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Nota20 - maio 2017 "O Envelhecimento e o Sexo”


Os alunos do Ensino Recorrente Noturno participaram numa sessão do “Clube dos Pensadores”, no dia treze de fevereiro, no Hotel Holiday Inn em Vila Nova de Gaia. Para esta sessão, Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores de Gaia (CDP), convidou Júlio Macha- do Vaz, professor universitário, sexólogo e psiquiatra com o intuito de debater o tema do envelhecimento e do sexo.


Os temas abordados no CdP são predominantemente sobre questões políticas, no entanto, existem outros te- mas que são levados à discussão, procurando-se deba- ter os assuntos que suscitam interesse na sociedade. Recentemente, o clube recebeu o investigador Sobrinho Simões que abordou “A Nova Medicina”. Com a nova medicina e a consequente possibilidade do aumento da esperança de vida há implicações no Serviço Nacional de Saúde e nas Pensões de Reforma. Joaquim Jorge referiu que se trata “de um tema que in- teressa a uma população que inegavelmente está a en- velhecer”, acrescentando que “como diretor de uma es- cola, sinto que cada vez há menos alunos, pelo que o envelhecimento da população é um dos fatores demo- gráficos que merece ser discutido”. Segundo o fundador e também biólogo, existe a ideia de que as pessoas ao envelhecer perdem o direito a ter vivências sexuais, afirmando que “Predomina uma men- talidade de que só os jovens se podem divertir e ter uma vida sexual ativa”. Para Júlio Machado Vaz, falar de sexualidade e enve- lhecimento é algo que dá erro logo no título, pois os mais velhos são discriminados e o pior dos imperialis- mos é nos discriminarmo-nos a nós mesmos! Envelhe- cer é um processo natural, mas em relação ao sexo é algo que não é visto como natural. Sexo e sexualidade englobam componentes afetivas e psicológicas que es- tão relacionadas e que nos acompanham até ao fim da vida. Com a esperança de vida cada vez maior e à me- dida que vamos envelhecendo, também vão aparecendo cada vez mais as doenças crónicas! Com elas, vem a medicação para as mesmas e grande parte dela tem grandes efeitos colaterais no desempenho sexual. Rela- tivamente à disfunção eréctil aconselha a usar os medi- camentos milagrosos conforme as indicações de cada um. É preciso esquecer e combater o mito de quantida- de versus qualidade! Temos que privilegiar a qualidade pois o sexo em quantidade não garante a felicidade.


Afirmou ainda que o principal órgão sexual está “entre as orelhas”, pois para manter uma vida sexual feliz de- pende-se muito do que a cabeça consegue fazer, do erotismo, da continuação do namoro e da conquista, pois se isso não acontecer a rotina ataca tudo! Não há comparação entre sexo e erotismo. “Numa relação, amor e sexo rega-se como uma planta”. Júlio Machado Vaz salientou que é possível, na terceira idade, haver uma vida sexual com qualidade, sugerin- do ainda um conceito de “quarta idade”: “Há uma ideia generalizada de que existe a terceira idade, no entanto, sou apologista de que existe também uma quarta idade, pois cada vez há mais pessoas que chegam a idades posteriores aos 90”. É importante o esclarecimento de dúvidas, para quem é casado ou solteiro preparando-os para lidar com altera- ções da vida sexual, evitando situações de mal-estar ou que precipitam o fracasso de uma relação. O processo do envelhecimento, nomeadamente, nos períodos da andropausa e menopausa implicam altera- ções, mas isso não quer dizer que não se possa conti- nuar a ter uma vida sexual ativa. Por outro lado, em ida- des mais avançadas, o comprometimento das condições físicas e a presença de doenças diversas podem com- prometer a atividade sexual. A vivência da sexualidade com o avançar da idade, nada mais, é do que a continu- ação de um processo que teve início na infância. Acentuou ainda que vivemos numa sociedade de híper- sexualidade mas que, por outro lado, tem vergonha de falar de sexo e cultiva um sexo de “talho”. Na sua opini- ão, a preparação sobre sexualidade dos profissionais de saúde é muito deficiente e é urgente e importantíssimo formar professores na área da sexualidade, dizendo-se preocupado com a violência psicológica.


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Um momento alto deste debate foi quando Joaquim Jor- ge pediu para Júlio Machado Vaz declamar um poema de Eugénio de Andrade: “O Amor”. Foi um momento tão interessante que acabou por declamar vários poemas, tais como “Os Amigos” e “Urgentemente”. Todos os alu- nos presentes consideraram esta iniciativa como sendo muito positiva, em que se fomentou a participação cívica e a educação para diversos assuntos que a todos dizem


respeito.■ A Equipa do Nota20


“O sexo é o alívio da tensão. O amor é a causa.” Woody Allen


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