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10 ECONOMIA Expresso, 31 de Janeiro de 2009
CAPITAL DE RISCO
100 milhões para criar trabalho na inovação
A InovCapital vai lançar em 2009 um fundo que apoiará empresas de inovação como alternativa de emprego
Criar a própria empresa pode igual aos ¤45 mil disponibiliza-
ser a melhor alternativa para dos pelo microcapital de risco
quem procura um posto de tra- para criar um projecto empresa-
balho, considera João Fernan- rial”, refere o administrador.
SEIS APOSTAS DE SUCESSO
des, administrador da InovCapi- Quanto à taxa de sucesso, João
tal, a sociedade de capital de ris- Fernandes admite que não é ele-
co participada pela Direcção-Ge- vada — cerca de 10% a 15% dos MICROPOLIS EDIGMA
ral do Tesouro e pelo Instituto projectos têm êxito —, mas “es- ßCriada na Universidade do ßA tecnologia interactiva da
de Apoio às Pequenas e Médias ses casos garantem a rentabilida- Minho, está instalada no parque sua marca Displax Interactive
Empresas e à Inovação — IAP- de do investimento global, por- TecMaia. Aplica microcápsulas Window já está presente em 40
MEI. Como a janela de oportuni- que compensam os que não tive- a fibras têxteis países. Apostou forte em
dade do empreendedorismo de- ram sucesso — o valor efectivo ßActua à escala global, para projectos digitais e aplicações
ve ser aberta aos sectores que in- das novas empresas triplica o in- empresas que querem oferecer de Internet com a marca
corporam mais tecnologia, o ca- vestimento efectuado. Para o jo- ao mercado têxteis e tecidos Netbusiness — Smart Solutions
pital de risco do Estado prepara vem empreendedor, estes pro- com características específicas ßOs seus principais mercados
o lançamento de um novo fundo jectos são sempre desafios pro- ßEm 2008, a InovCapital são Espanha, os Emirados
— o InovCapital Inovação —, fissionais importantes”. vendeu a sua posição na Árabes, os EUA, a Ásia, a Europa
que terá cerca de ¤100 milhões. O capital de risco vai muito Micropolis à belga Devan e a América do Sul
“Queremos apostar na além do microcapital, incluindo Chemicals por ¤1 milhão (com
mão-de-obra altamente qualifi- grandes operações de interna- uma rentabilidade de 37%) HOLOS
cada e nas tecnologias de topo e cionalização e reestruturação ßEspecializada em sistemas de
acreditamos que estas oportuni- de empresas. Actualmente, a ALTITUDE SOFTWARE informação operacionais, está
dades serão bem aproveitadas, InovCapital tem cerca de €150 ßFabrica software para centros sediada no Madan Park de
pelos projectos de inovação e in- milhões sob gestão e acompa- de atendimento telefónico (call Almada, pertencente à
vestigação que surgem nos pó- nha cerca de 150 participadas. centers) e atingiu um volume de Universidade Nova de Lisboa,
los tecnológicos universitários”, “O investimento médio é de cer- negócios de ¤25 milhões em e participa, há 10 anos, no
refere o administrador. JoãoFernandes,administradordaInovCapital FOTO NUNO BOTELHO ca de ¤1 milhão por empresa”, 2007. Tem clientes em 60 países processo de modernização
“O empreendedorismo deve esclarece o administrador. ßA InovCapital investiu ¤1 da Administração Pública
ser encarado como uma das al- dos quais €5mil cabem aos pro- termos uma pequena chocolata- Em 2008, a InovCapital inves- milhão e vendeu a participação ßTem soluções para comércio
ternativas válidas para ultrapas- motores e os restantes €45 mil ria e uma unidade de produção tiu €45 milhões, concretizando por ¤2,9 milhões electrónico, fornece tecnologia
sar situações de desemprego são financiados por capital de de cogumelos”, observa João 53 operações de investimento — ßRecebeu mais de 25 prémios de previsão do tempo à Agência
junto dos quadros com melhor risco — terão acolhimento na Fernandes. “um número que não é muito ha- na área de inovação Espacial Europeia e tecnologia
formação técnica e académica”, InovCapital. A crise económica global não bitual acontecer no capital de Google Search Appliance
adianta João Fernandes. Neste De resto, o microcapital de ris- aconselha a que os desemprega- risco”, diz João Fernandes. Do SMART ADVERTISING
sentido, já há um considerável co da InovCapital já permitiu dos altamente qualificados montante total investido, 56% ßTem escritórios em Lisboa e CRITICAL LINKS
número de projectos empresa- criar e desenvolver muitas inicia- aguardem o aparecimento de foi aplicado em sectores tradicio- Porto e utiliza automóveis como ßSurgiu da separação (spin-off)
riais que se enquadram nos tivas empresariais em diversas um novo posto de trabalho assa- nais (em 26 operações) e 44% suporte publicitário da Critical Software para
apoios concedidos no âmbito do áreas (turismo, serviços, sector lariado, quando há oportunida- nos sectores de inovação, ou se- ßVolume de negócios atinge desenvolver comunicações
programa Finicia, que funciona agro-alimentar, cerâmicas e vi- des efectivas para projectos de ja, nas tecnologias (18 opera- ¤4 milhões e realizou 123 empresariais (solução edgeBOX)
como microcapital de risco. dro, têxtil e calçado, aquacultu- inovação. “Feitas as contas à du- ções), nas ciências da vida (oito acções de marketing de rua ßOs EUA são o seu principal
De igual forma, os projectos de ra e biotecnologias, entre ou- ração do subsídio de desempre- operações) e na energia. ßParticipação da InovCapital mercado-chave. Já entrou no
inovação que possam arrancar tras). “Ainda não temos projec- go, verificamos que o montante J.F. Palma-Ferreira vendida por ¤1,5 milhões aos Brasil, China, Chile, Índia
com um capital até ¤50 mil — tos na restauração, apesar de a que se tem acesso é quase jpferreira@expresso.impresa.pt promotores deste negócio e África do Sul
SALÁRIOS
Cortes nos aumentos
dos gestores em 2009
Estudo do Hay Group giem o curto prazo; e quantifica-
revela que previsões de ção, transparência e racionaliza-
subidas nas remunerações ção dos benefícios.
caíram de 3% a 4% para 1%
NO TOPO DA PIRÂMIDE
Uma das conclusões é, precisa-
a 2,5% em dois meses mente, que tem vindo a crescer
a fatia da remuneração variável
O agravamento da crise levou a n A remuneração-base dos nas verbas pagas aos executivos
uma moderação inesperada nos gestores portugueses oscilou que trabalham em Portugal. Em
aumentos salariais dos gestores entre ¤100 mil e ¤547 mil no 2008, o salário-base representa-
de topo em Portugal. De acordo ano passado, o que representa va apenas 66% da remuneração
com o estudo Hay Group Top um rendimento bruto mensal total. O restante vinha da com-
Executives, realizado junto de (considerando 14 meses) ponente variável (24%) e de ou-
121 empresas a operar em terri- entre ¤7143 e ¤39 017 tros benefícios (10%). Nos gesto-
tório nacional para um universo res de topo, a remuneração-ba-
de cerca de 1200 funções, as pre- n Em 2008, as previsões se representava 65% e nos car-
visões apontam para subidas en- apontavam para uma subida gos directivos 68%.
tre 1% e 2,5% nas remunerações dos salários entre 3,2% e 4,9%. Cada gestor português levou
dos executivos este ano. Acabou por ficar nos 3,7% para casa, no ano passado, entre
Há apenas dois meses, em No- ¤140 mil e ¤900 mil em remune-
vembro, a expectativa era que os n Há dois meses, ainda havia rações. A maior fatia, o salá-
aumentos ficassem acima de 3% empresas que admitiam chegar rio-base, oscilou entre ¤100 mil
e, em algumas empresas, chegas- aos 4% este ano. Agora e ¤500 mil.
sem mesmo aos 4%. No ano pas- a expectativa máxima de Na retribuição variável, o Hay
sado, segundo a consultora, os aumento não vai além dos 2,5% Group contabiliza “bónus ou
gestores portugueses foram au- prémios, comissões, distribui-
mentados, em média, 3,7%. n Nos executivos de topo, ção de lucros ou outros valores
Esta redução nos aumentos a componente variável em dinheiro, pagos de uma for-
está relacionada com o agra- da remuneração representou ma variável, sem carácter defini-
var da crise nos últimos meses, 27% no ano passado. No tivo ou adquirido”. Os benefí-
que tem levado as principais conjunto de todos os gestores cios incluem itens como automó-
instituições a rever em baixa analisados, que inclui também veis e despesas associadas, segu-
as projecções. directores, a média foi de 19% ros de vida e de saúde, planos de
O estudo do Hay Group revela pensões ou telemóvel.
também que as grandes tendên- Os esquemas de remuneração,
cias nas remunerações dos exe- em particular no sector financei-
cutivos vão centrar-se em qua- ro, são considerados parcialmen-
tro grandes áreas: maior exigên- te responsáveis pela crise finan-
cia nos modelos de governo das ceira, já que deram incentivos
sociedades e maior transparên- aos gestores para assumirem ris-
cia nas retribuições dos órgãos cos excessivos que se traduzis-
de gestão; maior contenção e ra- sem em ganhos de curto prazo,
cionalização na retribuição ba- mesmo que tivessem consequên-
se; reformulação dos esquemas cias negativas mais tarde.
de remuneração variável elimi- João Silvestre
nando mecanismos que privile- jsilvestre@expresso.impresa.pt
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