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orientação
O Praticante | 52
seis atletas a terem ainda legítimas aspirações de alcançar o terceiro lugar, acabou por ser precisamente Susanna Laurila a concluir naquela posição, relegando para o quarto lugar a britânica Emily Benham.
Embora parca em palavras, também Marika Hara adiantou: “O meu objetivo hoje era fa-
zer uma boa prova, sem criar qualquer tipo de expectativas quanto a uma posição no final. Mas acabei por cometer alguns pequenos erros e elas [Susanna Laurila e Laure Coupat] foram melhores do que eu.” Analisando a sua temporada e que culmina com a reconquista da Taça do Mundo como corolário lógico duma enome regularidade, a atleta finlandesa reconhece: “Procurei dar o meu melhor em cada etapa e fazer as melhores opções”. E tece os maiores elogios à grande adversária desta temporada, Cecilia Thomasson, que consi- dera “uma excelente atleta, muito rápida e muito forte, uma atleta que respeito e admiro muito.”
O “BIS” DOURADO DE CARLOS SIMÕES Mas o dia de ontem haveria de encerrar mais uma grande alegria para Portugal e para a
nossa Orientação em BTT. Enorme de querer e plenamente confiante nas suas possibilida- des, Carlos Simões repetiu o brilharete da véspera, juntando ao título mundial de Veteranos de Distância Média no escalão H40, também o título de Distância Longa. Uma “dobradinha” com um sabor especial para o atleta, “filho da terra”, e que começou por se referir a isso mesmo: “Sendo aqui da zona, senti que tinha obrigação de lutar pelos primeiros lugares. Apesar de não treinar aqui há mais de um ano, até porque a zona estava embargada, temos sempre a chamada memória fotográfica e, nalgumas partes do percurso, isso traz sempre alguma vantagem. Mas, a este nível, os adversários são todos muito bons tecnica- mente e essa vantagem é mais aparente do que real.” Falando em particular da sua prova, o atleta admite que “tecnicamente não era de gran- de exigência e praticamente não havia grandes tomadas de opção a fazer”, mas que se revelou muito dura fisicamente: “Na parte final aconteceu aquilo que já receava, as cãibras começaram a aparecer, tive de reduzir o andamento e gerir a parte física, mas quando che- guei ao sprint final já nem conseguia pedalar.” Segue-se agora a disputa do título de Sprint e Carlos Simões está confiante: “Já alcancei dois títulos mundiais e agora é vir o que vier, mas a pressão não está do meu lado e vou entrar para ganhar. Será uma prova mais curta, mais técnica, vai ser muito disputada e é uma prova que se vai resolver nos pequenos detalhes, nos pequenos erros que os atletas possam cometer.”
CHECOS VENCEM ESTAFETA MISTA
A Taça do Mundo de Orientação em BTT 2013 chegou ao fim com a prova de Estafeta mista. O certame trouxe às belíssimas paragens do litoral alentejano todas as grandes estrelas do firmamente da Orientação em BTT mundial, saldando-se por um enorme exito, tanto no plano desportivo como no social. De parabéns está a Federação Portuguesa de Orientação, bem como os perto de cem voluntários que, capitaneados por Augusto Almeida e Joaquim Patrício, e contando com o inestimável apoio dos municípios anfitriões, soube- ram levar a bom porto tão exigente quão importante iniciativa. Na derradeira etapa, a República Checa foi a grande vencedora. Começou melhor a representação russa, constituída por Olga Vinogradova, Ruslan Gritsan e Anton Foliforov. Mas se é verdade que a checa Martina Tichovska não teve argumentos para contrariar o primeiro percurso duma Vinogradova em superior momento de forma, também não é me- nos verdade que Jiri Hradil, primeiro, e por último Krystof Bogar, se mostraram intratáveis, recuperando da desvantagem inicial de três minutos e meio para chegarem à vitória em 2:15:52, contra os 2:19:46 dos seus adversários mais diretos. Grandes dominadores da temporada, os finlandeses – com Susanna Laurila, Tuomo Lahtinen e Pekka Niemi – aca- baram por ter de se contentar com a terceira posição, a escassos dez segundos da turma russa.
CARLOS, CARLOS, CARLOS!
Nos Campeonatos do Mundo de Veteranos de Orientação em BTT, o português Carlos Simões protagonizou mais uma jornada histórica para Portugal no escalão H40, agigan- tando-se ante adversários de reconhecido valor e concluindo os 5,8 km do percurso na primeira posição com um registo de 17:39. Carlos Simões oferece assim a Portugal um “tri” com tanto de saboroso como de inédito e que espelha bem o valor e a qualidade do atleta português, nascido precisamente em Santiago do Cacém há 41 anos. Mas Simões não foi o único português a pisar o pódio nesta derradeira etapa do Mundial
de Veteranos. Também Susana Pontes soube “quebrar a maldição” dos dois quartos luga- res nas etapas anteriores, concluindo desta feita na terceira posição e repetindo o lugar alcançado em 2012, em Veszprém, Hungria, também na final de Spint. Numa prova que teve na dinamarquesa Nina Hoffmann a grande vencedora com o tempo de 17:56, a atleta portuguesa necessitou de mais 3:27 para concluir o seu percurso de cinco quilómetros.
Texto / Fotos: Joaquim Margarido
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