Surf, Longboard & BodyBoard Em continuidade de edições anterio-
res, voltamos hoje a escrever algo mais sobre a parte técnica do surf...
COMO PASSAR AS ONDAS?
Para os menos experientes isto pode- rá ser uma tarefa complicada, pois a for- ça das ondas em direcção do surfista, poderá fazer com que ele não consiga avançar ou até mesmo o traga contra- riadamente para terra. Tal como se fura uma onda quando se está a nadar na praia, para passar as ondas é preciso submergir quando elas se aproximam. São diversas as técnicas para passar as ondas para se poder chegar ao”outside” (zona de rebenta- ção “lá fora” no mar). Quem inicia no surf, aposta em tenta- tivas quando o mar está mais pequeno e desta forma rema fortemente em di- recção das ondas, sendo que, a cerca de dois metros da onda, estica os seus braços, com as mãos colocadas debai- xo da zona dos ombros e agarrando os “rails” (as bordas) da prancha, devendo o corpo se manter sobre a prancha, o podendo fazer como se de uma flexão se tratasse. Desta forma, a espuma irá passar en-
tre a prancha e o surfista, não havendo muita obstrução à passagem da onda. Quando as ondas são bem maiores, esta técnica já se torna complicada, pelo que se usa uma outra denominada “esquimó roll” ou a tartaruga, na qual o surfista, a dois metros de frente para a onda, agarra nos “rails” (os bordos) da prancha, igualmente na zona debaixo dos ombros e roda/volta a prancha ao contrário, isto é a prancha fica com as quilhas viradas para cima e o surfista fica por baixo da prancha, mantendo-se firmemente agarrado a esta, enquanto a onda passa sobre a prancha. Assim que a onda acabar de passar, o surfista terá que completar a sua volta, regres- sando à posição inicial, ou seja volta a ficar por cima da prancha e recomeça a remar em direcção às ondas seguintes, repetindo a técnica nas mesmas. Quando já se tem alguma experi- ência/domínio da prancha, será ideal praticar uma técnica mais avançada de passagem de ondas, pois esta é muito mais rápida e eficiente, tanto em ondas pequenas como em ondas muito gran- des.
O “duck-dive” (mergulho à pato) é como se mergulhássemos debaixo da onda, só que com a prancha. No prin- cípio é um pouco difícil, pois a onda balança-nos e não conseguimos pas- sar através dela, porém depois é muito eficaz. É complicado apanhar “o pon- to” ideal para mergulhar, dominando a
prancha sem ela nos fugir. O truque é remar em direcção à onda (espuma ou parede), não parando! A cerca de dois metros do “ponto de en- contro”, agarrar os “rails” (as bordas) da prancha e empurra-la fortemente para baixo, simultaneamente apoian- do o joelho da perna dianteira sobre a prancha, assim irá afundar a perna flexionada e a outra (a que tem o “le- ash” preso) deverá manter esticada. Ao invés do joelho poderá utilizar o pé dianteiro, o qual encosta ao “tail” (parte traseira da prancha), neste caso apro- veite o “grip”/”deck” da prancha para não a danificar. Quando sentir que a onda passou, aponte a prancha para a superfície, empurre a parte traseira da prancha e sairá do outro lado da onda. É importante não sair muito rápido pois poderá apanhar a turbulência da onda. Uma prancha mais fina (e/ou menos vo- lume) facilita a manobra.
IMPORTANTE!!
- Observe onde as ondas quebram e ainda se há corrente, espere o melhor momento e só depois entre na água. Para chegar até as ondas, é preciso passar as espumas; - Ao remar, nunca se coloque de lado em relação as espumas (paralelo ou na
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diagonal), mantenha sempre o bico da prancha perpendicular a estas; - Quando existem outros surfistas na sua direcção, tente calcular espaço, para eles poderem passar, sem lhes es- tragar a onda, desviando-se da possível trajectória destes (requer alguma expe- riência – muitas horas a surfar – para se poder lidar bem com estas situações; - Sempre que tenha outros surfistas à
sua frente, também a remar em direc- ção ao “outside”, não se esqueça que deverá sair detrás (da direcção) destes, porque por mais distanciados, estes po- derão ser surpreendidos por uma onda mais forte, não conseguir passar e vo- cês irão certamente ser atingidos por eles ou pelas suas pranchas; - Manter sempre distância de segu- rança dos outros surfistas ao seu redor; - Guardar ar suficiente para conseguir estar calmamente debaixo de água ao passar pelas ondas, mantendo-se sem- pre descontraído, mesmo quando não conseguirem ter sucesso e a onda vos mandar para o fundo por alguns segun- dos que por vezes mais parecem minu- tos. Nunca entrar em pânico! - Inevitável, ainda que seja um “pro” ou um principiante, é inútil lutar debai- xo de água: gasta oxigénio para nada! Somente depois da onda ter passado, e de o seu corpo estabilizado, poderá
Foto de: Maria Ferreira
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