RATÃO DINIZ / IMAGENS DO POVO
ADAIR AGUIAR / IMAGENS DO POVO
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
ver ações educativas – o projeto rea- liza a troca de geladeiras e lâmpadas nessas residências. “Foi uma solu- ção que encontramos para contem- plar esses consumidores e contribuir para a eficientização energética”, diz Fernanda Mayrink.
Comunidades quilombolas mais eficientes
Criada pela Lei 10.438/2002 e
Ações educativas levam informações e mudança de hábitos para os moradores e crianças
dos, de acordo com as exigências da ANEEL. Esses procedimentos avaliam a redução de demanda e consumo de energia nas áreas aten- didas pelo PEE. Nas comunidades pacificadas, uma metodologia espe- cífica, baseada na medição dos há- bitos de consumo dos clientes antes e depois da implantação do Co- munidade Eficiente, foi desenvolvi- da para informar se os gastos com o consumo de energia elétrica foram realmente reduzidos.
energia. Respeitando as normas re- gulatórias, realizamos a doação do padrão e instalamos os medidores gratuitamente na casa dos clientes de baixa renda”, comenta o coorde- nador de Operação em Comunida- des, André Luis Duarte. Segundo Duarte, as comu-
nidades Santa Marta, Chapéu Man- gueira, Babilônia, Cabritos e Tabajaras já tiveram suas redes e instalações elétricas totalmente modernizadas. E outras sete estão com o processo em andamento. “A reforma e moderniza- ção da rede elétrica representa con- sumo reduzido de energia e fim dos desperdícios nessas comunidades”, complementa ele.
É preciso também fazer a me- dição e verificação (M&V) de resulta-
Criatividade para ampliar atendimento
A lei que institui a tarifa social
determina que os programas de efici- ência energética beneficiem somente os moradores que possuem o Núme- ro de Identificação Social (NIS), ou se- ja, aqueles que se inscreveram no Ca- dastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal. No entanto, ape- nas uma pequena parcela dos consu- midores residentes nas comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro já re- alizaram a inscrição no CadÚnico. Com o objetivo de acolher os
moradores não beneficiados pela ta- rifa social, a Light criou o Projeto Re- sidencial. De abrangência mais restri- ta – o PEE não pode realizar reformas nas instalações elétricas nem promo-
modificada pela Lei 12.212/2010, a tarifa social beneficia também famí- lias indígenas e quilombolas inscritas no CadÚnico com 100% de descon- to nos primeiros 50 kWh/mês consu- midos. Para que esses consumidores de baixo poder aquisitivo consigam se manter na faixa do desconto, o Comunidade Eficiente vem desen- volvendo um trabalho de eficiência energética específico nessas áreas: o Projeto Quilombo. Nas residências, foram reali-
zadas trocas gratuitas de geladeiras antigas por novas com o Selo Procel e a substituição de lâmpadas incan- descentes por fluorescentes, além de melhorias nas instalações elétri- cas, que geralmente se encontram em estado precário. Palestras edu- cativas sobre a economia de energia também fazem parte das ações do projeto. “Encontramos até moradores que jamais haviam tido uma geladei- ra, como foi o caso de uma senhora com mais de 90 anos de idade”, rela- ta o gestor social do projeto, Raimun- do Santa Rosa, da Gerência de Aten- dimento às Comunidades.
Dos 27 quilombos existentes
no estado do Rio de Janeiro, 6 perten- cem à área de concessão da Light. O projeto já atendeu às comunidades de Alto da Serra, em Rio Claro; São José da Serra, em Valença; e Santa- na, em Quatis. Segundo Santa Rosa, a emissão da conta de energia repre- senta o primeiro comprovante de resi- dência desses moradores. “Levamos cidadania e melhor qualidade de vida para essas pessoas”, afirma ele.
AGOSTO 2011 41 •
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