Nota20 - abril 2018
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visita de estudo: -Museu marítimo de Ílhavo e Navio-Museu Santo André
Quando chegamos ao Museu ficamos na entrada à es- pera de uma guia para nos mostrar o museu. Na entrada do museu, estava o busto de Américo Teles que foi quem fundou o Museu, a 8 de agosto de 1937. Quando a guia chegou, entramos com ela para dentro do museu, mais precisamente para a sala da Faina maior. A guia começou a contar diversas curiosidades sobre os pesca- dores que iam à pesca do bacalhau. Algumas das curio- sidades de que me recordo são que as calças dos pes- cadores ficavam em pé sozinhas devido à enorme quan- tidade de sal nas calças e que as suas melhores refei- ções eram à quinta feira e ao domingo. De seguida, a guia explicou-nos como é que eles pescavam o baca- lhau e entramos numa réplica de um barco que era usa- do para ir à pesca do bacalhau. Esse barco foi todo construído dentro do museu. Dentro do barco, a guia explicou-nos que o bacalhau tinha de ser cortado, reti- rando-lhe assim a cabeça, as barbatanas e as escamas, para ficar com a forma achatada para ocupar menos es- paço no barco, existindo assim uma mini indústria dentro da embarcação. Depois saímos do barco e fomos ver como é que eram os quartos dos pescadores, a sala de jantar e a cozinha que também era usada como quarto, uma vez que, co- mo os pescadores estavam a viajar em zonas muito frias (abaixo dos 0ºC) iam dormir para a cozinha para se aquecerem com o calor do fogão. Devido ao frio extre- mo, muitos pescadores (com algum grau de parentesco entre si) iam dormir na mesma cama para se aquecerem uns aos outros. Mais tarde fomos para a sala da ria, onde se apresenta- vam diversas embarcações. Depois de sairmos da sala da ria fomos para o 2º piso do museu, onde nos diri- gimos ao Museu de conchas e búzios do mundo inteiro, mais precisamente à sala das conchas e algas. Esta sa- la contem a maior coleção de conchas do país que foi oferecida nos anos sessenta por Pierre Delpeut, bem como uma coleção de algas marinhas colhidas e trata- das por Américo Teles, o fundador do Museu.
De seguida, fomos para a sala dos mares onde estavam expostos os barcos e as artes que permitiram a instala- ção deste museu, em Ílhavo. Seguimos para a sala de arte que apresentava a coleção de pintura marítima do Museu, onde persistem as representações telúricas do mar. Passamos pela praça do bacalhau, que é uma sala cheia de perguntas e curiosidades sobre o bacalhau.: A expressão “Fiel Amigo” vem do bacalhau porque o bacalhau é um peixe que sempre esteve presente na alimentação dos portugueses, por ser um peixe relativa- mente mais barato do que os outros e por ser um peixe que nunca falta por não se deteriorar. O “nosso bacalhau”, aquele que há séculos pescamos e consumimos, é o bacalhau-do-Atlântico. Peixe da família dos gadídeos, tem o nome científico de Gadus morchua, que lhe foi atribuído pelo naturalista sueco Carolus Lin- naeus, em 1758. O bacalhau habita em águas frias, vive junto ao fundo do mar, e por isso é uma espécie demersal. Quando adulto pode atingir até 2 metros de comprimento e até 90kg de peso. Por agora o bacalhau ainda não está em vias de extinção, mesmo com as pescas excessivas, porque as fêmeas podem chegar a colocar até 15 mi- lhões de ovos. Mais tarde fomos visitar o Navio Museu Santo André, onde começamos por ver a grande hélice, que em tem- pos mais antigos fez andar o Navio. O Navio-Museu Santo André é um polo do Museu Marítimo de Ílhavo que fez parte da frota portuguesa do bacalhau e preten- de ilustrar as artes do arrasto. Este arrastão clássico nasceu em 1948, na Holanda, por encomenda da Em- presa de Pesca de Aveiro. Era um navio moderno, com 71,40 metros de comprimento e com um porão para 1200 toneladas de peixe. Depois de nos terem contado um pouco da história do navio, fomos explora-lo por dentro. Dentro do navio vimos a cozinha, a sala de jantar, a câ- mara dos oficiais (área reservada aos oficiais, que é constituída pe- la copa, pela sala de jantar, pelos camarotes do capitão, do piloto e do enfermeiro e pela casa de banho) e a ponte de comando. Foi, sem dúvida, uma visita muito interessante, porque fiquei a conhecer muitas coisas novas sobre o bacalhau, recordei conceitos relacionados com a Pesca e tive o prazer de visitar um verdadeiro navio de pesca de baca- lhau.■
Ponte de comando Eduardo Fernandes, nº11, 9º3
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