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Opinião


marcou a época – “Barcelona-Inter”, em que José Mourinho numa apologia do futebol defensivo, convenceu-nos que a organização, a entreajuda, o talento defensivo podem ser quase tão bonitos quanto o futebol ofensivo.


Paulo Édson Cunha www.pauloedsonc.blogspot.com


BALANCETE


Findo o ano vêm a época dos balanços, balancetes e balancinhos.


N


o desporto, também aí vêm enésimos balanços desportivos do ano.


Ora, no que concerne ao


desporto, nomeadamente ao futebol, a verdade é que os balanços são sempre incompletos e muitas vezes desfasa- dos. Veja-se o caso por exemplo do Ben- fica e do Inter de Milão. Ambos vive- ram, cada um à sua medida, um ano de 2010, ou melhor uma época 2009/2010, extremamente positivas, com o Inter de Milão, do nosso bom Mourinho, a re (vi- ver) a glória perdida desde há mais de 40 anos e a conquistar o triplete (Liga dos Campeões, Cálcio e Taça de Itália), ou seja, tudo o que havia para ganhar, enquanto que o Benfica ficava-se por um bem mais modesto campeonato nacional, que teve um brilhantismo pro- porcionalmente inverso ao valor relativo que lhe estou a atribuir, pois foi absolu- tamente inequívoco e brilhante. Como dizia, se o balanço do ano fos- se feito no final do primeiro semestre, teria de estar aqui a tecer loas ao Ben- fica, em termos internos, destacando igualmente um surpreendente Sporting Braga, equipa que ainda abrilhantou mais a vitória do Benfica e, externamen- te estaria a falar do Inter de Milão, da Selecção de Espanha, digníssima ven- cedora do Mundial de Futebol realizada na África do Sul e falaria do jogo que


Mas, como disse, 2010, como qual- quer outro ano, foi composto por um segundo semestre, onde emergiram outros heróis (alguns repetidos doutros anos), destacando-se a nível interno um F.C.Porto surpreendentemente ar- rasador, com um João Moutinho ao seu melhor nível e um Hulk de “outro cam- peonato”, que vai semana a semana, jornada a jornada, dinamitando defe- sas, qual super-herói, do qual herdou o cognome e, a nível internacional temos um jogo que marca o ano, onde assis- ti do melhor futebol que me lembro de ter assistido até hoje (do Barcelona) e, onde Pepe Guardiola vem repor a or- dem natural das coisas e dizer ao mun- do que por muito que se possa fazer a apologia do futebol defensivo, o golo, a arte, a equipa, a finta, são o sal do futebol e não há artistas como aqueles que jogam em Camp Nou, que o digam Mourinho, Ronaldo, Pepe e Ricardo Carvalho, mais o seu Real Madrid, hoje por hoje, transformadas na segunda equipa de cada Português (logo atrás da equipa preferida de cada um), que levaram a chamada “manita del oro”, mesmo, mesmo no final de Novembro. Ainda assim em 2010 destaco o meu jogador preferido (Cristiano Ronaldo), Leonel Messi (melhor jogador do mundo a par de Ronaldo), Iniesta e Xavi, quais siameses virtuosos, autores do famoso “tiki-taka”, Sneider (globalmente melhor jogador do ano em termos competitivos, pois é vice-campeão do mundo por se- lecções e ganhou tudo a nível de clubes e, Diego Milito). A nível interno, Di Maria (1.º semestre,


comprovando todo o seu valor no Real Madrid) e Hulk (2.º semestre). Não posso deixar de destacar em


2010 Vettel na Fórmula 1, mais novo campeão do mundo de sempre, e Sé- bastien Loeb que pela 7ª vez consecu- tiva leva o título de campeão mundial de ralis, embora tenha sido o Portugue- síssimo Filipe Albuquerque a vencer a famosa Corrida dos Campeões, em Dusseldorf, ao bater na Final o super- -favorito Sébastien Loeb. No Ténis, Federer cedeu definitiva- mente o trono a Nadal, embora este tenha ganho o Masters, num último fôle- go, prenunciando a batalha pelo pode- rio mundial do Ténis em 2011. Um outro Espanhol esteve em desta- que, desta feita no ciclismo, falo do ci- clista Alberto Contador, Em 2010 voltou a repetir vitoria de 2007 e 2009, mas no final do Tour foi anunciado o seu positi- vo por Clenbuterol num controle anti-do- ping realizado antes da etapa 17 com final no Col du Tourmalet, facto irónico pois trata-se do ciclista que sucedeu a Lance Armstrong, vencedor de sete Tours de France consecutivos (1999- 2005), alegadamente devido ao doping. A verdade é que apesar de sistemática e repetidamente sujeito a testes de do- ping, acabaram por ser outros ciclistas a ser apanhados na teia do doping e agora Contador, clamando por inocên- cia, ameaça abandonar se a contra- -análise der positiva. Em Voleibol, a história repetiu-se em 2010, e o Brasil conquistou o tricampe- onato da competição ao derrotar Cuba por incontestáveis 3 sets a 0 na final. Em 2010, a seleção brasileira tornou-se ain- da o país com mais títulos da Liga Mun- dial. O eneacampeonato veio após vitó- ria sobre a Rússia por 3 sets a 1. Com isso, a selecção brasileira ultrapassou a Itália para entrar para a história da com- petição. Pois caros amigos, com este singelo balanço desejo-vos um próspero 2011, que continuem a acompanhar a leitura desta revista, aguardem pelas novida- des e sejam felizes.


Janeiro 2011 6


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