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consequências e efeitos 2
radiação UV e a saúde humana
Nós precisamos do sol: psicologicamente, porque o sol aquece os nossos corações; fisicamente, porque o nosso corpo necessita dele para produzir vitamina D, essencial para o desenvolvimento saudável dos nossos ossos. Contudo, as elevadas doses de raios ultravioleta que penetram a camada de ozono e alcançam a superfície da Terra podem danificar em grande escala as plantas, os animais e os humanos.
Ao longo de milhares de anos, os humanos adaptaram-se às variantes de intensidade da luz solar desenvolvendo diferentes tons de pele. A pele desempenha um duplo papel – o de prote- ger contra radiação UV excessiva e o de absorver quantidade suficiente de luz solar para desencadear a produção de vita- mina D. Isso significa que as pessoas que vivem em latitudes menores, as mais próximas do Equador e com radiações UV in- tensas, desenvolveram uma pele mais escura para proteger-se dos efeitos nocivos da radiação. Ao contrário, os que vivem em latitudes maiores, mais perto dos pólos, desenvolveram uma pele mais clara para maximizar a produção de vitamina D.
Quem corre risco maior?
Nos últimos cem anos, contudo, houve uma migração hu- mana acelerada para outras regiões que não aquelas aonde nos originamos. O nosso tom de pele já não é mais neces- sariamente adequado ao meio em que vivemos atualmente. As populações de pele clara que migraram para os trópicos sofreram com um aumento na incidência dos cancros de pele.
As mudanças comportamentais e culturais no século XX deixaram-nos ainda mais expostos do que nunca às radia- ções UV.
Mapa de cor de pele (populações indígenas) Predição com base em factores ambientais múltiplos
De peles mais claras a mais escuras Sem dados Fonte: Chaplin G. Geographic Distribution of Environmental Factors Influencing Human Skin Coloration, American Journal of Physical Anthropology 125: 292-302, 2004; mapa actualizado em 2007.