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orientação A PRIMEIRA VEZ DE OLGA VINOGRADOVA


O Praticante | 52


No setor feminino, a vitória coube a Olga Vinogradova com o tempo de 41:54, apenas 20 segundos à frente da atual líder da Taça do Mundo, a sueca Cecilia Thomasson. Um triunfo com um sabor especial, já que se tratou da primeira vez que a jovem russa se superiorizou às demais concorrentes numa grande competição internacional de Elite pontuável para a Taça do Mundo. Tal como Anton Foliforov, também Olga Vinogradova começou por fazer apelo às suas memórias de 2010 e dos Mundiais de Montalegre para se referir a esta vitória: “Há três anos atrás, consegui levar de vencida alguns títulos do Campeonato do Mundo [na ocasião na categoria Junior] e hoje senti a mesma alegria com esta minha primeira vitória no seio da Elite.” Falando da sua prova, a atleta referiu que, apesar dos problemas mecânicos que a afligiram ao longo do percurso e de alguns pequenos erros que lhe terão custado cerca de dois minutos, “fiz tudo o que estava ao meu alcance para ganhar. Gosto da BTT, mas gosto sobretudo da Orientação e hoje senti-me muito feliz neste percurso, nestes terrenos, com este ‘Verão’ incrível e esta atmosfera dos grandes momentos. Foi muito emocionante.” A finalizar, um desejo: “Quero voltar a Portugal em 2015, para os Campeonatos da Europa, e voltar a ganhar, tal como aconteceu em 2010 e hoje. É este o meu sonho.”


OURO HISTÓRICO PARA PORTUGAL Foi sob os melhores auspícios que Portugal fez a sua estreia no Campeonato do Mundo


de Veteranos de Orientação em BTT 2013. Na prova de abertura da competição, Carlos Simões foi o grande vencedor no escalão H40, ao concluir o seu percurso em 49:34. Uma vitória conseguida ante adversários de nomeada, casos do russo Maxim Zhurkin e do hún- garo Daniel Marosffy, respetivamente segundo e terceiro classificados, selando desde logo aquele que constituía o grande objetivo do atleta português para estes Campeonatos. “Estou muito satisfeito com a minha prestação”, começou por referir Carlos Simões, ao encontro daquilo que eram os seus propósitos: “Conseguir chegar ao título era realmente um dos meus grandes objetivos e foi logo à primeira. Isto alivia em parte a pressão para as provas que se seguem e deixa-me confiante para alcançar ainda mais alguma coisa”. Ter sido o primeiro português a chegar ao título mundial é visto por Simões como “um orgu- lho”, acrescentando que “a Orientação nacional, por aquilo que tem feito, está também de parabéns.” Carlos Simões admite que “não foi fácil ganhar hoje”, referindo que o segredo da vitória residiu “numa boa parte final e conseguir manter-me sempre focado na prova, apesar de alguns erros cometidos.”


ANTON FOLIFOROV SEGURA LIDERANÇA A Taça do Mundo de Orientação em BTT 2013 fez-se de emoção e “suspense” na der-


radeira etapa individual que tomou conta do segundo dia de competição. Fruto da vitória alcançada na etapa da véspera, Foliforov partia com a escassa vantagem de seis pontos ante o seu adversário direto. As esperanças de Erm residiam numa vitória, único resultado que lhe garantia de forma imediata ultrapassar Foliforov e levar para a Estónia a Taça do Mundo. Mas a verdade é que o atleta não conseguiu colocar no terreno as qualidades e capacidades que fazem dele o atual Campeão do Mundo de Sprint e de Distância Média, não indo além da oitava posição e deixando fugir o título para Foliforov. Ao russo bastou o segundo lugar alcançado na etapa – o vencedor foi o checo Krystof Bogar, um colosso de força e um verdadeiro especialista na Distância Longa, de cujo título Mundial é o detentor –, para ver a sua liderança da Taça do Mundo reforçada e chegar pela primeira vez na sua carreira ao lugar mais almejado. Terceiro classificado na etapa, o finlandês Jussi Laurila não conseguiu renovar a vitória de 2012 na Taça do Mundo, mas alcançou os necessários pontos para ultrapassar Tõnis Erm no escalonamento final e concluir na segunda posição. No final, Anton Foliforov não se mostrou inteiramente contente com a sua prestação, “especialmente na tomada de opção para o ponto 5 e outros pequenos erros”, mas sempre adiantou que os adversários “cometeram mais erros do que eu”. A exceção foi mesmo Krystof Bogar, que roubou ao russo a possibilidade de alcançar a sua sétima vitória na Taça do Mundo e de se juntar assim ao dinamarquês Erik Skovgaard Knudsen na liderança dos mais ganhadores de sempre em etapas individuais: “O Krystof é muito forte na Distância Longa, ganhou hoje, ganhou bem e é um atleta com um enorme futuro à sua frente, creio eu. Claro que o meu objetivo era repetir aqui o resultado de ontem, só que isso não foi pos- sível. Mas a vitória na Taça do Mundo deixa-me naturalmente muito satisfeito.”


MARIKA HARA RENOVA VITÓRIA NA TAÇA DO MUNDO


No setor feminino, o dia foi da Finlândia. Desde logo porque coube a Susanna Laurila a vitória na etapa, à frente da francesa Laure Coupat. Mas foi Marika Hara, atual líder do ranking mundial, quem mais beneficiou com o conjunto de resultados, conseguindo operar um autêntico volte-face na classificação final e, pelo terceiro ano consecutivo, chegar à vitória na Taça do Mundo. Para isso terá contribuído enormemente o rotundo falhanço da sueca Cecilia Thomasson, apenas 14ª classificada na decisiva etapa, para que a finlande- sa recuperasse da desvantagem de quatro pontos e chegasse ao fim na dianteira. Com


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