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Artes Marciais | Desportos de combate


naquele que deverá ter sido, até ao mo- mento, o combate mais emotivo e bem disputado da representação nacional. No embate seguinte, dos oitavos-de- -final, o português encontrou o grego Konstantinos Chamalidis que impôs um ritmo competitivo intenso, ao qual Paulo Ferreira respondeu bem, mas que aca- bou por determinar a vitória helénica, por 11-5.


No derradeiro dia de competição em Gaia, Rita Pereira foi a representantes de Portugal em maior destaque, ao al- cançar os oitavos-de-final da sua ca- tegoria, menos 55 Kg femininos, tendo sido afastada da ronda seguinte na dis- puta pelo ponto de ouro. A jovem atleta portuguesa competiu na sessão matinal do torneio contra a Eslovena Klara Kadic, realizando um combate tranquilo, com uma boa ges- tão de esforço e suficientemente táctica para ir mantendo a escassa vantagem alcançada no segundo assalto. Apesar de ter permitido o empate no terceiro “round”, Rita acabou por demonstrar a sua maturidade ao saber manter-se con- centrada durante um episódio que mar- cou o encontro: no ponto de ouro, o trei- nador da adversária solicitou o recurso ao vídeo replay fora do limite de tempo (5 segundos), o que foi aceite pelo ár- bitro, decisão imediatamente contestada por Joaquim Peixoto, seleccionador na- cional.


O caricato da situação acontece en- tão, quando o juíz recusa o cartão de re- curso de Peixoto, levando a comitiva na- cional a apelar ao colectivo de juízes da ETU. O protesto acabaria por ser aten- dido e o combate retomado, não sem antes a espera se ter prolongado, uma vez que Klara Kadic se havia retirado do pavilhão, convencida da vitória no pon- to de ouro. Partindo de novo do “zero”, Rita tirou partido da sua força anímica e bateu na adversária, o suficiente para pontuar e terminar o combate.


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Horas mais tarde, quando se encon- trou com a belga Laura Roebben, repe- tiu-se a decisão por “morte súbita”, des- ta vez desfavoravelmente para as cores nacionais. Ao longo do combate, toda- via, Rita voltou a revelar vontade de ven- cer, mesmo tendo iniciado a contenda a perder, pois no final do primeiro assalto a belga somava 4-1. A recuperação de Rita iniciou-se no segundo “round”, que terminou em 4-3 para as cores belgas, chegando a portuguesa ao empate no último dos três assaltos regulamentares. Os percalços com a arbitragem repe- tiram-se no combate que Pedro Alves realizou na categoria de menos 73 Kg contra o esloveno Rene Voglar. O portu- guês entrou a ganhar, mas Voglar empa- tou ainda no primeiro assalto, acabando por se adiantar no marcador no “round” seguinte (6-1). Pedro Alves empenhou- -se a fundo e encetou uma recuperação que foi anulada pela acção do juíz, com a atribuição de faltas contestadas por Joaquim Peixoto, que não obtiveram


resposta positiva, apesar das evidências registadas pelo vídeo replay. Intenso foi ainda a participação de Rodrigo Santos, na categoria de menos 78 Kg, onde encontrou o bielorusso Ba- rys Smychkov. Rodrigo impôs-se logo no arranque do jogo, concluindo o pri- meiro assalto em vantagem (4-3), mas o ataque ao assalto seguinte já foi feito em inferioridade física, como se veio a verificar mais tarde, com a sua ida ao hospital para engessar uma fractura na mão direita. Ainda assim, o jovem portu- guês manteve a competitividade e levou o embate para “ponto de ouro”, com 7-7 no final do período regulamentar. No primeiro combate do dia, Filipa Fi- gueira, em menos 63 Kg, encontrou-se com a francesa Camille Pirodeau e, mal- -grado um mau início (6-0 no primeiro assalto), a portuguesa foi recuperando, passando por 7-4 e terminando em 10-6.


Texto: Céu Freitas Fotos : Organização


O Praticante


69 Edição nº 52


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