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biografia BTT MODO DE VIDA Hugo “Espigão” Carvalho


Hugo Filipe Peralta Maricato Baião Carvalho mais conhecido por “Espigão” na modalidade que pratica actualmente (BTT), nasceu a 13 de Outubro de 1977 na maternidade extinta do Hospital Militar Principal (Lapa-Lisboa) indo residir por mais de 20 anos em Vila Fresca de Azeitão a portas com o Parque Natural da Serra da Arrábida.


D


esde cedo os seus Pais incutiram-lhe o gosto pelo desporto começando pelo Ténis que praticou cerca de 10 anos federado (um dos seus des- portos de eleição), passando pelo Andebol também federado e mais tarde pelo atletismo e natação mais a nível militar.


Mas foi pelas bicicletas que mostrou sempre maior gosto pra- ticamente desde o início da sua infância.


“- Construiu carrinhos de rola- mentos, jogava ao pião, berlinde tantos outros jogos e brincadei- ras da altura mas a bicicleta saía sempre com ele de casa. Nem que fosse para ir ao vizinho mes- mo aqui ao lado fazer um recado” – Testemunham os seus pais. Teve triciclo, BMX, pasteleira, entre outras “máquinas” a pedal que os pais podiam “suportar” e foi com elas que começou a aven- turar-se nos trilhos da Serra da Arrábida onde passava por vezes dias inteiros. Só aos 15 anos atra- vés do seu primeiro trabalho na Fábrica de Tortas de Azeitão (diz a actual proprietária que o seu gosto por doçaria veio daí) con- seguiu amealhar uns trocos para a compra da sua primeira BTT: Uma Alpestar em aço/cromoly totalmente rígida equipada com cantilevers e SIS da shimano. Recorda com saudades as ma- nhãs de Domingo em que tinha a Serra só para si e onde com muita sorte se cruzava com um ou dois ídolos seus da altura como por exemplo o Tiago Semedo. Sem qualquer equipamento e apenas um capacete de esferovi- te “hand made” aventurou-se na sua primeira prova de XCO num circuito onde é hoje o Parque da Paz em Almada. Corria o ano de 1994.


Entretanto mudou-se para uma cidade do seu coração: Setúbal – Bairro do Liceu onde concluiu o ensino secundário (Escola Se- cundária do Viso).


Quis seguir as pegadas do pai e aventurar-se no Exército mas


gas distâncias para até hoje não mais parar. Começou logo com os 120km do Alvalade-Porto Covo e por alturas do Verão, um empeno monumental de que ainda hoje se lembra e bem na Volta ao Conce- lho de Mafra…


Foi também em 2004 (24 de Julho) que casou pegando de imediato à sua esposa, o vírus da BTT, completamente desconheci- do para a mesma até à altura. Tal como o amor deles à primeira vis- ta, assim aconteceu com o BTT e hoje a sua mulher acompanha-o sempre nos eventos onde partici- pa.


Em 2005 federou-se na moda-


lidade tendo feito alguns circuitos de XCO e o troféu Maxxis de Ma- ratonas.


Nos anos seguintes continuou a fazer alguns eventos represen- tando o Núcleo de BTT de Vila Fresca e ao mesmo tempo orga- nizando outros através do mesmo Núcleo na Serra da Arrábida. Participou em vários fóruns da modalidade fazendo parte das suas equipas de moderação. Após a conclusão do Curso de Licenciatura em


Enfermagem,


os seus mais de 190cm de altura não permitiram que entrasse para o curso que desejava. Não foi por isso que baixou braços e a 20 de Novembro de 1996 foi incorpora- do na Marinha concluindo a re- cruta na Escola de Fuzileiros com elevado aprumo militar e desta- que na área do desporto. Até ao ano de 2002 seguiu a área das Comunicações cum- prindo uma comissão a bordo da Fragata Vasco da Gama onde aproveitou algumas missões para pedalar por uns quantos países estrangeiros aos “comandos” da


sua Scott Tampico (Inglaterra, Turquia, Creta, Sul de Espanha, Noruega, etc).


No regresso de uma missão ao Mediterrâneo, concorreu ao Cur- so de Licenciatura em Enferma- gem, outro dos seus sonhos se- guindo agora as pisadas da sua Mãe na área da Saúde. Entrou para o curso em Outubro de 2002 e concluiu o mesmo em Julho de 2006.


Durante o curso continuou sempre a pedalar mas foi em 2004 que decidiu regressar aos grandes eventos de BTT e às lon-


apurou as suas técnicas de En- fermagem no extinto Hospital de Marinha para passados 6 meses embarcar na Corveta Jacinto Cândido e ver drasticamente o seu tempo reduzido para as pe- daladas e para as maratonas de BTT. Mas também não foi por isso que encostou a bicicleta e aliás, foi mesmo nessa comissão que realizou umas das suas maiores aventuras de sempre em BTT explorando quase todas as Ilhas Açorianas e a Ilha da Madeira em BTT.


Contam os seus camaradas que pedia uns pães ao padei- ro, fazia umas sandes, mochila às costas sem qualquer GPS ou mapa e assim que davam licen- ças, lá ia ele bem cedo chegando por vezes já muito de noite. As suas fotos eram as mais aguarda- das pelo navio pois muitas vezes pedalava por trilhos, lagoas, cas-


O Praticante | 52


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