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reportagem 7 CONTINENTES – 7 NOVAS VIAS Sonhos Intermináveis


Esta ascensão foi a primeira do projecto “7 Continentes – 7 Novas Vias”, um projecto em que o casal se propõe escalar 7 novos itinerários, um em cada continente do planeta, numa aventura inédita a nível mundial.


E


ntre Agosto e Setembro de 2013, a Daniela Teixeira e o Paulo Roxo viajaram para os Himalaias, onde concretizaram um projecto pioneiro no campo do Alpinismo de exploração. No dia 7 de Setembro foram os primeiros seres humanos a pisar o cume sul do Pico Kapura com 6350 metros de altitude, situado numa região pouco conhecida da cordilheira do Karakorum, no Paquistão. Esta ascensão foi a primeira do projecto “7 Continentes – 7 Novas Vias”, um projecto em que o casal se propõe escalar 7 novos itinerários, um em cada continente do planeta, numa aventura INÉDITA AO NÍVEL MUNDIAL. Daniela e Pau- lo querem explorar 7 lugares inóspitos, nalguns dos locais naturais mais belos e inacessíveis do mundo. Neste sentido, estão neste momento à procura de parceiros comerciais para levar esta grande aventura avante. O sonho de escalar num dos vales mais espec- taculares do Paquistão ganhava cada vez mais forma, à medida que o dia da partida se aproxi- mava.


No entanto, inesperadamente, alguns factores de instabilidade (ataques terroristas de Talibans) alteraram radicalmente o rumo dos planos e, tal foi a alteração que, apenas nos decidimos a ir, uma semana antes do dia marcado para o voo. Uma das condições auto-impostas ainda em Portugal, seria a de esperar o tempo que fosse necessário para garantir o transfer de avião entre Islamabad e Skardu, a capital do Baltistão e pon- to de partida para as montanhas. Desta forma, evitaríamos a perigosa KarakorumHighway, e mais de 20 horas seguidas de estrada de curvas


constantes, trepidação, pó e perigos vários, en- tre eles, despistar-nos num troço qualquer sem barreiras de protecção e despenhar-nos, lá bem em baixo, nas águas bravas de um rio indomável, proveniente dos glaciares dos Himalaias. Desde Islamabad os aviões navegam “à vista” pois, o aeroporto de Skardu não possui radar, o que equivale a dizer que, em caso de mau tem- po, os voos são cancelados. Ao segundo dia de mau tempo com voo cance- lado, como tínhamos “fogo no rabo”, decidimos meter-nos à estrada e mandar às favas a nossa própria promessa de esperar. Apesar da patente tensão que notávamos nas caras dos polícias, si- tiados nos inúmeros postos decontrolo ao longo da KarakorumHighway, a viagem interminável de 25 horas até Skardu, fez-se com relativa tranqui- lidade.


No dia 22 de Agosto iniciámos a caminhada de aproximação através de um vale permanen- temente ladeado por paredes de granito impres- sionantes. Finalmente, adentrávamos no vale mágico do Nangma. Dois dias de caminhada aprazível colocaram-nos no local escolhido para campo base, mais ou menos aos 4200 metros de altitude.


Após descarregarem todo o equipamento e ajudarem a montar as tendas, os carregadores que levaram toda a estrutura de campo base, necessária para permanecer nas montanhas cer- ca de 25 dias, voltaram pelo mesmo caminho de subida, não sem antes, receberem a respectiva gorjeta, como mandam os costumes já assimila- dos, de forma não oficial, pelas expedições. Desta forma, assentámos base, quatro solitá-


O Praticante | 52


Campo base


Daniela antes do esporão de xisto, nos prime


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