Nota20 - julho 2015
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mente a uma espécie de ritual, já que, sem marralhar o preço até este baixar o mais possível é que não havia negócio. Os alunos puderam compreender que, em dias de feira, Espinho enchia-se de pessoas e de produtos. Era uma animação. Os restaurantes e casas de pasto que foram aparecendo à volta do recinto foram precisamente o re- flexo desse movimento, pois os vendedores quase per- noitavam por ali, desde a véspera, e ali ficavam depois, todo o santo dia. Por outro lado, depois de feitas as compras na feira, ou se o negócio tinha corrido bem, ainda havia lugar para uns petiscos bem “avinhados”, ou então uma torrada e um galão num café à beira-mar. Hoje a feira continua a realizar-se no mesmo dia de se- gunda-feira. Mas o recinto mudou, as pessoas também foram mudando e o contexto socioeconómico é comple- tamente diferente. Os feirantes estão mais tristes e à volta das tendas há pouca gente. Depois dos supermer- cados vieram os hipermercados e grandes superfícies que levaram com eles a habitual freguesia. Resta-lhes a esperança de que os meses de verão lhes possam de- volver os dias em que foram mais felizes.
primeiramente a pé e mais tarde de camioneta ou no “Vouguinha”, afluíam inúmeros compradores que vinham abastecer-se de hortaliça, fruta, feijão e outros alimentos para toda a semana. Do mesmo modo se adquiria o cal- çado e vestuário conforme a estação do ano, ou então as alfaias agrícolas necessárias aos trabalhos do cam- po. Igualmente se podia comprar o peixe, cuja oportuni- dade era única na maioria das freguesias, a menos que as peixeiras, de canastra à cabeça, lá chegassem com a “sardinha do nosso mari”. E, naquele vaivém de gente que se espraiava por entre as várias ruas do recinto destinado aos feirantes, ouvia-se daqui e dacolá aprego- ar a mercadoria, enaltecendo as suas qualidades para atrair os fregueses. Mas, descrevia o nosso orador, o ato da compra tinha a sua complexidade, porque o diálo- go entre o vendedor e o freguês obedecia obrigatoria-
Fica o agradecimento dos professores de História ao professor e mui querido colega, Teixeira Lopes, pela sua disponibilidade e colaboração e, sobretudo pelo excelen- te momento de aprendizagem que proporcionou aos nossos alunos. Lembrámos, apenas, que lhes “prometeu voltar” e ficámos todos à espera de mais momentos co- mo este.■
Os Professores de História
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