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Nota20 - maio 2017


P 1 9


a importância que reveste, mas foram interpelados no sentido de aprofundarem os seus conhecimentos e de- senvolverem a consciência crítica para poderem respon- der, em liberdade, aos desafios dos próximos tempos.■


Professores e Estagiários de História


Carta sobre a Tolerância


Letras da Universidade do Porto, nos cursos de História, Relações Internacionais e Cooperação (do qual é dire- tor) e no curso de História. O seu percurso académico depois da licenciatura incidiu fundamentalmente na in- vestigação sobre as ditaduras ibéricas (salazarismo e franquismo) no contexto da Europa fascista, tornando-se um especialista reconhecido nestas matérias. Assim, através de um discurso claro e fundamentado, o senhor professor Loff desmontou as crises de 1929 e de 2008, em paralelo, acentuando as consequências eco- nómico-sociais que daí advieram, relacionando estes dois contextos com a ascensão das ditaduras e, presen- temente com o avanço a extrema direita. Foi um momento especial para análise e reflexão que só a História proporciona. Os alunos demonstraram estar à altura desta experiência pela postura tenta e reveladora de grande interesse pela temática e também pela perti- nência das questões colocadas no espaço aberto ao debate. Acompanharam com algum à vontade o desen- volvimento do tema, por estarem já sensibilizados para


A época de Locke foi marcada por lutas religiosas que se espalharam por toda a Europa e que afetaram, parti- cularmente, a vida de pessoas (sobretudo intelectuais) e de comunidades. (…) A Carta sobre a Tolerância faz parte de um conjunto de obras que influenciaram o pensamento ocidental posteri- or. Esta obra não só foi lida por muitos contemporâneos, como suscitou a polémica que torna o pensamento mais rico e permite alargar os horizontes de debate a temas que antes se consideravam intocáveis e, consequente- mente, fechados num invólucro dogmático, pertença de uma classe restrita. (…) A questão da tolerância está, nesta obra, situada num espaço e num tempo, procurando respostas para os problemas de sujeitos concretos; mas a questão da tolerância é intemporal e universal, com todas as impli- cações em todas as áreas da ação humana. Além disso, as questões prévias postas por Locke ao problema da tolerância vão delimitar, no ocidente, o que é do domínio público, o que pertence ao campo da cida- dania, e o que é do domínio privado, que diz respeito à consciência individual. É então demarcada a fronteira que separa os direitos e os deveres do homem, enquan- to cidadão do Estado, dos direitos e deveres do indiví- duo, enquanto pessoa. Estes dois lados da fronteira não podem colidir, já que não pode haver ingerência do po- der de um sobre o outro. A tolerância é, deste modo, a marca do respeito pela individualidade portadora de uma razão e de uma cons- ciência. O direito de optar de acordo com a consciência, usando o poder de ponderação com razão, confere liber- dade ao indivíduo e faz da opressão um procedimento sem sentido. O problema da tolerância mantém a sua atualidade. Ho- je, como no tempo de Locke, continua a ser debatido, porque continuam a existir, na Terra, comunidades nas quais não se verifica a separação entre a Igreja e o Es- tado; porque continuam a existir Estados com dificulda- des em precisar o que pertence ao domínio público e o que pertence ao domínio privado; porque continuam a existir pessoas privadas do privilégio da sabedoria, a qual confere a liberdade de fazer e deixar o outro fazer opções conscientes e racionais.”■


Textos Fundamentais de Filosofia (análise e tradução de Margarida Moreira)


“Estado é uma sociedade de homens constituída com o único fim de conservar e promover os bens civis: (…) Chamo bens civis: a vida, a liberdade, a integridade do corpo e a ausência de dor, e posse de bens exteriores como sejam a terra, o dinheiro, os utensílios domésticos: (…)”■


John Locke


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