Atletismo
53ª VOLTA A PARANHOS O
que é preciso para uma lisboeta de gema, que se queria fresca como uma alface (não fosse ela alfacinha) sair da cama às 5 da manhã , equi-
par-se com um equipamento bizarro que a fa- zia parecer um chouriço apertado e só se aper- ceber disso quando já está no Porto, a 300 e tal quilómetros de casa e à luz do dia, no meio de mais um milhar de atletas na Partida da 53ª Volta a Paranhos, e ir correr 10 Km? Eu conto-vos o que é preciso. É preciso ter uma relação muito especial com a Corrida, daquelas em que o coração manda mais que a cabeça, como especiais são todas as relações entre todos os seres. É preciso ela não ter ainda feito vez nenhuma na vida, a Volta a Paranhos, a Corrida mais antiga de Portugal ainda viva e a mexer, tanto quanto é do conhecimento dela. É preciso querer. E crer. E ter algum gasóleo no carro, suficiente para ir e voltar. Estavam reunidas as condições. E ela foi. Encontrou um Porto a acordar. Ruas limpas, lavadas da chuva e frescas mas pouco frias ao contrário do que esperava. Junto ao antigo es- tádio Vidal Pinheiro em Paranhos, estavam já preparadas a Partida e a Meta. A Organização, o Sport Comércio e Salgueiros, mais conheci- do por SALGUEIROS, que em 1956 fez nascer esta Corrida e a tem mantido viva até aos dias de hoje em que se afirma como prova interna- cional, tinha aí instalado o secretariado, onde se entregavam os dorsais. Um pórtico insuflá- vel e gradeamento a delinear a zona. Um palco onde se viriam a entregar os prémios por clas- sificação nesta prova integrada nas comemo- rações do 99º aniversário do
S.C.Salgueiros. Ela teve tempo para tomar café descon-
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traidamente, colocar o chip que controlava o percurso, e o dorsal e aquecer alguma coisa. Encontro com amigos do Norte, conversa a correr, e depressa está no fim do pelotão que se prepara para partir. Partida dada pontual- mente e eis as ruas do Porto para palmilhar nesta manhã magnífica. Percurso bem definido e assinalado, com trânsito totalmente cortado, quilómetros bem assinalados, desde que os atletas respeitassem seguir a estrada e não os larguíssimos passeios que lhes deveriam de estar inacessíveis, e pelos quais muitos opta- ram para poupar uns valentes metros (na zona do km 9). Abastecimentos de água, suficientes e eficazes. Bom policiamento e acompanha- mento da prova.
Há público nas ruas. A fazer lembrar a já
próxima
S.Silvestre do Porto. Animação. A prova não é propriamente plana. Há uns desníveis com algum significado, que ela ultra- passou bem. Aproxima-se já da meta. De novo muita ani- mação apesar da chuva miúda mas constan- te que se instalara pouco depois da partida. É fotografada, mimada e animada. Depois de passar pelo tapete que lhe havia de “ler” o tem-
po que fez pelo chip, é encaminhada para um amplo espaço, onde pode retirar o chip e na sua entrega receber o saco com os prémios de presença: água, garrafa de vinho de mesa branco, bolachas, t-shirt e medalhão alusivo à prova. Há ainda bebidas isotónicas a copo. Nesta fase, formou-se alguma fila mas nada de especial.
Pensa-se que os 1229 atletas chegados à meta tenham saído dali satisfeitos e contentes com a prova. Ela saiu. Muito. Gostou mesmo muito. Se pensa lá voltar? Certamente que sim, e pensa fazê-lo já no dia 8 de Dezembro de 2011, altura em que a Organização celebrará 100 anos. A prova está bem organizada, é bonita e está carregada de um misticismo que se sente em cada lufada de ar que se inspira e em cada passo que se dá ao longo dos 10 Km. A Organização disponibilizou ainda no seu site as classificações e centenas de fotos pou- cas horas depois de terminada a prova. Por tudo isto, está a Organização merecedo- ra dos meus mais sinceros Parabéns! Texto: Ana Pereira Fotos: Pereira
13 Janeiro 2011
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