Nota20 - julho 2015
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granadas, os gases asfixiantes, o espectro da morte que diariamente os atormentava, mas também os momentos de lazer em que se jogava o dominó, as cartas ou o fute- bol e se escreviam cartas de saudade. Os dias passa- vam, mas custavam a passar. A guerra também era soli- dão. Eram tantas as saudades da terra, da casa, do lar. Às vezes, era preciso matar o tempo, fechar os olhos à desgraça e sonhar! Por instantes, a plateia julgou ser alvo de um ataque e pôde imaginar a sensação de pâni- co que sentiram as pessoas, nomeadamente, as crian- ças que viram interrompidas as suas brincadeiras e o som das suas gargalhadas pelo das rajadas de metra- lhadoras. Por outro lado, não faltaram os momentos de humor recriando as dificuldades de comunicação da lín- gua do pas compris, das casas de banho improvisadas e da falta que fazia a presença feminina naquelas bandas. Especial foi também a cena em que se recordou o sau- doso ator “Raúl Soldado” na famosa rábula “Tá lá? É do inimigo?”. Mais sério, mas muito sentido e profundo foi o momento em que muitos do presentes entoaram com emoção o cântico “Miraculosa” escrito nessa altura pelo músico e compositor espinhense Fausto Neves. E, depois da guerra, veio finalmente a paz. Anunciaram, então, que era preciso celebrar e havia mesmo festa e romaria no exterior. Por isso, quando o público deixou o auditório e desceu até ao recinto sentiu-se em casa, isto é, na feira de Espinho dos finais do século XIX e inícios do século XX O rancho folclórico de Paramos colaborou ativamente nesta atividade, ocupando-se melhor do que ninguém da recriação desta realidade da história local, através dos seus trajes e artefactos e dos acepipes que
foi servindo aos visitantes. Finalmente, através dos seus cantares e danças, envolveu todos os que quiseram dar ao pé e encerrar da melhor maneira esta noite inesque- cível. Fica o agradecimento a este gracioso e simpático grupo, pela sua disponibilidade e colaboração neste evento.
Em suma, os professores de História e, sobretudo, os alunos participantes sentem que, mais uma vez, valeu a pena. Esta recriação foi uma oportunidade de excelência que permitiu, de forma lúdica, alargar o conhecimento histórico a toda a comunidade educativa presente, re- presentada por um número significativo de participantes e de público assistente. Por último, é de referir que todo este trabalho deu um contributo muito válido para pro- jetar a disciplina e as escolas deste agrupamento na comunidade local.■
Os Professores de História
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