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Nautimodelismo


dela o convívio e a camaradagem imperam.


Aqui que ninguém nos “ouve”, há muitos segredos? Há alguns…


Dá-me dois ou três exemplos sem os teres que revelar propriamente.


Por exemplo a movimentação do peso (bateria) no interior


do barco, consoante as condições de mar e vento. A queda do mastro, ou seja, a sua inclinação para trás. Mas o princi- pal conselho que dou é o de manter tudo o mais simples e funcional possível. Na parte electrónica ter sempre material de confiança, perdem-se muitas regatas por falhas eléctricas como servos, receptores ou baterias fracas.


Em relação ao barco, que tipo de preparação exige para que seja competitivo? Para começar o barco deve estar o mais perto do peso mí-


nimo regulamentar (860gr) possível. No interior, a electrónica deve estar concentrada perto do centro de gravidade, perto do patilhão para evitar comportamentos estranhos na nave- gação. Depois temos as velas, o verdadeiro “motor” do barco. Existem fabricantes com material muito evoluído. Umas boas velas são meio caminho para um bom resultado. Por fim o aparelho. O mastro, as retrancas são em carbono e existem vários tipos de varas de carbono com reacções diferentes umas das outras, mais ou menos flexíveis.


E a tua preparação? Conta-nos o que é preciso para ser campeão?


Limito-me a participar no maior número de regatas possí-


vel. Tento correr contra velejadores experientes que me façam evoluir. Felizmente temos um grupo de Portugueses fortíssimo o que me obriga a dar sempre o máximo.


Os conhecimentos técnicos devem ser bastante exigen-


tes. Como é que os aprofundaste? Há sempre mais para aprender? Este barco, embora pequeno, tem muitas semelhanças aos


verdadeiros em termos de afinações. Ora eu sempre pratiquei vela e, em 37 anos de actividade, lá fui percebendo como é que isto funciona… Participo, assiduamente, em regatas de Micro Magic à 6 anos. Daí até hoje a evolução foi grande e já cheguei a um estado de optimização razoável, mas está-se sempre a apren- der!


Penso que o lazer, neste hobby, é o princípio de tudo e que depois, pode ou não, tornar-se em competição. Achas que estes são caminhos paralelos ou pelo contrário, po- dem em algum ponto tocar-se?


Penso que se tocam, com mais ou menos competitividade 61 Janeiro 2011


este é sempre um hobby de lazer. Os nossos encontros não são só feitos de campeonatos extremamente competitivos, te- mos provas de puro lazer em que o que conta é passar um dia a velejar e a confraternizar com amigos. Nessas costuma ser mais importante o almoço do que a classificação final.


É preciso investir muito dinheiro para adquirir um barco


deste género, mesmo que seja só para lazer? Não, o barco até é razoávelmente barato. O Kit custa cerca de 150€ e um rádio de 80€ é mais que suficiente. Claro que estamos a falar do equipamento básico.


Que incentivo podes deixar para quem queira começar com um MM?


Poderia dizer que, se o que pretende é um barco marinhei-


ro, que cabe no porta-bagagens do seu automóvel já monta- do, e quer divertir-se a fazer regatas com amigos, compre um MM e apareça.


É um orgulho para todos nós termos um campeão eu-


ropeu em Portugal e desejo que continues com os bons resultados. Muitas felicidades! Muito obrigado!


Amigos leitores, espero que tenham ficado entusiasmados com esta vertente do nautimodelismo e como podem ver, es- tamos entre os melhores. Visitem-nos em http://www.ptnauticmodel.net . Boas Festas e até breve,


Texto: Paulo Capelo Fotos: Andrea Mag


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