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orientação


O Praticante | 52


CAMPEONATO DA EUROPA DE JOVENS DE ORIENTAÇÃO PEDESTRE A lei dos mais fortes!


Pela segunda vez em 2013, a Orientação portuguesa envergou o seu traje de gala para receber uma competição internacional inteiramente dedicada aos mais novos.


P


ortugal foi o País escolhido para substituir Israel na organização do 15º Campeonato da Europa de Jovens EYOC 2013. Face à


instabilidade política e ao facto de não estarem reunidas as necessárias condições de seguran- ça naquele País do Médio Oriente, o European Working Group viu-se forçado a fazer regressar à “estaca zero”, no início deste ano, todo um pro- cesso que se encontrava “em fase de acabamen- to”. No curto espaço de duas ou três semanas, a Federação Portuguesa de Orientação pôs em marcha uma candidatura suficientemente convin- cente e que levou o EWG a selecionar o nosso País como um dos possíveis organizadores do EYOC. “Estávamos em Fevereiro, a oito meses, portanto, do evento”, recorda António Amador, o seu Diretor Geral, acrescentando que “neste cur- to espaço de tempo fizemos o necessário para garantirmos um grande evento, não apenas tec- nicamente, com bons terrenos e percursos, mas também com toda a logística essencial para que os participantes pudessem ter uma estadia me- morável em Portugal”. E foi precisamente isso que sucedeu neste


EYOC 2013. Com o “quartel-general” do evento instalado no fantástico espaço da Unidade da INATEL na Foz do Arelho, aos participantes ofe- receu-se desde logo a possibilidade de desfrutar dessa vista deslumbrante sobre a Lagoa de Óbi- dos, no seu ponto de confluência com a vastidão do Oceano, as margens de verde cobertas, as ilhas Berlengas bem lá ao longe. E se este con- junto de edifícios - outrora o magnífico palácio de Francisco Almeida Grandella - fez história durante a Primeira República, foi de História e de histórias que se fizeram os três dias do EYOC 2013, num evento que assinalou, seguramente, um marco na vida dos 362 atletas de 32 países que nele mar- caram presença (a Macedónia, responsável pela organização do EYOC 2014, foi o último País a inscrever-se no evento).


SUIÇOS A ABRIR


COM DOIS TÍTULOS DE SPRINT Ao conquistar duas medalhas de ouro, a Suiça


foi a principal figura do primeiro dia de provas do EYOC 2013, disputado em Óbidos. Numa vila que faz do chocolate um dos seus ex-libris, os percur- sos foram tudo menos “doces” para os participan- tes, distribuídos por quatro escalões de competi- ção. Feitos de ruas e ruelas, escadas e recantos, com muito desnível à mistura, os percursos cons- tituíram um enorme quebra-cabeças para os par- ticipantes, a exigir de todos máxima concentração e um enfoque permanente no mapa. Nos escalões M16 e W16, o finlandês Olli Oja-


hano a suiça Simona Aebersold foram os grandes vencedores, impondo-se à concorrência de forma inequívoca. Ojahano – que deixou o suiço Florian Attinger a “distantes” 34 segundos – confessaria no final esperar este resultado: “Sei que me en- contro em boa forma e que, fazendo uma prova à medida das minhas capacidades, conseguiria vencer”. Quanto à atleta suiça, a medalha de ouro apanhou-a completamente de surpresa: “Não es- tava realmente à espera, sobretudo depois de ter cometido um erro que me custou bastante tempo.”


SARA HAGSTROM, UMA MENINA DE OURO No escalão W18, a sueca Sara Hagstrom sou-


be estar ao seu melhor nível e bateu a finlandesa Anna Haataja pela margem de 18 segundos. Uma vitória que corresponde em absoluto aos objetivos da atleta: “Há muito tempo que me vinha prepa- rando para este momento e é muito bom perceber que o trabalho acaba por dar resultado.” O se- gredo da vitória, para Sara, esteve em “não en- trar em aventuras, gerir o ritmo de corrida o mais lentamente possível, colocar todo o enfoque na vertente técnica, sem correr riscos e sem perder preciosos segundos em más opções.” Apesar de admitir “não ter sido muito divertido ter de descer tantos degraus”, Sara Hagstrom realça “a quali- dade do mapa e o prazer que sentiu em correr aqui”, referindo-se ao ambiente medieval da vila de Óbidos.


Mas foi no escalão M18 que se assistiu ao des-


pique mais intenso, com os dois primeiros classi- ficados a terminarem separados por um escasso segundo. Tobia Pezatti ofereceu à Suiça a sua segunda medalha de ouro do dia, relegando o po- laco Krzysztof Rzenca para a segunda posição. Pezatti que, no final, se mostrava igualmente mui- to satisfeito por esta vitória: “Cometi alguns pe- quenos erros e não estava à espera de vencer”, começou por adiantar o suiço, revelando ter tido particular preocupação em “não andar depressa demais e manter-me focado no mapa”. Quanto aos portugueses, Beatriz Moreira foi a nossa me- lhor representante, concluindo na 9ª posição no escalão W16. Resultado igualmente de enorme valia, o de Ricardo Esteves, 15º classificado no escalão M16.


OUTRO DIA, (QUASE) OS MESMOS RESULTADOS Sol e calor numa manhã de eleição, a beleza


duma floresta fresca e perfumada e percursos desafiantes quer do ponto de vista físico como técnico. Foram estes os ingredientes que tive-


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