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Atletismo 9ª CORRIDA DO MIRANTA


MODESTA, SEM APARATOS. NO ENTANTO, ENCANTA!


Sete euros e meio e é-nos oferecido uma prova fantástica, muito bem cuidada e que nos deixa agradados. Adjectivos... palavras, mas afinal o que tem a Corrida do Mirante? É uma prova de montanha, é a Montanha, sem grandes montanhas, mas grandes são as gentes que a fazem.


S


ete euros e meio. Sete euros e meio e terra e pedras para calcar numa extensão a ultrapassar os 11 km na serra que aconchega Ota, terra que nos deu as cha- ves e abriu as portas, ofereceu a Natureza no seu esplendor para nos ver correr nela, olhou por nós como mãe a ver os fi- lhos brincar, oferecendo-lhes a liberdade e os brinquedos, mas sempre olhando por eles, cuidando, prevenindo que se magoem e tratando das feridas quando caem. Limpando o suor depois da brincadeira e ga- rantindo que recuperássemos energias com um bom prato de comida no final. Isto, partido em partes, podia ser escrito em relação a várias provas, mas muito dificilmente podia ser unido para descrever uma mesma prova. E a 9ª Cor- rida do Mirante reúne tudo isto. A 9ª edição da Corrida do Mirante conseguiu reunir 148 atletas a chegar à meta e ain- da cerca de 100 participantes na caminhada que partilhou os mesmos trilhos que os atletas (quase por completo, pois ti- nha a distância aproximada de 9 Km), embora meia hora mais cedo, o que evitou, mas não completamente, atropelos por parte daqueles para com estes. As inscrições são simples e fáceis: correio, fax, email, com comprovativo de pagamento e já está.


Chegado o dia, a entrega de dorsais é feita eficazmente. Re- cibos passados, questões res- pondidas. Controlo dos atletas à parti- da. Ota para aquecer. As ruas vazias de trânsito e depressa a


hora chega, como chegou este dia. O dia de eu participar pela 1ª vez nela. Na Corrida do Mi- rante.


Corrida sobre a qual me me- teram medo, muito medo. A verificar que afinal o medo dos outros é o de se enfrentarem a si próprios, talvez como o meu, e talvez ficarem na classificação com apenas cinco atletas atrás de si, como eu fiquei (e um por cortesia), e ainda assim amar uma Corrida, porque a Corrida continua a ser isso: Vida! E eu amei e amo, esta e aquela, por- que a primeira me dá a segun- da, e a segunda me proporciona a primeira! Como um ciclo! E o Mirante podia não ter nada com isto, mas tem!


Levou-nos pelo verde, entra- nhas da serra, fez-nos saltitar a água e caminhar quando as for- ças não eram suficientes para correr.


Subimos ao Mirante e desce- mos. E subimos e descemos, e subimos e descemos, e subi- mos e descemos, e enfrentamos o “V”, a descida íngreme que lá em baixo volta a subir, fazendo- -nos vislumbrar um horizonte de pedras e terras, e um quase perfeito “V” no horizonte. Ainda assim, nada de especial. Nada que não se faça! E eu fiz! Até eu fiz!


Pelo percurso fora, sempre muito bem sinalizado, há vo- luntários e a Cruz Vermelha, presença constante, palavras amigas, de cuidado, que nos caem bem. E bem vamos nós. Só podia!


Água não faltou, nem sacos para as garrafas vazias, embo- ra estes em minha opinião pu- dessem estar ligeiramente mais


Julho 2010 26


afastados dos pontos de abas- tecimento, evitando talvez (ou não) a falta de respeito do atleta para com o Meio que o rodeia, que deixa as garrafas de plásti- co em locais menos visíveis e/ou acessíveis. Corremos e sentimo-nos sós, connosco, mas ainda assim perfeitamente seguros! A cada curva, elementos da organiza- ção vigiavam, e numa prova em perfeitos caminhos de cabra, sabia bem ter ali alguém, a olhar por mim, a acudir caso fosse preciso. Uma sensação única!


Deram-nos a liberdade para nos sentirmos em comunhão com a Natureza e em simultâneo acompanhados, se fosse preci- so. Comigo não foi preciso. Mas houve quem precisasse, como sempre acontece inevitavelmen- te em provas de Montanha. Por fim, depois de muitas su- bidas e descidas e descidas e subidas, a vila de volta. Ota. A Meta.


Recebemos um saco com 1 t-


-shirt, um pequeno troféu, água e um bolo. Temos massagem à disposição se nos dispusésse- mos a aguardar, assim como banho, se a nossa paciência fosse prevalecente à pressa e assim pudéssemos usufruir do que a Organização nos quis proporcionar.


O cuidado de abordar quem chegava sobre eventuais co- mentários e pareceres à prova (ou foi só a mim?!). Não acredito que fosse.


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