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Nautimodelismo

fazer” realmente o que está no papel e transformar isso num modelo. Isto para quê? Para que as pessoas tenham ocu- pação, que essa ocupação tenha pro- dutos que sejam visíveis – os modelos poderão ser expostos no Museu de Ma- rinha, vão ser usados para as ofertas, etc – e não só, também como um show room do próprio Museu, vivo, dinâmico, interactivo com o público e não um mos- truário de “coisas” paradas... Tem muito mais do que isso, é vivo como se vê em Barcelona e por esses países fora, onde existem oficinas destas a trabalharem para o público ver. E porquê? Uma pes- soa vai a passar e vê aquilo. Muitas co- meçam-se a interessar pelo modelismo, precisamente porque viram. “Que giro, até existe um grupo que se junta...”

Portanto existe um ponto de ligação

entre a teoria e a prática?

Obviamente! E da prática à teoria. E

a pessoa que passa pensa: - Deixa-me lá ir perguntar...Se calhar é mais um que aparece. É como aqueles cursos em que falamos com as crianças, aquelas aulas. Basta que venham uma ou duas crianças que se interessem por estes temas, já é uma vitória. E que aparecem e se interessam, é uma efectiva realida- de!

Intervém o Sr. Comandante:

Do ponto de vista das instituições é

quinho movido a energia solar, onde os miúdos (e graúdos, porque não!?) irão participar e interagir. Portanto a cultura não é só história, é muito mais, é física é tudo e mais alguma coisa, é curiosi- dade. Em vez de ficarem em casa têm muito mais a que se agarrar.

Em termos de projectos, há também

a “Oficina Viva”. Qual é o grande ob- jectivo da “Oficina Viva”.

Ao fim e ao cabo é passarmos dos

livros, dos planos e disso tudo, para a efectivação desses modelos. Esses mo- delos vão trazer pessoas – já existem até agora 24 pré-inscrições – a partici- par, a discutir ideias, a dialogar. Nada é imposto. Pode haver uma pessoa que diga assim: mas eu já vi um que não tem as cavernas assim – estou a falar por alto para não entrar muito na parte téc- nica. Portanto, nesse diálogo, como se diz, quatro olhos vêem melhor que dois, então estás a ver, quarenta e oito olhos ainda vêem melhor que quatro. Será “o

um ramo muito importante também, por- que no fundo é convidar os nautimode- listas a estarem no seu local de eleição que é o Museu de Marinha. Que é o seu espaço, não é? Seu neste sentido, que é o de estarem bem ali, que é o ambien- te onde podem estar mais estimulados. Para além disso e mais ainda do que isso, é permitir também um espaço de interacção entre modelistas, como o Arquitecto há bocadinho referia, e os públicos que nos visitam (que visitam o Museu de Marinha). Porque no fundo uma montra permanente é um alicia- mento para que as pessoas sintam que há vida, que há construção, que não é estático, que as pessoas se podem juntar ali e fazer coisas ligadas ao mar. Ainda outro facto – que nós temos todos muito orgulho - e que o Director do Mu- seu se disponibilizou - o que obviamen- te nos enche de alegria - a apoiar-nos, nomeadamente permitindo que exista a possibilidade da ligação do espaço de construção esteja próximo do espe- lho de água e poder, assim, atrair um público mais vasto com uma actividade maior e lúdica. Isto é, pensar e agir so- bre os navios, sob o ponto de vista do rádio-comando e o que é mais interes- sante ainda é ver o navio em acção, o navio em movimento. Uma miríade de coisas que se podem aprender aí, não

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é? Como o movimento dos navios com todas aquelas regras que um homem que gosta do mar, ou mesmo uma pes- soa que se sensibliza pela primeira vez, tem ali acesso em directo, a ver as coi- sas ou até a experimentá-las. Outro ponto importante – diz Miguel

Parente – é a ajuda que nós, certamen- te, poderemos dar ao Museu, e sei que o Museu vai aceitar, obviamente, como optimização de tudo o que sejam pla- nos, informações, etc, porque nós ao irmos buscar um plano, ao estar a de- senvolver esse plano, ao estarmos a estudar esse plano, imediatamente toda essa informação de estudos, de pes- quisa, etc, fica no Museu de Marinha. Tudo isso é muito importante, porque existe um espólio brutal de informação, muitíssimo bom, só que o Museu não tem capacidade, quer financeira, quer de tudo o resto, porque é um espólio enorme e infindável para organizar. E muito tem sido feito!... Portanto, nós po- demos também dar uma contribuição importante na sua divulgação. Torná-lo aberto que é o que interessa para a sua divulgação, da história, de tudo o resto que falámos ainda há bocado, da filoso- fia, da geografia, da física, da matemá- tica...tudo. Está cá tudo. Só que como não existem pessoas a procurar, essas coisas não se abrem...como a flor...se não têm sol... Vai ser muito importante porque realmente o Museu de Marinha tem um espólio fabuloso (nunca será de mais referi-lo), a nível de planos e tudo o mais, que nós poderemos ajudar a op- timizar, porque vamos mexer, procurar, estudar e esse material vai ficar para e como património do Museu. Acho que toda a gente tem a lucrar

com isto. Toda essa inter-ajuda terá que existir, porque senão, continuaremos cada um a remar para seu lado, como aconteceu até agora...o Museu de Ma- rinha continuará sozinho a vender in- gressos e a virem pessoas ver barcos expostos e nós continuaremos a fazer os nossos encontros e cada vez que queremos uns planos vamos à net e não fazemos intercâmbio de saberes e conhecimentos adquiridos...o que será um desperdício para todos... Confio plenamente que este projecto tem tudo para dar certo. Só me resta agradecer a vossa par- ticipação e contribuição para mais um tema relacionado com o nosso hobby. A todos os leitores, espero ter mais

uma vez despertado o vosso interesse e que assim que tudo esteja pronto –fi- quem atentos à revista e ao blog - apa- reçam nem que seja para ver.

Até breve, Paulo Capelo Page 1  |  Page 2  |  Page 3  |  Page 4  |  Page 5  |  Page 6  |  Page 7  |  Page 8  |  Page 9  |  Page 10  |  Page 11  |  Page 12  |  Page 13  |  Page 14  |  Page 15  |  Page 16  |  Page 17  |  Page 18  |  Page 19  |  Page 20  |  Page 21  |  Page 22  |  Page 23  |  Page 24  |  Page 25  |  Page 26  |  Page 27  |  Page 28  |  Page 29  |  Page 30  |  Page 31  |  Page 32  |  Page 33  |  Page 34  |  Page 35  |  Page 36  |  Page 37  |  Page 38  |  Page 39  |  Page 40  |  Page 41  |  Page 42  |  Page 43  |  Page 44  |  Page 45  |  Page 46  |  Page 47  |  Page 48  |  Page 49  |  Page 50  |  Page 51  |  Page 52  |  Page 53  |  Page 54  |  Page 55  |  Page 56  |  Page 57  |  Page 58  |  Page 59  |  Page 60  |  Page 61  |  Page 62  |  Page 63  |  Page 64  |  Page 65  |  Page 66  |  Page 67  |  Page 68  |  Page 69  |  Page 70  |  Page 71  |  Page 72  |  Page 73  |  Page 74  |  Page 75  |  Page 76  |  Page 77  |  Page 78  |  Page 79  |  Page 80  |  Page 81  |  Page 82  |  Page 83  |  Page 84  |  Page 85  |  Page 86  |  Page 87  |  Page 88  |  Page 89  |  Page 90  |  Page 91  |  Page 92  |  Page 93  |  Page 94  |  Page 95  |  Page 96  |  Page 97  |  Page 98  |  Page 99  |  Page 100
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