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saúde
95 Diabetes Mellitus e o exercício físico
Segundo a ACSM (American College of Sports Medicine), a diabetes tornou-se uma epidemia generalizada, principalmente por causa do aumento da prevalência e incidência de diabetes mellitus tipo 2. De acordo com o IDF (International Diabetes Federation) a Diabetes atinge mais de 382 milhões de pessoas em todo o mundo, correspondendo a 8,3% da população mundial, onde mais de 50% ainda não foi diagnosticada, prosseguindo a sua evolução silenciosa.
P
ortugal, posiciona-se entre os países Europeus que registam uma mais eleva- da taxa de prevalência, que de acordo com o mais recente Relatório Anual do Obser- vatório Nacional de Diabetes (2013), é cerca de 12,9%, onde 5,6% não se encontra diag- nosticada. Segundo a ADA (American Diabetes Asso- ciation) a diabetes é uma doença metabólica que se caracteriza por um aumento anormal dos níveis de glicose no sangue, devido a pro- blemas na produção ou ação da insulina, uma hormona produzida pelo pâncreas e que tem como principal função regular os níveis de açúcar no organismo. A diabetes pode ser categorizada como tipo 1 ou tipo 2. No tipo 1, correspondente 5 % a 10 % dos casos, a causa é uma deficiência absoluta da se- creção de insulina, resultante da destrui- ção auto-imune das células produtoras de insulina no pâncreas. O tipo 2, correspon- dente a 90 % - 95 % dos casos, resulta de uma combinação da incapacidade das células musculares responderem adequa- damente à insulina (resistência à insulina) e a secreção de insulina compensatória inadequada. Existem ainda outro tipo de diabetes porem menos comuns, a diabe- tes gestacional, diabetes resultantes de defeitos genéticos na acção da insulina, de doenças do pâncreas, de infecções e drogas ou produtos químicos.
ASSIM SEGUNDO APDP (ASSOCIAÇÃO PROTECTORA
DOS DIABÉTICOS DE PORTUGAL) OS VALORES DE REFERÊNCIA, QUE NOS PERMITEM
CLASSIFICAR A DOENÇA SÃO: Segundo as várias entidades ADA, ACSM e
IDF, hoje é reconhecido que o Exercício Físico e uma dieta saudável têm um efeito sinérgico
A ACSM recomenda a prática de exercício aeróbio 3 a 5 vezes por semana a uma inten- sidade moderada, de 40% a 60% do VO2máx, com uma duração total de 150min/semana. Recomenda de igual forma, a integração do treino de desenvolvimento muscular, nomea- damente em diabéticos tipo 2 com uma dimi- nuição da resistência á insulina a nível celu- lar. Assim, recomenda-se este tipo de treino 2 a 3 vezes por semana, a uma intensidade moderada (50% de 1RM) ou vigorosa (75% a 80% de 1RM). Para bons ganhos de força muscular, aconselha-se a realização de 5 a 10 exercícios, envolvendo os grandes grupos musculares e, inicialmente, a realização de 10 a 15 repetições, podendo progredir com o tempo para um aumento de carga (8-10 re- petições máximas), variando no mínimo entre 1 a 4 séries, sendo que pelo menos uma das séries, deverá ser realizada até quase atingir a fadiga muscular. A Flexibilidade também deve
no controle e prevenção desta patologia. NO QUE SE REFERE AO
EXERCÍCIO FÍSICO, A SUA PRÁTICA REGULAR PERMITE:
- Diminuir os níveis de glicose no sangue; - Estimular a produção de insulina; - Aumentar a sensibilidade celular à insulina; - Aumentar a capacidade de captação de gli- cose pelos músculos; - Diminuir a gordura corporal, a qual está re- lacionada à diabetes tipo 2.
ser incluída no treino, no entanto não substitui qualquer dos treinos anteriores.
Apesar dos inúmeros estudos evidencia- rem um maior foco a nível do exercício aeró- bio, cada vez mais se verifica a importância do treino muscular no controle e prevenção desta patologia, não só devido ao controlo do peso, como devido ao próprio processo refe- rente ao treino muscular. Alguns ensaios mais recentes, comprovam que o exercício de re- sistência muscular reduz os níveis de HbA1c (glicohemoglobina) em diabéticos (importante indicador de prognóstico da doença), potência a acção da insulina no músculo e aumen- ta a tolerância á glicose. Estes efeitos não diferem muito dos efeitos do treino aeró- bio, no entanto ocorrem devido a efeitos um pouco distintos. A musculação promo- ve um incremente de massa muscular e como a sensibilidade á insulina tem uma relação directa com o tecido magro, vários estudos atribuem os efeitos benéficos da musculação á hipertrofia muscular, sendo que os efeitos são bem mais complexos que esta variável.
“Tudo aquilo que a mente humana pode conceber e em que pode acreditar, tam- bém pode alcançar.” NAPOLEON HILL
E você, do que está á espera para al- cançar uma vida melhor, mais saudável?
Ana Lourenço
Coordenadora da Sala de Exercício do Wellness Sportcity
Personal Trainer no Wellness Sportcity Licenciada em Ciências do Desporto (UBI) Especializa em Actividades Aquáticas (Manz) e Aulas de Grupo (Cef)
Referências Bibliográficas
Medicine & Science in Sports & Exercise: December 2010 - Volume 42 - Issue 12 - pp 2282-2303 Fonte: International Diabetes Federation (IDF), IDF Diabe- tes, Atlas, 2013
Fonte: (American Diabetes Association ),
www.diabetes.org Fonte: APDP (Associação Protectora dos diabéticos de Portugal),
http://www.apdp.pt/ Fonte:
www.fat-new-world.com Imagens: APDP (Associação Protectora dos diabéticos de Portugal),
http://www.apdp.pt/
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