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01 6 um escudo uv danificado o buraco

A pairar a cerca de 10 a 16 quilómetros acima da superfície terrestre, a camada de ozono filtra a perigosa radiação ultravioleta (UV) do sol, protegendo assim, a vida na Terra. Os cientistas acreditam que a camada de ozono formou-se há 400 milhões de anos, permanecendo inalterada a maior parte deste tempo. Em 1974, dois químicos da Universidade da Califórnia assustaram a comunidade internacional com a descoberta de que as emissões de clorofluocarbonos (CFCs) , um grupo de substâncias químicas industriais feitas pelo homem e que foram largamente usadas, estariam a ameaçar a camada de ozono.

Os cientistas, Sherwood Rowland e Mario Molina, postularam que quando os CFCs chegam à estratosfera, a radiação solar UV provoca a decomposição destas substâncias quimicamente es- táveis, levando à liberação de átomos de cloro. Uma vez libertos, os átomos de cloro iniciam uma reacção em cadeia que destrói quantidades substanciais de ozono na estratosfera. Os cientistas estimaram que um único átomo de cloro destrói 100.000 molé- culas de ozono. A teoria da destruição de ozono foi confirmada por variados cientistas ao longo dos anos. Em 1985 medições terrestres feitas pela Inspecção Antárctica Britânica (Bristish An- tartic Survey) registaram uma perda maciça de ozono (geralmen- te conhecido como o “buraco de ozono”) sobre o Antárctico, for- necendo a confirmação da descoberta. Estes resultados foram posteriormente confirmados por medições via satélite.

A descoberta do “buraco de ozono” alarmou o grande públi- co e os governos e preparou o caminho para a adopção em 1987 do tratado conhecido como o Protocolo de Montreal sobre as Substâncias que Destroem a Camada de Ozono. Graças ao rápido progresso do Protocolo em eliminar as mais perigosas substâncias destruidoras de ozono, espera-se que a camada de ozono retome o seu estado anterior a 1980 até 2060-2075, mais de 70 anos após a comunidade inter- nacional ter concordado em tomar medidas. O Protocolo de Montreal foi citado como “provavelmente o único e mais bem sucedido acordo ambiental internacional até a presente data” e um exemplo de como a comunidade internacional pode cooperar eficazmente para resolver os desafios ambientais aparentemente sem solução.

Medições diárias

Milhões de km quadrados 30

25 20 15 10 5 0 Julho

Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Primavera Antárctica

2007

Promedio 1979-2006

Alcance da flutuação de valores entre 1979 e 2006

2006

O buraco quase atingiu 30 milhões de km2 no final de Setembro de 2006.

15 10 5 0 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2008

Fontes: Administração Nacional dos Oceanos e da Atmosfera Norte-Americana (NOAA) baseado nas medições do espectrómetro de mapeamento do Ozono Total (TOMS); Administração Nacional para o Espaço e a Aeronáutica Norte-Americana (NASA), 2007.

A extensão da destruição do ozono para qualquer período depende de uma complexa interacção entre factores químicos e cli- máticos tais como a temperatura e o vento. Os não usuais baixos níveis (de destruição em 1988, 1993 e 2002 foram devidos a um arrefecimento precoce da estratosfera polar causados por distúrbios do ar originados em latitudes médias, mais do que às grandes mudanças nas quantidades de cloro e bromo reactivo na estratosfera Antárctica.

TAMANHO DO BURACO DE OZONO Médias anuais

(Agosto a Novembro tamanho da área média de cada ano)

Milhões de quilómetros quadrados 20

Anos em que o buraco esteve excepcionalmente pequeno: 1988

1993 2002 2004

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