03 14 destruição
O facto de que o ozono absorve a radiação solar qualifica- -o, por outro lado, como um gás de efeito de estufa (GEE), tal como o dióxido de carbono (CO2 óxido nitroso (N2
), o metano (CH4 ) e o O). A destruição do ozono estratosférico e
o aumento do volume de ozono próximo à superfície da Ter- ra (ozono troposférico) contribuiu para a mudança climática nas últimas décadas. Da mesma forma, o acúmulo de GEE antropogênicos, incluindo as substâncias destruidoras de ozono (SDO) e os seus substitutos (especialmente os HFCs) aumenta o aquecimento da baixa atmosfera, ou troposfera (aonde ocorrem fenômenos climáticos), e aonde se espera que a estratosfera seja arrefecida.
DESTRUIÇÃO DO OZONO NO ÁRCTICO E TEMPERATURA ESTRATOSFÉRICA DESTRUIÇÃO DO OZONO NO ÁRCTICO E TEMPERATURA ESTRATOSFÉRICA
Ozono total sobre o árctico Unidades Dobson
500 520
Ozono 450 -55
Temperatura estratosférica Graus Célsius
-50 -48
400 350 320 1980 1985 1990 1995 Fonte: www.theozonehole.com/climate.htm, dados fornecidos por Paul Newman, NASA GSFC. 2000
As mudanças das quantidades de ozono estão ligadas à temperatura, com temperaturas mais frias há mais nuvens estratosféricas polares e níveis de ozono mais baixos. Os movimentos atmosféricos provocam mudanças de temperatura de ano para ano. A estratosfera árctica arrefeceu ligeiramente desde 1979, mas os cientistas ainda não têm a certeza da causa.
-60 Temperatura -65 -68
Nível total de ozono e de tempe- raturas estratosféricas acima do árctico desde 1979.
temperaturas mais elevadas nuvens polares estratosféricas e um clima em mutação
interligada
Para os cientistas, decisores políticos e sector privado, As causas e efeitos da destruição da camada de ozono e das mudanças no clima estão indissociavelmente ligados de uma forma complexa. As mudanças na temperatura e outros factores climáticos naturais e também induzidos pelo homem, tais como a cortina de nuvens, ventos e precipitações têm um impacto directo e indirecto na escala de reacções químicas que alimentam a destruição de ozono na estratosfera.
O arrefecimento estratosférico cria um ambiente mais favorá- vel à formação de nuvens polares nesta faixa da atmosfera, que são um factor crucial no desenvolvimento dos buracos de ozono polares. O arrefecimento da estratosfera devido ao acúmulo de GEE e a mudança climática associada a este fator tendem a exacerbar a destruição da camada de ozono. A troposfera e a estratosfera não são independentes uma da outra. As mudanças na troposfera associadas à mudança climática podem afectar as funções na estratosfera. Similarmente, mudanças na estratos- fera relacionadas com a destruição de ozono podem afectar as funções na troposfera de forma tão intrincada que se torna difícil prever seus efeitos acumulados.