Entrevista
Ricardo Pinto
O comboio rodava velozmente a caminho de Londres. Naquela manhã cinzenta, chuvosa e fria, a cidade de Dundee ficava para trás e, com ela, os Campeonatos do Mundo de Orientação de Precisão WTOC 2012. Ricardo Pinto, o primeiro atleta português a participar na competição paralímpica, traça um balanço de seis dias riquíssimos em contactos e experiências. Aqui nos conta como tudo começou, as expectativas criadas com a participação nos Mundiais, as muitas alegrias e algumas desilusões ao longo do evento e a forma como encara o futuro. O seu e o da Orientação de Precisão em Portugal.
O.R
. - Como começou a praticar Orientação?
Ricardo Pinto – Casualmente, numa consulta de rotina no início do ano no Hospital da Prelada, os médicos convidaram-me a experimentar. Lembro-me de, em 2001 ou 2002, o Grupo Desportivo dos Quatro Caminhos ter tentado implementar a Orientação de Precisão e ter organizado uma prova no Parque da Cidade do Porto e outra na Quinta de Santo Inácio nas quais participei. Já não me consigo recordar muito bem dessas experiências, mas tinham-me despertado alguma curiosidade. Depois as coisas morreram e agora, quando surgiu este convite, disse para comigo mesmo: Porque não?
O.R . - A sua primeira prova “a sério”, digamos
assim, foi em Viseu e coincidiu com a primeira etapa da primeira Taça de Portugal de Orientação de Precisão. Um segundo lugar na prova de estreia foi sorte de principiante?
Ricardo Pinto – Na verdade, na viagem para Viseu deram-me algumas noções de sinalética, de como orientar o mapa e usar a bússola. Foi uma prova interessante e da qual guardo um sentimento misto de satisfação e de frustração. Satisfação porque foi a primeira prova e, talvez com alguma sorte à mistura, consegui entender alguns princípios básicos da modalidade e que me acabaram por valer sete pontos corretos. E frustração por perceber que, apesar de não ter criado qualquer expectativa em termos de resultados, hoje percebo que poderia ter feito muito melhor.
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