Surf, Longboard & BodyBoard
tamente igual àquele onde costumavam surfar e a que todos e ovos mexidos com salsichas!
estavam habituados. Para além disso a existência dos reci- Bom….seguia-se a conversa….a risota constante…as ba-
fes ajuda a criar condições específicas na definição de cada nanas do cacho que o comandante deixava pendurado para
onda…. nós e a decisão do pico a surfar de seguida! Depois das
O elemento “desconhecido” era um dos factores interve- divergências normais num grupo de 10 pessoas em que 3
nientes na decisão de cada um em apanhar esta ou aquela surfavam longboard, as restantes utilizavam pranchas short
onda… surfar e um pouco antes de terminar, literalmente, em e retro e mesmo assim uns preferiam “esquerdas” e outros
cima dos corais, virar e concluir aquela onda por ali mesmo! “direitas”…. A decisão era sempre: “vamos!!...depois lá logo
Muitos foram os que, no final de cada dia, e mais no final da decidimos se para um lado ou outro, vamos ver como está!”…
viagem em que a confiança já se encontrava algo reforçada, e assim era, na maioria das vezes… apenas quando chegá-
faziam o balanço dos arranhões provocados pelos corais ou vamos ao pico se decidia se aquele ou se avançávamos para
dos picos deixados pelo pisar dos ouriços que viam o seu outro ali perto… ou se uns ficavam naquele lado com as “es-
habitat um pouco invadido… querdas” e outros iam apanhar umas “direitas”…
Por vezes alguém decidia ficar a fotografar no Dhoni, ou no
Em cada dia o ritual seguia
Dingui (a lancha pequena que rapidamente entrava e saía do
pico, se aproximava ou afastava, e se posicionava da melhor
o seu rumo….uns dias Jail’s,
forma para fotografar o grupo)…. Uma verdadeira aventura
fotografar daquela forma….tínhamos inventado uma nova mo-
Sultan’s, uns dias Coke’s,
dalidade: Dingui surf! Outra forma ainda de fotografar o grupo
e o que se passava dentro de água era utilizar uma prancha
Honkey’s, outros Chicken’s….
de bodyboard, uns pés de pato e um leash dos pequenos,
no pulso, ligado a uma máquina fotográfica adequada à si-
Conforme as condições do mar
tuação… assim foi a aventura fotográfica que acompanhou
esta surf trip!
e o crowd no pico.
Depois daquela surfada, em que as nacionalidades se mis-
turavam num colorido de padrões dos tecidos dos calções de
surf, e das lycras, utilizados para proteger o corpo do impacto
contra a prancha repleta de wax… Das disputas, dos famosos
Depois de surfar a primeira surfada do dia, o regresso ao “dropinansos” em que cada um queria “agarrar” a sua opor-
Dhoni, sempre recebido com um prato de tâmaras e côco fa- tunidade de subir naquela onda e deslizar nela saboreando a
tiado no momento. sensação libertadora de sentir o vento quente no corpo.
À chegada ao Ensis aguardava-nos uma mesa de pequeno- O regresso ao Dhoni, as tâmaras, o côco e os sorrisos…
almoço colorida por pratos de frutas tropicais, sumos, leite, cada um contava as suas peripécias dentro de água…agu-
chás, café, torradas, para acompanhar com manteiga, mel dizavam as opiniões sobre quem dropinava quem! Afinal as
ou mesmo “nutella” (todos lembrávamos aquele famoso pote fotografias eram testemunho do que se passava e …nada se
de chocolate de avelã que acompanhou a infância de quase passava!... Muita conversa mas na realidade o grupo era co-
todos…) e nuns dias um delicioso bolo de chocolate que o co- eso. Enfim, tinha as suas divergências normais em termos de
zinheiro caprichava para nós e noutros deliciosas panquecas preferência, mas havia a harmonia necessária. Na chegada
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