervisor a do as suas estruturas à conjuntu-
nha anunciado essa intenção há esta decisão foi o risco de disper- ra de grave crise financeira.
BBVA no BCP?
duas semanas, por considerar são do universo de empresas da Esta semana foi o BES a apre-
que o que tinha a fazer no grupo SLN por sectores que se distancia- sentar um gigantesco aumento Na tentativa de se recapitalizar,
está feito. O presidente executi- ram muito da banca e o crédito de capital, de até ¤1,2 milhões, o BCP está, por seu lado, a ten-
vo da SLN, João Carvalho das concedido pelo BPN a este univer- para recompor os seus rácios de tar vender o banco que tem na
Neves, segue-lhe os passos. so acima dos limites legais. capital, indo ao encontro das exi- Turquia, assim como 10% do
A equipa não se demite em blo- O testemunho de Marta reve- gências dos reguladores. Isto nu- Banco Internacional de Moçam-
co, pelo que permanecerão no lou também que os pedidos do ma altura em que se perspectiva bique (BIM) a um grupo moçam-
grupo alguns dos actuais admi- supervisor ao grupo SLN/BPN um recuo, a nível europeu, do li- bicano, de que resultaria a desci-
nistradores. Na reunião de quin- eram respondidos de forma insa- mite de 8% do rácio de solvabili- da da sua posição neste banco
ta-feira da SLN Valor, que reúne tisfatória e que hoje, “à luz do dade Tier 1. para 56,69%. Ao mesmo tempo
o núcleo duro de accionistas, tu- que sabemos, a supervisão fa- A imposição deste limite não foi noticiado, esta semana, o in-
do foi feito para que o sucessor lhou. Eu devia ter pedido uma tem sido do agrado de alguns teresse de grande parte dos ac-
de Cadilhe fosse aprovado, em- reunião ao conselho superior, dos banqueiros portugueses, cionistas do BCP, detentores de
bora os accionistas não tivessem porque lá estavam os accionis- que consideram que a situação cerca de 30% do capital, em ven-
chegado a acordo. Por isso, Cadi- tas com mais de 50% do capi- dos bancos em Portugal é muito derem as suas participações ao
lhe e a sua equipa adiaram a saí- tal”. Quanto ao teor da reunião diferente, para melhor, da de ou- Banco Bilbao Vizcaya Argenta-
da até que seja encontrada uma que teve em Abril de 2001 com tros países, onde a exposição a ria (BBVA). O “Público” dava
solução, na próxima semana. “Fuidizerqueo “DiasLoureirotinha Dias Loureiro, administrador produtos tóxicos foi arrasadora. mesmo conta da abordagem de
Fernando Lima, ex-presidente
modelodegestão preocupaçõessobre
executivo da SLN, as contradi- Com um lucro de ¤402,3 mi- ‘emissários’ do banco espanhol
da Engil e da Abrantina, será o
dogruponãome ofactodeoBdP
ções entre o que cada um diz lhões em 2008, o BES viu os para falar com o Governo e com
novo presidente. mantêm-se (ver destaque). Aos seus resultados caírem 33,7% fa- o Presidente da República para
Os accionistas vão assistindo à
inspiravaconfiança” estarsemprenoBPN”
deputados, Dias Loureiro con- ce a 2007, mas o seu presidente, perceberem se havia ou não
rotação de administradores de
DIASLOUREIRO ANTÓNIOMARTA
fessou também que Oliveira Cos- Ricardo Salgado, regista o facto abertura das autoridades portu-
mãos e pés atados, já que as em- ex-administrador da SLN ex-vice-governador do Banco de Portugal ta, ex-presidente do grupo, lhe de, apesar da difícil situação fi- guesas a uma investida do BB-
presas da SLN estão descapitali- disse que ia ser chamado ao BdP nanceira, “este ser o terceiro re- VA. Não seria a primeira vez
zadas, endividadas e a viabilida- para ir depor sobre o Banco In- sultado mais elevado da história que este banco fazia uma aproxi-
de de algumas está por um triz. estão numa fase inicial”, diz um ta”, o que assenta que nem uma sular”. Era através desta institui- do banco”. O contributo da área mação desta natureza.
Um acordo com o Estado para accionista. luva à SLN. Segundo António ção que passavam operações internacional ascendeu a ¤143 Uma das entidades que pode-
que este transforme as dívidas Marta, ex-vice-governador do fraudulentas, mas Dias Lourei- milhões, com Angola a liderar riam ter maior interesse nesta
que a SLN tem no BPN em capi-
Um grupo complexo desde
Banco de Portugal (BdP), para ro disse que apenas ouviu falar os ganhos vindos do exterior, união BCP-BBVA seria a Teixei-
tal, tornando-se accionista da
sempre, afirma Marta
que esta pudesse consolidar o do Insular quando este apare- num montante de ¤48 milhões. ra Duarte, que tem 7,5% do BCP
empresa, é a solução desejada banco foram-lhe impostas condi- ceu nos jornais. O nível de provisões tanto para e cerca de 1% do BBVA. No en-
por alguns para evitar a falên- Costuma dizer-se: “Quem torto ções de maior exigência do que a Isabel Vicente incumprimento de crédito como tanto, fonte deste grupo rejeita
cia. Mas “as negociações ainda nasce tarde ou nunca se endirei- outras empresas, por parte do ivicente@expresso.impresa.pt para a desvalorização de títulos tal cenário. I.V. e P.L.
Page 1  |  Page 2  |  Page 3  |  Page 4  |  Page 5  |  Page 6  |  Page 7  |  Page 8  |  Page 9  |  Page 10  |  Page 11  |  Page 12  |  Page 13  |  Page 14  |  Page 15  |  Page 16  |  Page 17  |  Page 18  |  Page 19  |  Page 20  |  Page 21  |  Page 22  |  Page 23  |  Page 24  |  Page 25  |  Page 26  |  Page 27  |  Page 28  |  Page 29  |  Page 30  |  Page 31  |  Page 32  |  Page 33  |  Page 34  |  Page 35  |  Page 36  |  Page 37  |  Page 38  |  Page 39  |  Page 40  |  Page 41  |  Page 42  |  Page 43  |  Page 44  |  Page 45  |  Page 46  |  Page 47  |  Page 48  |  Page 49  |  Page 50  |  Page 51  |  Page 52  |  Page 53  |  Page 54  |  Page 55  |  Page 56  |  Page 57  |  Page 58  |  Page 59  |  Page 60  |  Page 61  |  Page 62  |  Page 63  |  Page 64  |  Page 65  |  Page 66  |  Page 67  |  Page 68  |  Page 69  |  Page 70  |  Page 71  |  Page 72  |  Page 73  |  Page 74  |  Page 75  |  Page 76  |  Page 77  |  Page 78  |  Page 79  |  Page 80  |  Page 81  |  Page 82  |  Page 83  |  Page 84  |  Page 85  |  Page 86  |  Page 87  |  Page 88  |  Page 89  |  Page 90  |  Page 91  |  Page 92  |  Page 93  |  Page 94  |  Page 95  |  Page 96  |  Page 97  |  Page 98  |  Page 99  |  Page 100  |  Page 101  |  Page 102  |  Page 103  |  Page 104  |  Page 105  |  Page 106  |  Page 107  |  Page 108  |  Page 109  |  Page 110  |  Page 111  |  Page 112  |  Page 113  |  Page 114  |  Page 115  |  Page 116  |  Page 117  |  Page 118  |  Page 119  |  Page 120  |  Page 121  |  Page 122  |  Page 123  |  Page 124  |  Page 125  |  Page 126  |  Page 127  |  Page 128  |  Page 129  |  Page 130  |  Page 131  |  Page 132  |  Page 133  |  Page 134  |  Page 135  |  Page 136  |  Page 137  |  Page 138  |  Page 139  |  Page 140  |  Page 141  |  Page 142  |  Page 143  |  Page 144  |  Page 145  |  Page 146  |  Page 147  |  Page 148  |  Page 149  |  Page 150  |  Page 151  |  Page 152  |  Page 153  |  Page 154  |  Page 155  |  Page 156  |  Page 157  |  Page 158  |  Page 159  |  Page 160  |  Page 161  |  Page 162  |  Page 163  |  Page 164  |  Page 165  |  Page 166  |  Page 167  |  Page 168  |  Page 169  |  Page 170  |  Page 171  |  Page 172  |  Page 173  |  Page 174  |  Page 175  |  Page 176  |  Page 177  |  Page 178  |  Page 179  |  Page 180  |  Page 181  |  Page 182  |  Page 183  |  Page 184  |  Page 185  |  Page 186  |  Page 187  |  Page 188  |  Page 189  |  Page 190  |  Page 191  |  Page 192  |  Page 193  |  Page 194  |  Page 195  |  Page 196  |  Page 197  |  Page 198  |  Page 199  |  Page 200  |  Page 201  |  Page 202  |  Page 203  |  Page 204  |  Page 205  |  Page 206  |  Page 207  |  Page 208  |  Page 209  |  Page 210  |  Page 211  |  Page 212  |  Page 213  |  Page 214  |  Page 215  |  Page 216  |  Page 217  |  Page 218  |  Page 219  |  Page 220  |  Page 221  |  Page 222  |  Page 223  |  Page 224  |  Page 225  |  Page 226  |  Page 227  |  Page 228  |  Page 229  |  Page 230  |  Page 231  |  Page 232  |  Page 233  |  Page 234  |  Page 235  |  Page 236  |  Page 237  |  Page 238  |  Page 239  |  Page 240  |  Page 241  |  Page 242  |  Page 243  |  Page 244  |  Page 245  |  Page 246  |  Page 247  |  Page 248  |  Page 249  |  Page 250  |  Page 251  |  Page 252  |  Page 253  |  Page 254  |  Page 255  |  Page 256  |  Page 257  |  Page 258  |  Page 259  |  Page 260