This page contains a Flash digital edition of a book.
opraticante.pt


23 20 KMS DE ALMEIRIM Almeirim a quebrar barreiras


Clássica e mítica do nosso calendário, cuja história foi alicerçada numa altura que não havia a oferta que há hoje em dia.


Almeirim raramente deixa de o fa- zer, levando mesmo mais alguém. E o resultado deste ano foi mui-


O


s 20 Kms de Almeirim rea- lizaram a sua 27ª edição de sucesso, numa prova que se soube sempre reinventar e adaptar, nunca deixando de en- cantar quem aí se desloca. Com uma taxa de inscrição muito barata para a distância,


MENDIGA SEMPRE! Onde a corrida é apenas um pretexto


Com boas provas ao pé de casa, o que me tem levado a percorrer 130 quilómetros até uma pequena povoação chamada Mendiga, pelo 4º ano consecutivo?


E


sta pergunta só tem razão de ser se feita por alguém que não conhece este ver- dadeiro acontecimento chama- do Grande Prémio da Mendiga e onde a corrida é apenas um pre- texto.


Localizada no concelho de Por- to Mós e com uma população de 930 habitantes (censos 2011), unem-se para dar vida a esta pro- va de Atletismo, usando o lema “Mendiga sabe receber”. O ponto nevrálgico é o pavilhão onde decorre uma feira de artigos regionais, daqueles de fazer cres- cer água na boca. A animação é dada por um grupo regional, desta feita composta por 4 jovens acor- deonistas. A simpatia das suas gentes está presente em todo o momento, antes, durante e após a prova. Corrida que tem uma extensão de 16.300 metros e que decorre junto ao sopé da Serra


Apesar da crise que tem feito di- minuir a presença em provas mais afastadas, esta manteve-se prati- camente na casa das 4 centenas, quase sempre os mesmos que após descobrirem esta pérola no nosso calendário, não prescindem de aí regressar.


d’Aire, num percurso agradável e selectivo qb. Dois reabastecimen- tos e no final mais água, bolos, fruta e um troféu de presença. Segue-se o momento que to- dos anseiam, o almoço convívio, bem servido, sem esperas e com a animação do tal grupo. Todos se divertem e convivem pois o Atle- tismo é isto, a corrida um motivo. No final, regresso ao salão onde


decorre a tal feira para sobreme- sa, entrega de prémios e sorteios que vão desde um fim-de-sema- na, bicicleta, presunto, etc. No regresso, trazemos a certe- za que ainda há esperança quan- do se encontra uma população assim tão generosa. Mendiga, só se não puder mes-


mo é que não estarei sempre pre- sente!


Os vencedores foram exacta- mente os mesmos do ano pas- sado, Carlos Silva, então no Sporting e agora no Gabinete Fi- sioterapia Desporto / Reboleira, que marcou 51.14, e Vera Nunes do Benfica que com os seus 59.34 retirou 1.06 à sua marca do ano passado, 3 semanas após brilhan- te estreia na mítica distância em Nova Iorque.


Colectivamente, o Gabinete Fi- sioterapia Desporto / Reboleira venceu, seguidos pelos Leões de Porto Salvo.


Texto: João Lima Foto: Mafalda Lima


diria mesmo que os 5 euros do primeiro preço são meramente simbólicos com tudo o que nos é oferecido de percurso, organiza- ção, convívio final com respectiva sopa da pedra, caralhotas, fruta e sumos, e ainda direito a um tro- féu, quem costuma deslocar-se a


to significativo pois a prova des- de que se deixou de realizar em Janeiro, há 10 anos atrás, nunca mais quebrou a barreira do mi- lhar, o que veio a suceder agora com 1.034 classificados na meta, e num dia em que na capital se disputou uma prova (Corrida do Montepio) com 3.754 atletas. Mesmo com essa concorrência, Almeirim cresceu significativa- mente, somando 164 classifica- dos aos de 2012.


Mesmo com o aumento de atle- tas, a confraternização à volta da sopa da pedra não teve tanta fila como no ano passado, devido a uma logística mais eficaz. Um acto da mais elementar justiça, foi uma reconhecida ho-


menagem que a organização pro- moveu a um Senhor do atletismo, alguém que todos nós tanto deve- mos, o Professor Mário Machado! Desde há muito tempo que a Junta de Freguesia local tinha em seu poder uma enorme taça a ser entregue ao atleta que triunfasse consecutivamente por três vezes. Pois na 27ª edição tal sucedeu. Hermano Ferreira alcançou o tri, com 1.02.27, recebendo a histó- rica taça.


Curiosamente, ambos os ven- cedores foram os mesmos do ano passado, pois Vera Fernandes re- petiu o seu triunfo de 2012, mas melhorando a marca em 1.52, marcando 1.18.15 Colectivamente, a


vitória foi


para os Leões de Porto Salvo. Texto: João Lima


Foto: Mafalda Lima


Page 1  |  Page 2  |  Page 3  |  Page 4  |  Page 5  |  Page 6  |  Page 7  |  Page 8  |  Page 9  |  Page 10  |  Page 11  |  Page 12  |  Page 13  |  Page 14  |  Page 15  |  Page 16  |  Page 17  |  Page 18  |  Page 19  |  Page 20  |  Page 21  |  Page 22  |  Page 23  |  Page 24  |  Page 25  |  Page 26  |  Page 27  |  Page 28  |  Page 29  |  Page 30  |  Page 31  |  Page 32  |  Page 33  |  Page 34  |  Page 35  |  Page 36  |  Page 37  |  Page 38  |  Page 39  |  Page 40  |  Page 41  |  Page 42  |  Page 43  |  Page 44  |  Page 45  |  Page 46  |  Page 47  |  Page 48  |  Page 49  |  Page 50  |  Page 51  |  Page 52  |  Page 53  |  Page 54  |  Page 55  |  Page 56  |  Page 57  |  Page 58  |  Page 59  |  Page 60  |  Page 61  |  Page 62  |  Page 63  |  Page 64  |  Page 65  |  Page 66  |  Page 67  |  Page 68  |  Page 69  |  Page 70  |  Page 71  |  Page 72  |  Page 73  |  Page 74  |  Page 75  |  Page 76  |  Page 77  |  Page 78  |  Page 79  |  Page 80  |  Page 81  |  Page 82  |  Page 83  |  Page 84  |  Page 85  |  Page 86  |  Page 87  |  Page 88  |  Page 89  |  Page 90  |  Page 91  |  Page 92  |  Page 93  |  Page 94  |  Page 95  |  Page 96  |  Page 97  |  Page 98  |  Page 99  |  Page 100