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Nota20 - julho 2015


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Para este doutorando, a Arte e a Filosofia têm, de facto, afinidades. Alguns filósofos foram mesmo excelentes artistas da palavra, tendo sido laureados com o prémio Nobel. Mas a Arte não deve se vista como como inócua e descomprometida. Na medida em que apela para va- lores fundamentais, em que questiona a Sociedade, em que põe a nu certas iniquidades e arbitrariedades soci- ais, pode bem servir de mote a uma pertinente reflexão filosófica.7


inquieta, entrando em diálogo crítico com a Religião, particu- larmente com a religião judaico-cristã, num esforço de diluci- dação racional das verdades reveladas na Bíblia. Esse diálo- go, se for construtivo, poderá gerar uma plataforma de en- tendimento entre duas vias de inteleção da realidade, apa- rentemente inconciliáveis. Fazendo referência a Einstein, referiu que a Ciência se depara com omistério de uma reali- dade ignota que o cientista (tal como filósofo ou o teólogo, cada um a seu modo) se esforça por decifrar e tornar mais compreensível.


Na sua alocução, o professor José Luís Santos, numa alusão implícita às célebres perguntas que o filósofo alemão Immanuel Kant enunciou há mais de dois sécu- los (“Que posso eu saber? Que devo eu fazer? Que me é permitido esperar? Que é o homem?") referiu que a Ciência tinha por objetivo responder ao questionamento incessante que o Homem faz de uma realidade que o transcende e o


A leitura da Bíblia - disse o professor catedrático - leva-nos a refletir sobre um problema crucial da existência que é o do sofrimento. Um problema para o qual não apresenta solu- ção. Um problema que só poderá ser contornado pela via da esperança e da redenção, no pressuposto de que a vida humana só ganha sentido se a concebermos no quadro de uma escatologia existencial, para a compreensão da qual o uso exclusivo da razão se torna inoperante e cede o passo a esse fenómeno espiritual a que chamos fé. Esta tertúlia constituiu, com efeito, uma excelente oportuni- dade para fazer cruzar ideias de especialistas oriundos de quadrantes disciplinares diferentes, resultando daí um vivo debate, uma pertinente reflexão sobre uma temática trans- versal a várias áreas curriculares.■


Valeu a pena? Valeu a pena, claro! Professor Joaquim Faria


Quando pratico o bem, sinto-me bem; quando pratico o mal, sinto-me mal. Eis a minha religião.


Abraham Lincoln


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