Nota20 - dezembro 2013 Leitura protege o cérebro e preserva a memória
Ler, escrever, fazer palavras cruzadas ou desenvolver outro tipo de atividades que envolvam o processamento de nova informação e o raciocínio protege o cérebro e ajuda a preservar a memória e a capacidade intelectual ao longo da vida. A conclusão é de um novo estudo norte-americano, da responsabilidade de investigadores do Rush University Medical Center, em Chicago, que provou que o facto de se ser ativo ao nível da cognição em qualquer fase da vida está diretamente associado a uma melhor perfor- mance em testes de memória quando se chega aos 80 anos. Robert Wilson, coordenador do estudo, e os seus cole- gas, iniciaram a investigação em 1997, pedindo a mais de 1.600 adultos em idade avançada que reportassem o quão regularmente tinham ido à biblioteca, escrito cartas e procurado informações quer quando eram crianças e adolescentes, quer já depois de chegarem à idade adul- ta. Todos os anos, os participantes foram também convida- dos a realizar um teste de raciocínio e memória, sendo o progresso acompanhado pelos cientistas. O estudo in- cluiu ainda 294 indivíduos que morreram com cerca de 89 anos e foram submetidos a uma autópsia ao cérebro para se apurar se tinham existido mudanças ao nível da cognição. Destes 294 indivíduos, que fizeram, em média, seis tes- tes cognitivos durante o estudo, 102 desenvolveram de- mência e 51 desenvolveram outro tipo de problemas afetando a capacidade intelectual. Os investigadores mediram, numa escala de 1 a 5 (sendo 1 a menor e 5 a maior frequência), com que fre- quência os participantes estiveram envolvidos em ativi- dades estimulantes para a cognição. Em média, o resul- tado foi de 3,2 para atividade cognitiva numa fase avan- çada da vida e 3,1 nas primeiras décadas de existência.
Estimulação intelectual desacelera declínio cogniti- vo Segundo Wilson, a capacidade cognitiva, o pensamento e a memória degradaram-se 48% mais depressa nos indivíduos que não tinham hábitos regulares que pas- sassem, por exemplo, por ler ou escrever. Entre os mais ativos a nível cerebral, este declínio foi 32% mais lento. Além disso, a capacidade cognitiva deteriorou-se 42% mais rapidamente nos participantes que raramente le-
ram ou escreveram nos primeiros anos de vida e 32% mais devagar quando estas eram atividades que levavam a cabo com regularidade. Robert Wilson explica que o estudo, publicado na passa- da quarta-feira na revista científica Neurology, não prova que ser ativo mentalmente afaste o declínio cognitivo, mas "aproxima-nos dessa ideia". "Acreditamos que um estilo de vida ativo ao nível da ca- pacidade intelectual é bom para a capacidade cognitiva e para a saúde do cérebro durante o envelhecimento", acrescenta, em declarações à Reuters, sublinhando que atividades como a leitura, a fotografia ou a costura são boas opções. De acordo com o investigador, manter-se ativo intelectu- almente não deve, porém, ser um sacrifício, e o tipo de atividade realizada é pouco importante: o importante é que o cérebro não pare. É, portanto, recomendável que a escolha recaia sobre uma atividade estimulante e desafiante que os indivíduos apreciem e possam continuar a fazer ao longo da vida.■
Sábado, 06 de Julho de 2013
Boasnoticias.sapo.pt
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“ A educação é um processo social, é de- senvolvimento. Não é a preparação pa- ra a vida. É a própria vida."
John Dewey
"A educação é a ferramenta mais pode- rosa que podemos usar para mudar o mundo."
Nelson Mandela
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