Atletismo
ORGANIZADO PELA CM SINTRA E JF COLARES, REALIZOU-SE A 24 DE JANEIRO, O XXI GRANDE PRÉMIO FIM DA EUROPA
JOSÉ MADURO FOI O VENCEDOR
Com 1750 inscrições que esgotaram, acabou por ter a prova principal, 1453 atletas
chegados à meta.
Q
uando nos abstraímos da logística porque alguém ou um sos metros para logo se retomar a subida, inicia-se a descida para o
clube trata de tudo, e nos limitamos a recolher o dorsal já da Cabo da Roca, onde está instalada a meta. O vislumbre do mar ao
mão do nosso parceiro de equipa e apenas correr, há uma fundo, onde acaba a Europa, incita-nos a correr para ele em passos
serie de pormenores que nos escapam e a nossa aprecia- largos. O farol, guardião, aguarda-nos. A meta é logo ali, e depois de
ção da prova fica também limitada a uma vivência bastante parcial. vencer a Serra harmoniosamente, e os ventos fortes que nos varrem,
Foi o caso. Ainda assim, há sempre uma estória a contar. Uma ex- cortar a meta ao fim de 16.945 metros com 1h53m20s e ser recebi-
periência a partilhar. A juntar a centenas de outras com o mesmo, mais do numa tenda que nos abriga poderia ser algo muito confortável,
ou menos valor. não fosse o cenário de devastação de mesas vazias e pratos e copos
Inscrições on-line, fáceis e práticas. Não as fiz, mas foi como se as virados, onde ainda me serviram um chá quente e doce depois de
tivesse feito. E dou por mim no dia da prova, minutos antes da partida, esperar que reabastecessem o depósito do mesmo. Quantidade insu-
na vila de Sintra, de dorsal na mão, com o nr. 1035 e o meu nome im- ficiente para o abastecimento daqueles que abasteceram mais do que
presso. Coloco o chip, com o qual será feito o controlo da prova. o necessário e suficiente. É assim a natureza do ser humano civilizado.
Falar de Sintra é falar de romance. Nesta manhã pouco fria mas Entretanto, fazia-se nesse espaço a entrega de prémios em pódio.
coberta de humidade que dá a Sintra a tonalidade de verde sobre É-nos dado em mão uma medalha e água, temos uns bancos e
os muros e as casas, toma-se o café no centro da vila, ao preço do espaço para retirar o chip, e depois de conseguir o tal chá, poderí-
ouro quando só vale lata só porque o alvo é o turista de passagem, amos procurar o nosso saco entre os sacos de toda a gente, com a
e degusta-se os amigos encontrados. Hoje faço anos. Há um prazer roupa de cada atleta que a organização se encarregou de trazer da
redobrado em cada amigo encontrado. E são muitos. partida para a meta, e levar para casa o que mais nos agradasse,
A zona de partida está já cortada ao trânsito, são levados em au- com a nossa roupa ou a de outro eventualmente. Espaço de vestiários
tocarros para a partida da Mini/Caminhada, os caminheiros, e ficam que acabou por funcionar deficientemente. Depois da prova, a par
os atletas a aquecer. Os atletas e outros como eu. Que por um motivo de anos anteriores, houve autocarros de regresso a Sintra, mas ao
desconhecido e misterioso insistem em continuar a correr. contrário do ano passado, a desorganização foi bastante maior que o
Portal insuflável emoldura os atletas alinhados na partida, que é que seria desejável.
dada a horas e soltam-se as pernas e um mar de cor começa a subir Fora da tenda, apesar do Sol, o vento continuou a fustigar-nos e
a serra. O percurso está bem marcado, vigiado e abastecido em dois o conforto de um simples casaco colocado carinhosamente sobre o
pontos, com água apenas mas em quantidade suficiente (eu fazia par- meu corpo suado e já a arrefecer, completa o prazer que foi correr
te da cauda do pelotão). pela 4ª vez consecutiva de Sintra ao Cabo da Roca. Serra de mistério
A paisagem transforma esta prova, em minha opinião, numa das e romance, bela e doce, de cogumelos gigantes a crescer na berma
mais bonitas de Portugal e o verde da serra de Sintra, envolto em da estrada e troncos de árvore revestidos a hera até ao cimo. De su-
nevoeiro, rompido por raios de sol aqui e além, sempre com um cheiro bidas árduas compensadas pela beleza. Pela beleza, pela paz, pelos
magnífico e intenso a invadir-nos as narinas penetrando e perfurando odores.
o corpo até atingir a alma, dá-nos um prazer de comunhão com a terra É assim correr o Grande Prémio Fim da Europa.
e o ar, difícil de alcançar.
Depois das duras subidas, ligeiramente suavizadas durante escas- g55g72g91g87g82g29g3g36g81g68g3g51g72g85g72g76g85g68
ANA VIEIRA EM GRANDE!
O vencedor foi José Maduro do Maia Clube, seguido
de José Gaspar dos 3 Santos Populares e de Bruno Fra-
ga do GDR Reboleira.
Nas senhoras venceu Lucinda Moreira e em segundo
lugar ficou Beatriz Cunha. O C.D. Asas do Milénium/So-
ciedade Construções Matias Carlos/ O Praticante, esteve
presente com os atletas Ana Vieira, 322ª na geral (9ª nas
Senhoras), José Simões, 143º, Cirilo Santos, 247º e Au-
gusto Semedo, 578º na Classificação geral.
Nas senhoras a 10ª atleta Ana Pereira a correr nesta
prova como individual, é também do concelho do Seixal.
O último classificado foi José Lindo de Vale Figueira
em 1453º.”
13 Junho 2009
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