Nota20 - maio 2017


P 1 0 1


Dia 8 de março -Dia da Mul r A Histó


he ria exp


Tornou-se comum, já há alguns anos, comemorar o dia 8 de março, com algum entusiasmo por parte de um nú- mero significativo de mulheres. Um dia diferente, preen- chido com alguns gestos e atenções, porventura culmi- nando com um jantar festivo, tudo isso é positivo. Mas é curto. O que é absolutamente fundamental recordar e comemorar é o verdadeiro significado desta data e a mensagem que ela encerra: uma longa jornada de pro- testos e de luta por parte de algumas mulheres, cuja coragem e determinação levou para a rua na busca da igualdade de direitos e de uma maior justiça nas rela- ções humanas. À custa desse esforço, tantas vezes re- primido violentamente, se vai repondo, ainda que lenta- mente e com muitos sacrifícios, a situação de inferiorida- de social, legal e cultural. Faz por isso, todo o sentido esta comemoração lem- brando com o mais profundo respeito, as centenas de mulheres operárias do vestuário e calçado de Nova Ior- que que desfilaram pelas ruas da cidade, no dia 8 de março de 1857. Exigiam 10 horas de trabalho diário, oficinas claras e saudáveis e salários iguais aos dos al- faiates. Mas esta atitude tão corajosa e digna foi encara- da como abusiva e ousada, daí ter sido violentamente reprimida com cargas policiais e com a prisão.


lica


No mesmo sentido, se deve realçar o tempo de espera longo, inseguro e até doloroso para conseguirem o direi- to de voto, já no século XX.


Tudo isto devemos ter presente na nossa memória, hon- rando esse dia e não o banalizando, pois que à nossa volta, as situações de violência doméstica, de violência no namoro ou a desigualdade no acesso ao exercício de funções, mostram que muito há, ainda, a fazer. Finalmente, não esque- çamos que Dia 8 de março é Dia Internacio- nal da Mulher, mas não o é em todo o mundo. Há comunidades em que abusar das mulhe- res ainda é um direito e onde é preciso a autori- zação de um homem para quase tudo ou, pior do que tudo isso, onde a mulher é ape- nas considerada metade de um ser humano.■


A Equipa do Nota20


Page 1  |  Page 2  |  Page 3  |  Page 4  |  Page 5  |  Page 6  |  Page 7  |  Page 8  |  Page 9  |  Page 10  |  Page 11  |  Page 12  |  Page 13  |  Page 14  |  Page 15  |  Page 16  |  Page 17  |  Page 18  |  Page 19  |  Page 20  |  Page 21  |  Page 22  |  Page 23  |  Page 24  |  Page 25  |  Page 26  |  Page 27  |  Page 28  |  Page 29  |  Page 30  |  Page 31  |  Page 32  |  Page 33  |  Page 34  |  Page 35  |  Page 36  |  Page 37  |  Page 38  |  Page 39  |  Page 40  |  Page 41  |  Page 42  |  Page 43  |  Page 44  |  Page 45  |  Page 46  |  Page 47  |  Page 48  |  Page 49  |  Page 50  |  Page 51  |  Page 52  |  Page 53  |  Page 54  |  Page 55  |  Page 56  |  Page 57  |  Page 58  |  Page 59  |  Page 60  |  Page 61  |  Page 62  |  Page 63  |  Page 64  |  Page 65  |  Page 66  |  Page 67  |  Page 68  |  Page 69  |  Page 70  |  Page 71  |  Page 72  |  Page 73  |  Page 74  |  Page 75  |  Page 76  |  Page 77  |  Page 78  |  Page 79  |  Page 80  |  Page 81  |  Page 82  |  Page 83  |  Page 84  |  Page 85  |  Page 86  |  Page 87  |  Page 88  |  Page 89  |  Page 90  |  Page 91  |  Page 92  |  Page 93  |  Page 94  |  Page 95  |  Page 96  |  Page 97  |  Page 98  |  Page 99  |  Page 100  |  Page 101  |  Page 102  |  Page 103  |  Page 104  |  Page 105  |  Page 106  |  Page 107  |  Page 108  |  Page 109  |  Page 110  |  Page 111  |  Page 112