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O.R. – Tempo ou Trail-O?


Ricardo Pinto – Ambos. Penso que se complementam. São muito desafiantes, mas penso que no TempO as coisas têm de ser mais intuitivas, ao passo que no Trail-O é tudo mais racional, mais ponderado. Mas se me dessem a escolher apenas entre uma delas, escolheria o Trail-O, obviamente. É outro desafio, a certeza na resposta é outra, muito maior. Se acertamos, podemos ficar contentes com o nosso desempenho, mas se não acertamos podemos entender o porquê e corrigir em certa medida. Ao passo que no TempO essa possibilidade praticamente não existe, quase não temos tempo para responder e menos tempo ainda para perceber. E depois há essa impossibilidade no TempO de podermos sair do lugar, de procurar pontos de referência. Também, se o pudéssemos fazer, lá se ia o tempo (risos).


O.R. – Portugal mereceu da parte de todos uma atenção e um carinho enormes e, naturalmente, muita curiosidade pelo facto de organizarmos o Europeu em 2014. Que expectativas relativamente a esse grande evento?


tem


Ricardo Pinto – Com as pessoas certas, Portugal tem todas as condições de realizar um Europeu de excelência. Mas temos de encontrar as pessoas certas e encontrá-las rapidamente. Foi possível perceber que um evento desta natureza não se prepara num par de meses. É preciso, para além da qualidade dos mapas e dos terrenos, um cuidado muito grande com o transporte, com o alojamento e


com a assistência dada aos atletas da Classe Paralímpica. E é preciso um quadro muito grande de voluntários, não apenas disponíveis para ajudar mas que saibam o que estão a fazer, algo que, infelizmente, nem sempre aconteceu nestes Campeonatos do Mundo. Em termos pessoais, espero poder voltar a ter mais contactos internacionais e, em 2014, poder fazer parte da equipa nacional paralímpica, com outros dois atletas.


O.R . – E a nível interno, quais os seus planos?


Vamos vê-lo a vencer o ranking da Taça de Portugal em 2013?


Ricardo Pinto – Espero que sim, embora reconheça que há outros atletas com as mesmas possibilidades. Mas se eu não ganhar, espero que isso sirva para que eu possa compreender que tenho de me esforçar mais ainda. Espero que a qualidade técnica das provas aumente, que a qualidade dos mapas melhore e, sobretudo, espero que possamos começar a deixar os espaços de parque para irmos à procura da floresta e dos seus desafios. Gostaria que muitas mais pessoas pudessem aparecer. Só dessa forma o nível competitivo poderá aumentar, a motivação será maior e poderemos pensar em evoluir. A vitória não pode estar sempre do lado do mesmo, assim vamos estagnar. Temos de ter mais gente, mais competição. Esse é o meu voto!


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