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Nota20 - julho 2015


Chegamos ao fim do ano. Encerrámos mais um capítulo na história das escolas que compõem este mega agru- pamento. Fizemo-lo com festa, espetáculo, entrega de prémios aos vencedores, enfim, com alegria. Olhamos para este passado que ainda é tão presente convictos de que foi possível, algumas vezes, transformar a nossa escola numa escola de sonhos. Aparentemente, a gran- de maioria dos alunos, dos professores ou dos pais, não mudou a sua mentalidade em relação à escola. Uns con- tinuaram mais próximos e outros mantiveram-se, o mais possível, afastados. Alguns foram raios de sol nas salas de aula, enquanto outros as quiseram abandonar, es- quecer tudo e procurar outro sentido para a sua vida. Alguns ficaram reféns de um sistema exterior agressivo e do terrorismo silencioso das sociedades modernas, mas outros não deixaram que esse terrorismo esmagas- se o prazer de viver, a criatividade, a inteligência crítica e a identidade das pessoas. De resto, terá sido assim, mais ou menos, em todas as escolas. Mas é precisamente esta forma de estar, ativa, irrequieta e provocadora que ainda faz mover a escola, apesar de ela ser constantemente acometida por ventos impetuosos vindos do lado de fora. Todos os momentos, todas as atividades realizadas dentro e fora da sala de aula expressam bem essa vontade de fazer compreen- der aos alunos que a vida é um livro, mas que pouco ensina a quem não sabe ler (ou desiste de aprender). Claro que a comunidade, sobretudo a comunidade adul- ta, não está alheia a esses ventos e receia, sobretudo, pelos estragos que possa vir a fazer na escola, mais concretamente nos nossos alunos. Traduz-se em muitos nomes que todos conhecem, mas que nem todos gos- tam de pronunciar: crise de valores, degradação socioe- conómica das famílias, ausência de ideologias e de prin- cípios. Pode dizer-se que não vale a pena contrariar este estado de coisas, mas o fatalismo não tem futuro! E, na escola, diariamente e à nossa frente, está o futuro que temos de ajudar a preparar e a construir. As flores do futuro estão nas sementes do presente (provérbio chi- nês). Dizia o escritor Victor Hugo que “O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, significa o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, significa uma oportunidade…”. Espera-se que a escola, oriente os seus alunos na construção do seu futuro para que, se necessário, eles sejam capazes de alterar a sua trajetó- ria e acima de tudo, se realizem.


Nestas páginas estão pedaços de sabedoria: experiên- cias, emoções, encontros, partilha, Vida. Os alunos es- tudaram o universo mas aprenderam que não somos donos do mundo; estudaram matemática, mas aprende- ram que as contas das relações humanas nem sempre dão resto zero; estudaram o passado humano mas aprenderam que muito do que somos hoje se explica através do que outros seres humanos outrora fizeram. As nossas escolas procuram preparar para a vida. Pro- curam, na sua dinâmica de cruzar saberes, fazer ver, que mais importante do que sermos negros ou brancos, ricos ou miseráveis, celebridades ou anónimos, religio- sos ou ateus, somos seres humanos que devemos valo- rizar a nossa própria essência e respeitar as diferenças. Se ajudarmos os jovens a mudar as suas mentes, eles transformarão o Mundo. “Não podemos evitar que os pássaros da tristeza sobre- voem as nossas cabeças, mas podemos impedir que Façam ninhos nos nossos cabelos”.■


(Provérbio chinês) Prece


Que a estrada se abra à tua frente, Que o vento sopre levemente nas tuas costas Que o sol brilhe morno e suave na tua face Que a chuva caia devagar nos teus campos... E, até que nos encontremos novamente, Que Deus (aquele em que acreditas) te guarde na palma das suas mãos.■ "


Prece irlandesa


A educação é o grande motor do desenvolvimento pes- soal. É através dela que a filha de um camponês se torna médica, que o filho de um mineiro pode chegar a chefe de mina, que um filho de trabalhadores rurais po- de chegar a presidente de uma grande nação.


Nelson Mandela


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